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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

TIRIRICA É UM EXEMPLO PARLAMENTAR

27/09/2012-13h31

Tiririca reclama de 'interesses' no Congresso e admite abandonar a política

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VALTER LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM ARACAJU

O deputado federal Tiririca (PR-SP) afirmou que existem "outros interesses" no Congresso e que, por conta disso, admite que talvez não tente a reeleição nas eleições de 2014. Ele se disse "desacreditado da política".
"Eu não sei se pretendo continuar, por ser muito difícil lá dentro [da Câmara dos Deputados]", disse Tiririca, nesta quarta-feira (26), em entrevista à Rádio Liberdade FM, de Aracaju (SE).
Beto Oliveira/Divulgação/Câmara dos Deputados
O deputado Tiririca (PR-SP) durante audiência na Câmara
O deputado Tiririca (PR-SP) durante audiência na Câmara
Palhaço eleito com 1,3 milhão de votos, ele demonstra decepção com a burocracia do Congresso. "Eu pensei que chegando à condição que eu cheguei, ia lá e ia aprovar projetos que iam beneficiar a população e essas coisas todas, mas não é assim. Há outros interesses", afirmou.
Na entrevista à rádio, Tiririca também disse que, "para boa parte da população, o político é visto como ladrão", mas ressaltou que se sente "muito feliz" quando as pessoas o elogiam por seu trabalho na Câmara.

MORRE UM ÍDOLO

27/09/2012-20h53

Morre no Rio, aos 72 anos, o ex-lutador Ted Boy Marino

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DO RIO

LutasO ex-lutador de luta livre e ator Mario Marino, 72, conhecido como Ted Boy Marino, morreu na noite desta quinta-feira no hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na zona sul do Rio.
Segundo a assessoria de imprensa do hospital, ele havia dado entrada na unidade na manhã desta quinta, com insuficiência vascular aguda. Chegou a ser submetido a uma cirurgia, mas, por volta das 19h, teve uma parada cardíaca e morreu.
Além de fazer sucesso nos ringues, Ted Boy Marino também foi ator e apresentador de programas televisivos. Dentre outros, atuou como coadjuvante em episódios de "Os Trapalhões".
Nascido na Itália, ele cresceu na Argentina e veio ao Brasil depois se tornar famoso com lutas de Telecatch na década de 1960.

MENSALÃO:ROBERTO JEFERSON É CONDENADO.

Roberto Jefferson é condenado pela maioria dos ministros por corrupção

Após voto do revisor, ministros divergem sobre condenações por formação de quadrilha

