sábado, 15 de fevereiro de 2014

QUE VENHA A LEI


QUE  VENHA  Á  LEI

                                  Célio Junger Vidaurre

 

            As circunstâncias da morte do cinegrafista Santiago Andrade deixaram toda a população perplexa depois dos gestos desses baderneiros irresponsáveis, que terá que ter um fim, pois, não é mais possível tanta violência continuar neste patamar operado pelos encapuzados “Black blocs” que a polícia já deveria ter colocado atrás das grades há muito tempo, a fim de evitar casos como esse que assistimos. O rojão que matou Santiago não foi aceso agora. A atitude desenvolvida por esses malfeitores das ruas acabou vitimando um trabalhador que deixou quatro filhos órfãos.

            Talvez, após Santiago ser sacrificado, as autoridades da segurança ficarão mais atentas quando ocorrer desordens como as que vêm sendo promovidas desde os episódios de aumentos generalizados a partir de junho de 2013. Todavia, não há, na verdade, nenhuma legislação específica proibindo o uso de rojões que matam quem estiver ao seu alcance. Os legisladores, primeiro, terão que perceber que um rojão fica sempre à espera de fatalidades, para depois, raciocinarem que há necessidade de um basta urgente.

            Ai, sim, é que começarão a legislar. Principalmente quando um rojão atingir familiares próximos. Muitas decisões já deveriam ter sido colocadas em prática com duras leis para evitar bárbaros crimes que atingem a população. Não só os rojões, mas, também, o pessoal das garupas das motos. Quantas vidas já foram tiradas por essa gente? Ou seja, encapuzados nas ruas ou nas garupas de motos deveriam ser presos e levados para a delegacia mais próxima para ser identificado, sem quaisquer rodeios. No entanto, cadê a lei que permite a autoridade policial a assim proceder? Ela não existe.

            Na Alemanha, encapuzado não tem como escapar da prisão. Em outros países, quem andar na garupa do motoqueiro “vai em cana”, imediatamente. Aqui, na garupa das motos, a bandidagem promove arruaças e mata desafetos, inocentes, estudantes, empresários e, até, magistrados. Nem assim, apressam na criação de uma legislação para impedir a continuação desses absurdos. Só atentam ao problema quando ocorre uma tragédia, e têm ocorrido muitas delas e nada da lei necessária. Acordem senhores legisladores, ninguém agüenta mais esperar.

            Fábio Raposo e Caio Silva de Souza, ambos com passagens anteriores pela polícia, já estão presos como os acusados principais por operarem o rojão que atingiu o cinegrafista. Se foram impulsionados por outros pouco interessa. Sabiam com a idade que são detentores que ao acenderem o rojão tudo poderia acontecer. Não têm nada de inocentes. Não há como justificar suas irresponsabilidades. Por isso, vão pagar caro por suas atitudes.

            É preciso adotar regras legais e urgentes para as repressões direcionadas aos encapuzados que andam nas ruas peitando a polícia, destruindo bens públicos e matando trabalhadores nos exercícios de suas profissões. Cobrir rosto em qualquer protesto, daqui por diante, deverá ser caso para ser encaminhado à polícia para a devida identificação. O problema não é só o que eles fazem, é o que as autoridades policiais não proíbem por falta de uma legislação específica.

            Já não se faz protesto como antigamente, de cara limpa!

 

            Célio Junger Vidaurre é advogado e cronista político e-mail: celiovidaurre@yahoo.com.br     

 

 

                

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