A ministra Rosa Weber Foto: Ailton de Freitas / O Globo
A ministra Rosa WeberAilton de Freitas / O Globo
RIO - O delator do mensalão e presidente do PTB, Roberto Jefferson, com o fim da sessão do 29º dia de julgamento do processo, já foi condenado pela maioria dos ministros por corrupção passiva (por enquanto, 6 a 0) . Já o deputado Valdemar da Costa Neto, do antigo PL, hoje parlamentar do PR, também foi condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva - placar de 6 a 0. Réu do PP, Pedro Corrêa já foi condenado por corrupção passiva (7 a 0) e lavagem de dinheiro (6 a 1). João Cláudio Genu, assessor do ex-líder do PP na Câmara, José Janene (já falecido), também foi condenado por corrupção passiva (6 a 1). Jacinto Lamas també foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro (ambas por um placar de 6 a 0). Bispo Rodrigues também teve maioria pela condenação de corrupção passiva (6 a 0).
Nesse tópico, receberam voto de absolvição os réus João Claudio Genu, Bispo Rodrigues, José Borba e Antônio Lamas.
— Os parlamentares (...) tinham, a meu juízo, completo domínio dos fatos, sendo possível deferir que agiram com dolo direto ou eventual. Em outras palavras, tendo ciência da elevada probabilidade da procedência criminosa dos valores recebidos - argumentou a ministra, entendendo que, nos casos da maioria dos políticos, houve o crime de lavagem.
No entanto, Rosa Weber também absolveu todos os 13 acusados no item do crime de formação de quadrilha.
— Em suma, quadrilha, na minha concepção, causa perigo por si mesma na sociedade, eventualmente na pena agravada. Portanto a indeterminação na prática de crimes é a diferenciação de bandos e agentes pura e simples. Só concluo que os fatos e as condutas e a situação e a organização imputada na denúncia como crime de bando ou quadrilha assim não se qualifica e não vislumbro prova sequer da prática deste crime. Entendo que houve aqui crime de coautoria e por isso absolvo todos os acusados pelos crimes de quadrilha.
Fux segue relator
Em seguida, Luiz Fux proferiu seu voto, seguindo inteiramente o relator. O ministro condenou Quadrado e Fischberg por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
— Então, sintetizando, basicamente o esquema sintético era Marcos Valério, Bônus Banval, Natimar e agremiação partidária por intermediação de pessoas. Por esta razão, eu também reconheço o crime de lavagem de dinheiro em relação aos integrantes da Bônus Banval: Enivaldo Quadrado e Breno Fischeberg.
Henry, Corrêa e Genu também foram condenados pelo ministro nos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
— Henry e Corrêa receberam vantagem indevida e se associaram depois das eleições, é importante frisar isso. É diferente apoio de campanha e apoio depois de campanha. Enquanto se está disputando eleição, as agremiações vão buscar verbas para si próprias e depois das campanhas, o apoio é político. As vantagens foram recebidas por estes três. Genu tinha total ciência da sua autoria funcional e evidentemente a velha forma do código incide nas penas terminadas.
Fux também condenou Roberto Jefferson, Romeu Queiroz, Emerson Palmieri e Bispo Rodrigues e José Borba pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, assim como Jacinto Lamas e Valdemar Costa Neto - também condenados por formação de quadrilha. Antonio Lamas foi absolvido por falta de provas.
Cármen Lúcia segue Rosa Weber
Em um rápido voto, a ministra Cármen Lúcia seguiu a ministra Rosa Weber quanto à perpectiva de não configuração do crime de formação de quadrilha de réus ligados ao PP e ao antigo PL. A ministra disse que não concorda com a existência de pequenas quadrilhas diante de uma maior, e que os réus não se reuniram para particar crimes continuados, como especifica a legislação.
Pedro Henry, Valdemar Costa Neto, Jacinto Lamas, Bispo Rodrigues, Roberto Jefferson, Emerson Palmieri, Pedro Corrêa, João Claudio Genu e Romeu Queiroz foram condenados pelo crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A ministra também condenou Breno Fischberg e Enivaldo Quadrado por lavagem de dinheiro. José Borba foi condenado por corrupção passiva, mas absolvido por lavagem de dinheiro.
- Henry, Corrêa e Genu, considero corrupção passiva e peço vênia para condenar Pedro Henry. E também o faço aos três quanto à lavagem de dinheiro porque houve o movimento de dissimular a fórmula, quando fizeram uso de uma corretora e de uma outra pessoa para ocultar, perfeitamente caracterizado e comprovado nos autos. No caso da lavagem de dinheiro, houve entrega no Banco Rural, houve quem pegasse dinheiro na agência e entregasse na casa dos réus... tanto a Pedro Correia, Pedro Henry e Genu quanto à lavagem de dinheiro.
No fim de seu voto, ela teceu algumas considerações sobre a ética na política. A ministra retirou-se para participar de sessão TSE.
- Eu não gostaria que o jovem desacreditasse na política por causa do erro de um ou de outro. Quem exerce um cargo político deve exercer com mais rigor porque está cuidando da coisa de todos e um prejuízo significa que uma sociedade inteira foi furtada pelo posto de saúde que não tem, e principalmente a desesperança de uma sociedade que chega ás vésperas de eleição, como agora, demonstrando desencanto que a política não se dá de forma correta. O estado de direito a política é necessária em qualquer parte deste planeta.
Dias Toffoli asbolve João Claudio Genu
O ministro José Antonio Dias Toffoli começou sua fala votando pela condenação de Pedro Henry e Pedro Corrêa, ligados ao PP, em relação aos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em seguida, entretanto, ele absolveu João Claudio Genu pelos mesmo crimes.
- Não tendo sido devidamente comprovado o elemento objetivo do ônus, não há como imputar-lhe a participação no crime de corrupção passiva. Portanto, quanto a Claudio Genu, peço vênia para acompanhar a divergência, para, também quanto à corrupção passiva, julgar improcedente a ação penal, absolvendo João Cláudio Genu da prática do crime de corrupção passiva.
Toffoli também votou pela condenação de Enivaldo Quadrado por lavagem de dinheiro. O ministro teve que deixar o plenário para também acompanhar a sessão do TSE.
Gilmar Mendes absolve Henry, Borba e Fischberg
O último a votar, ministro Gilmar Mendes, absolveu Pedro Henry por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Também absolveu Breno Fischberg das imputações de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, e José Borba por lavagem de dinheiro (o réu foi condenado por corrupção passiva).
Entretanto, Gilmar condenou Pedro Corrêa por formação de quadrilha , corrupção passiva e lavagem de dinheiro, assim como João Claudio Genu, Jacinto Lamas e Valdemar Costa Neto.
O ministro também votou pela condenação de Bispo Rodrigues, Enivaldo Quadrado, Romeu Queiroz, Roberto Jefferson e Emerson Palmieri por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Sessão começou com réplica de Barbosa
A sessão de hoje no Supremo Tribunal Federal (STF), que julga o processo do mensalão, foi aberta com a réplica do relator Joaquim Barbosa sobre o voto do revisor, Ricardo Lewandowski. Há uma divergência sobre o tópico de lavagem de dinheiro, que desde ontem causa polêmica no plenário do Supremo. Na sessão de ontem, em meio a um clima muito tenso, o ministro revisor, Ricardo Lewandowski, condenou parlamentares e pessoas ligadas ao PMDB e ao PTB, como fizera com réus do PP e do antigo PL, por corrupção passiva, mas inocentou alguns dos réus e não considerou, na maioria dos casos, configurado o crime de lavagem de dinheiro.
Barbosa afirmou que o revisor se equivoca ao caracterizar o recebimento de propina de forma camuflada apenas como corrupção passiva. Para o relator, a lavagem de dinheiro se caracterizou multiplamente pelas ações do Banco Rural e de Marcos Valério, onde a SMP&B emitia um cheque em nome dela própria e era formalmente registrado como se fosse da agência de publicidade para pagamento a fornecedores, fazendo com que os sacadores e beneficiários do dinheiro sujo ficassem inexistentes.
- O que importa é a engrenagem para dissimular e tornar oculta a destinação e um grande esquema de corrupção. Após a corrupção passiva, os réus praticaram outros atos que caracterizam lavagem de dinheiro.
Citando os votos pela absolvição de Pedro Henry, ex-líder do PP, e de Emerson Palmieri, ex-tesoureiro do PTB, Barbosa concluiu que os réus só criaram esse mecanismo porque sabiam da origem ilícita do dinheiro .
- É impossível sustentar que os réus não soubessem nem mesmo desse antecedente - da corrupção passiva. A não ser que acreditaram piamente que Marcos Valério e o Banco Rural haviam se transformado em Papai Noel e decidiram distribuir dinheiro nas praças de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília - concluiu Barbosa.
Deverão votar ainda hoje, nesse item da denúncia, os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e o presidente Ayres Britto.
Novo bate-boca
Na quarta-feira, relator e revisor protagonizaram mais um bate boca no julgamento. Barbosa disse que Lewandowski devia ser mais transparente e divulgar seus votos aos jornalistas, "para prestar contas à sociedade"; chamou os métodos do revisor de "heterodoxos"; indicou que ele faz "vista grossa" aos fatos que estão nos autos; além de reclamar do tamanho dos votos do revisor, indicando que Lewandowski estaria em uma disputa particular.
A discussão começou quando o revisor fazia questionamentos sobre a "real e efetiva participação de Émerson Palmieri nas ações delituosas". Lewandowski absolveu Palmieri, ex-primeiro secretário do PTB, mas Barbosa o condenou pelo crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/roberto-jefferson-condenado-pela-maioria-dos-ministros-por-corrupcao-6208940#ixzz27iat6WIo
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TÁ CEGANDO A HORA DA VITÓRIA. 40 NELES!


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

SEROPÉDICA ÉPREMIADA MAIS UMA VEZ



Seropédica ganha título internacional Green Cities Network do Projeto ENO

Caixa de entrada





Marcar com estrela Anexo 26 de setembro de 2012 15:07

 

Seropédica ganha título internacional Green Cities Network do Projeto ENO

Durante a sexta-feira (21), comemorou-se o Dia da Árvore, no entanto, a cidade de Seropédica também teve outros motivos a serem comemorados. Desde o mês de junho o município está inscrito no Projeto Cidades Verdes, que consiste numa parceria onde a cidades participantes se prontificam a oferecer mudas para plantio, áreas para plantio e assumem o compromisso de envolver a comunidade escolar nas questões ambientais.

Durante o período de junho à setembro Seropédica concorreu com 17 cidades de todo o mundo, sendo que 3 cidades seriam contempladas com o “Selo Verde”. O município ficou entre as 3 cidades vencedoras e em comemoração a esse fato ocorreu na Floresta Nacional Mário Xavier (Horto Florestal) uma solenidade simbólica da entrega do certificado de “Cidade Verde”.

O Green Cities Network, como é conhecido o “Selo Verde” é uma premiação oferecida pelo Projeto ENO (Environment Online), que é uma rede global que tem por objetivo principal promover o desevolvimento sustentável e a paz em todo o mundo.

Alunos das redes públicas municipal e federal do município, além de escolas particulares estiveram na Floresta Nacional e plantaram cerca de 300 mudas de diversas espécies nativas do Brasil.

O “Selo Verde” é um prêmio reconhecido pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e tem por objetivo premiar as cidades que mais se desenvolveram em relação às questões ambientais.

Estiveram presentes, o secretário de Agricultura e Meio Ambiente do município, Ademar Quintella, a chefe da Floresta Nacional, Andréia de Nóbrega Ribeiro, a professora Fabiana H. da Silva, uma das representantes do Projeto ENO/Brasil, além de duas visitantes ilustres, representantes do ENO na Argentina, Verônica soledad Ledesma (Professora de Ensino Médio e Educação Especial) e Sônia del Valle Diaz (Engenheira Agrônoma e Professora de Literatura).

A inscrição do Projeto Cidades Verdes foi mais uma das iniciativas conjuntas entre as secretarias de Educação e Agricultura e Meio Ambiente na tentativa de desenvolver as questões ambientais de Seropédica.

Apenas duas cidades no Brasil tem esse selo, são estas: São Paulo (SP), e agora também, Seropédica (RJ), o que comprova os diversos avanços do município em diferentes áreas de atuação.

FOTOS Hudson Glória
1 - Mudas são plantadas na FLONA Mário Xavier
2 - Estudantes Municipais exibem bandeira nacional durante plantio de mudas
3 - Estudantes durante o plantio
4 - Secretário de Meio Ambiente Ademar Quintella exibe certificado de Selo Verde
5 - Secretária de Educação Lucia Martinazzo exibe certificado Selo Verde
6 - Estudantes do Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro durante plantio de mudas

terça-feira, 25 de setembro de 2012

JOAQUIM BARBOSA É O EXEMPLO


SEROPÉDICA ACREDITA

NO DIA 7 DE OUTUBRO NOSSA VITÓRIA É CERTA. 40 NELES!
VEAM SÓ COMO A OPOSIÇÃO ESTÁ:

FALTAM 11 DIAS . 40 NELES!


SEROPÉDICA UNIDA PARA O DIA 7 DE OUTUBRO



MANIFESTO CONTRA REPORTAGEM DA REDE GLOBO


PROPAGANDA ENGANOSA E APOLOGIA ÀS DROGAS

Protógenes Queiroz fica indignado após levar filho para assistir a ‘Ted’

Deputado chegou a pedir proibição do filme por conta do consumo exagerado de drogas

Publicado:
Atualizado:

Cena do filme ‘Ted’, de Seth MacFarlane
Foto: Divulgação
Cena do filme ‘Ted’, de Seth MacFarlaneDivulgação
RIO — O deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) está indignado com “Ted”, o filme americano sobre a amizade entre um homem e seu ursinho de pelúcia. Protógenes assistiu ao longa-metragem junto com o filho de 11 anos, sem saber que o principal passatempo dos protagonistas é consumir drogas. Ele chegou a sugerir que o filme fosse proibido no país, mas agora defende que a classificação indicativa seja modificada para 18 anos (atualmente é 16). Para o deputado, as pessoas compram os ingressos com base na imagem do ursinho e a sinopse não revela o conteúdo.



— As crianças que veem as ilustrações todas querem assistir ao filme, porque tem um urso falante. Qual adulto quer ver um filme sobre um urso falante? O urso de pelúcia é um ícone de qualquer criança, menino ou menina. Mas (no filme) aquele ícone querido não estuda, não trabalha, consome drogas, só pensa besteira o tempo todo — critica — Aí entra na polêmica que estou querendo proibir. Sou a favor da liberdade de expressão, mas desde que sejam obedecidos determinados critérios da capacidade de entendimento do indivíduo. Como um pré-adolescente consegue entender que aquilo vai ser um risco?
No Twitter, desde ontem o nome do deputado e do filme se alternam entre os temas mais comentados no Brasil e Protógenes tenta lançar a campanha “#foraFilmeTED“. Ele critica a produção por apresentar de forma positiva personagens indolentes, que consomem drogas o tempo todo e não trabalham, nem estudam. Para ele, a “sociedade americana está acostumada com aquilo, mas a nossa sociedade não”.
— Nós ainda somos uma população um pouco superior a esses princípios. Somos tão superiores que temos Fenrando Meirelles produzindo para eles. Somos tão superioes que levaram também o José Padilha, que está lá fazendo a reedição do "Robocop". “Cidade de Deus” mostra uma dura realidade do flagelo social das favelas brasileiras e da população pobre. Mas não diz que viver em favela é bom, que quem consumir droga vai viver bem, se roubar ou matar não acontece nada.
O deputado admite que o consumo exagerado de drogas e o comportamento antissocial do ursinho Ted acabam por causar o rompimento do namoro do personagem principal, ou seja, existem consequências negativas. Mas ele reitera que "no final todos ficam felizes para sempre, ninguém vai preso, ninguém é hospitalizado".
— Em outros filmes há também esse consumo de drogas, mas em alguma parte existe a contextualização de forma crítica e educativa: se consumir droga você fica doente, vai morrer, vai preso, perde capacidade de entendimento — avalia — Até bater com o carro eles batem e não são reprimidos (pela polícia).
Protógenes afirma que está preparando um pronunciamento na Câmara para a próxima quarta-feira e estuda a forma de pedir que a classificação indicativa mude para 18 anos.
— Quero alertar a população brasileira que nós não aceitamos esse tipo de enlatado americano. Todos no cinema estão consumindo pipoca e guaraná, enquanto na tela os personagens consomem droga. Essa mensagem é danosa para a sociedade. Produzir esse tipo de filme para ter uma veiculação abaixo da maioridade põe em risco todos os princípios de educação e cultura do país. No Brasil estamos longe de admitir isso.
Lançado em julho nos EUA (e semana passada no Brasil), “Ted” já arrecadou mais de US$ 217 milhões em todo o mundo — aqui o filme estreou em 2º lugar na bilheteria e arrecadou R$ 2,4 milhões. O longa-metragem foi escrito e dirigido por Seth MacFarlane, criador do ácido desenho animado “Family Guy”. No elenco, estão Mark Wahlberg e Mila Kunis.
Quando ultrapassou a marca dos US$ 100 milhões de bilheteria, ainda em julho, o ursinho Ted fez uma de suas piadas politicamente incorretas no Twitter: “Meu filme acaba de fazer 100 milhões. Talvez agora eu possa pagar um restaurante onde na mesa ao lado não haja uma família gritando em português”.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/protogenes-queiroz-fica-indignado-apos-levar-filho-para-assistir-ted-6189987#ixzz27Wi5ftC0
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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

ASFALTO EM SEROPÉDICA

ASFALTAMENTO A TODO VAPOR

Bairro Fazenda Caxias e Parque Jacimar voltam a receber asfaltamento


 

No que depender da prefeitura as ruas de Seropédica vão continuar recebendo o tratamento adequado para acabar com os buracos e a lama em dias chuva nas ruas da cidade, que tantos transtornos trazem para a população.

Pensando nisso a Secretaria Municipal de Obras deu continuidade nesta sexta-feira (21), ao asfaltamento de ruas localizadas nos Bairros Campo Lindo e Parque Jacimar.

O secretário de Obras Fernando Dias Lima Ortiz do Rego Barros, afirmou que as etapas de drenagem, preparação de galerias de águas pluviais, terraplenagem, base e colocação de meio fio já foram realizadas, e que a secretaria iniciou a continuidade do asfaltamento nas Ruas Emília dos Santos e João Augusto Paiva, no Bairro Parque Jacimar e na Rua Isidro Borges localizada no Bairro Fazenda Caxias. “Depois de receber saneamento e troca de manilhas nós conseguimos realizar o asfaltamento das ruas”, disse o secretário.

De acordo com o secretário o asfaltamento faz parte do programa empreendido pela Secretaria Municipal de Obras. “A obra beneficiará diretamente moradores, alunos e comerciantes que sofriam com problemas relativos à poeira e lama. As melhorias vão garantir maior tranquilidade e qualidade de vida para as famílias”, declarou o secretário.

TAMPA DE BUEIRO SUSTENTÁVEL

Pensando no meio ambiente e na sustentabilidade, a Prefeitura está testando um novo material utilizado nas tampas de bueiros instaladas na Rua Rita Batista. Estas novas tampas de bueiras são produzidas através da reciclagem de garrafas PET. “A tampa é forte, sustenta peso, porém é mais leve do que as feitas de ferro, além de ser articulada, o que facilita a limpeza”, garantiu Fernando Barros.

O secretário destaca o fator econômico como outro diferencial para as novas tampas. “As pessoas roubavam as tampas de ferro com o objetivo de venderem para ferros velhos, as novas feitas de PET não possuem valor comercial”, disse Fernando,



FOTOS

2 e 4 – Rua Emilia dos Santos recebe asfaltamento e instalação de quebra molas

3 – Rua João Augusto Paiva recebe asfaltamento

5 – Tampas de bueiros sustentáveis feitas a partir de reciclagem de PET

domingo, 23 de setembro de 2012

MAIS CRIMES DURANTE ELEIÇÃO

Plantão de Polícia

Candidato é baleado em Duque de Caxias

22/09/12 22:38
atualizado em 22/09/2012 22:41                 


Sidinho, que concorre às eleições pelo PT, foi alvejado por dois homens de moto
Candidato a vereador pelo PT de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Sidney Souza e Silva, o Sidinho Souza, de 27 anos, foi atingido ontem por dois tiros nas costas, dentro do seu Hyundai i30, placa LLQ 2810, quando chegava em casa, no bairro 25 de Agosto.
O crime aconteceu por volta das 5h30, na esquina das ruas Barão do Triunfo com Centro Escola de Estética da Unigranrio. Os bandidos foram dois homens que ocupavam uma moto e não esconderam o rosto. Um deles, branco, sem camisa e que estaria usando um pente da balas na cintura, ainda atirou contra o Fiesta, placa KWZ 2112, do empresário Diogo Arcanjo, de 28, coordenador-geral da campanha de Sidinho, que conseguiu sair ileso.
Sobrinho do ex-deputado federal Carlos Santana (PT), também candidato a vereador, no Rio, Sidinho, que se destacou na região como promotor de eventos, foi operado no início da tarde, no Hospital de Clínicas Mário Lioni, e não corre perigo de morte.
O petista retornava de uma casa de shows, no Centro do Rio, ocupando o banco traseiro, atrás do carona. Estavam ainda no carro, o motorista, Elínio da Cunha Junior, 29; Diogo e o vendedor Ronaldo Henrique Ferreira, 32.
"Foi tudo muito rápido, com tiros para todos os lados. Só sei que arranquei com o carro e fui direto para o hospital, que fica a cerca de 500 metros do local da confusão", contou Elínio Junior, ainda assustado, na porta da 59ª DP, onde o caso está sendo apurado.

INTOLERÂNCA FANÁTICA E DECADÊNCIA MORAL

Heber Santana responde à ameaça de nudez do GGB em protesto à condecoração de Silas Malafaia

 

O vereador Heber Santana respondeu à ameaça de nudez do Grupo Gay da Bahia (GGB), em campanha contra a entrega do título de Cidadão de Salvador ao pastor Silas Malafaia, que é considerado por muitos o "inimigo número 1" dos ativistas LGBT.

  • Silas Malafaia fala de perseguição religiosa no programa Vitória em Cristo
    (Foto: Reprodução You Tube)
    Silas Malafaia fala de perseguição religiosa no programa Vitória em Cristo
Desde que foi anunciado a entrega do título ao pastor no início do mês, os ativistas se revoltaram contra a condecoração e agendaram um protesto para o dia da entrega, 27 de setembro, ameaçando tirar a roupa em protesto.
O vereador Heber Santana (PSC), membro da bancada evangélica na Câmara Municipal e autor da proposta, classificou a ação como "intolerância" por parte dos ativistas contra os evangélicos.
"Diversos títulos foram entregues até aos ativistas do movimento gay e nenhum momento os evangélicos adotaram essa postura, isso revela o grau de intolerância contra nós evangélicos”.
Heber ainda declarou que, apesar de não concordar com a posição do GGB, a respeita, assim como tem o direito de ser respeitado.
“Não temos nada contra os homossexuais, só contra a prática do homossexualismo, mesmo assim respeitamos quem pratica. Agora, nós defendemos valores compatíveis com a família tradicional, de casamento heterossexual. Achamos normal que a polêmica ocorra no campo das ideias, mas dizer que vai para frente da Câmara para tumultuar a sessão é difícil aceitar”, disse Santana.
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Segundo ele, Malafaia merece o título de cidadão de Salvador principalmente pelo grande evento evangélico que promoveu em 2010 na capital baiana, o “Vida vitoriosa para você”, que teria reunido 150 mil pessoas, “Os que se converteram são acompanhados até hoje pela associação do pastor Silas”, disse.
Ele reclamou que os evangélicos sofrem mais preconceito que os homossexuais. “É o segmento (evangélico) mais censurado, quando quer expressar sua posição sobre determinados temas”.
“Aqueles que nos atacam são os mesmos que vão nas igrejas pedir votos", protestou o social-cristão.
A data inicial para a entrega do título, segundo o vereador, terá que ser revista devido ao período eleitoral.
"A manifestação com o nudismo é a última tentativa do movimento LGBT baiano contra o acinte de se conceder uma honraria desta ao maior inimigo dos LGBTs do Brasil", afirmou Luiz Mott, o fundador do GGB.
Ele disse ainda que o grupo pretende intensificar as manifestações até a data da honraria. "Antes, vamos tentar impugnar a titulação, já que o regimento da Câmara exige relevantes serviços prestados à cidade, o que não aconteceu com ele (Malafaia)".

CRIME DURANTE A ELEIÇÃO

Coordenador de campanha tucana é assassinado em Manaus

Líder comunitário ligado ao candidato a prefeito Arthur Virgílio levou cinco tiros

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BRASÍLIA - Um dos coordenadores da campanha de Arthur Virgílio (PSDB) à prefeitura de Manaus foi morto a tiros no fim da tarde deste sábado. Ademir Queiroz Feitoza era líder comunitário e coordenava a campanha de rua na Zona Leste, a mais populosa e violenta da capital amazonense. De acordo com nota divulgada pela Polícia Civil, ele não estava em atividade eleitoral no momento do crime e, “embora a morte tenha características de execução, não há, até o momento, confirmação de motivação política”.
Segundo a Polícia Civil, Feitoza estava em um bar, por volta das 18h30, quando dois homens chegaram atirando em uma moto. Ele levou cinco tiros — três na cabeça, um no tórax e um no braço. Ele foi levado para o hospital, mas já teria chegado morto. Ainda de acordo com a polícia civil, o local do crime foi alterado e não será possível realizar perícia.
A assessoria de imprensa da campanha de Virgílio afirmou que Feitoza também era dirigente de uma liga desportiva do bairro Jorge Teixeira, onde foi assassinado. Ainda de acordo com a assessoria, o bar onde foi morto ficava na beira de um campo de futebol, onde ele assistia a uma partida. Os advogados da campanha tucana pretendem acompanhar as investigações.
O candidato do PSDB liderava as pesquisas de intenção de voto até a última quinta-feira, quando foi divulgada pesquisa Ibope na qual Vanessa Grazziotin (PCdoB) chegou ao empate, com 29% das intenções de voto


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/coordenador-de-campanha-tucana-assassinado-em-manaus-6176547#ixzz27KyL01cN
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PESQUISA FOCO ELEIÇÕES SEROPÉDICA -2012



FOCO POPULAR PUBLICOU EM 2011 PESQUISA SOBRE A SITUAÇÃO POLÍTICA NO MUNICÍPIO DE SEROPÉDICA. VEJA COMO FOI O RESULTADO DAS ELEIÇOES DESDE 1996 ATÉ 2008. NOTE QUE EM 2004 A RENOVAÇÃO NO LEGISLATIVO FOI DE 70%, A MAIOR JÁ REGISTRADA ATÉ HOJE.
 NÃO HÁ REGISTRO EM SEROPÉDICA EM RENOVAÇÃO EM 100% DO LEGISLATIVO DE UMA SÓ VEZ. AO QUE PARECE EM 2012 SERÁ IMPOSSÍVEL TAL FEITO DEVIDO A POPULARIDADE DE CERTAS LIDERANÇAS (VEREADORES DE MANDATO) EM REGIÕES COMO OS BAIRROS SANTA SOFIA, CANTO DO RIO E SÃO MIGUEL.






OS PROVÁVEIS REELEITOS PARA O LEGISLATIVO EM SEROPÉDICA, SEGUNDO OS DADOS DE FOCO POPULAR SÃO OS SEGUINTES:

PREFEITO> MARTINAZZO

VEREADORES:

DACA (SANTA SOFIA)

DEDÉ ( CANTO DO RIO)

VALTINHO (SÃO MIGUEL)

MAX ( FAZENDA CAXIAS)

 

sábado, 22 de setembro de 2012

A ESPERANÇA ESTÁ DE VOLTA


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

CRIME ORGANIZADO QUER DOMINAR O ESTADO


PRESIDENTE DO TRE-RJ:

“CRIME ORGANIZADO QUER DOMINAR O ESTADO”

Luiz zveiter disse ao jornal O GLOBO, edição de 20.09.2012, “que há uma tentativa do crime organizado de tomar o Estado. Segundo o presidente do TER, a lei da Ficha Limpa foi um avanço, mas ainda é ineficiente para brecar os marginais que se utilizam da política de maneira criminosa.

Coronelismo

A ineficiência do poder público às vezes perde a briga para a cultura do coronelismo semelhante como tem acontecido em Seropédica e nos demais municípios da Baixada Fluminense. O município de Japeri é o mais recente caso. No dia 19.09.2012, o prefeito Ivaldo Santos (O Timor), foi preso como suspeito de ser o mandante do assassinato do comerciante André da Silva Conceição. No dia 28 de julho deste ano, o policial militar e candidato a vereador, Marcelo Coelho, foi assassinado por dois homens encapuzados que fizeram dois disparos a queima roupa. Também em Itaboraí, a situação  criminal é intensa, o carro de Wellington Campos, coordenador de campanha do candidato à prefeitura Helil Cardoso foi atingido por sete disparos. Mês passado o candidato a vereador Alexandre Perim, foi ameaçado de morte.

- A questão de mandar matar adversário político é criminal e não eleitoral... a briga política para ter o poder é uma coisa... o desvio de conduta ultrapassa o limite eleitoral, é crime  - afirma o presidente do TER.

Corrupção e coerção

O coordenador do Programa de Pós-Graduação de Ciências Políticas da Universidade Federal Fluminense (UFF), Eurico Figueiredo, disse na mesma reportagem que “O que vemos são práticas políticas do passado potencializadas com a introdução do crime organizado. Essas oligarquias se articulam como verdadeiros comandos criminosos para a manutenção do poder, por meio da corrupção e da coerção”.

O cientista político e professor da PUC-Rio, Ricardo Ismael, disse o seguinte a respeito do assunto: - São máquinas criminosas montadas para se apropriar do Erário público.

Seropédica não suporta mais isso

Dos 13 municípios que integral a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Seropédica é o único que tem na região uma Universidade Federal (UFRRJ) e via de acesso ao desenvolvimento sustentável devido a sua localização e aproximação do Porto de Itaguaí, com o Arco Metropolitano, Rodovias estaduais, federais e linha férrea além de possuir espaço para porto fluvial.

A posição geográfica estratégica de Seropédica abre os olhos da velha oligarquia e daqueles coronéis do passado. Não é à toa que o tema de campanha de um candidato à reeleição é: Prá traz nunca mais”. Trata-se de um apelo em conscientizar a população de que o regime de ameaças, perseguição, corrupção, mortes políticas e apropriação indébita do dinheiro público, já passou.

Seropédica sofre – desde 1996 -, o terror da política coronelista. Neste espaço de tempo os demais municípios tem tido sucesso com o trabalho da Justiça do Estado do Rio. Muitos casos de crimes políticos contra jornalistas, candidatos a vereador, assessores políticos e roubo do dinheiro público são descobertos e a imprensa nacional divulga. Somente Seropédica fica de fora, não se descobre nada apesar das evidências e das verdades andarem tropeçando ao meio dia pelas ruas da cidade.

Fato é que muitos têm medo de falar e até de provar mas diz a tradição que em Seropédica tem um juiz que apadrinha políticos e que é o verdadeiro responsável pela blindagem dos corruptos. Vale a Justiça investigar.

Relação dos municípios da Região Metropolitana investigados pela Justiça sobre esses assuntos: Paracambi, Japeri, Nova Iguaçu, Magé,  Guapimirim, Itaguaí, Mangaratiba, Rio de Janeiro, São João de Meriti, Duque de Caxias e Itaboraí.
 

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DEMOCRACIA E SOCIALISMO


Carlos Nelson Coutinho: "Sem democracia não há socialismo, e sem socialismo não há democracia" PDFImprimirE-mail
Filosofia e Questões Teóricas
Caros Amigos
Ter, 02 de Fevereiro de 2010 12:22

Carlos Nelson Coutinho
Carlos Nelson Coutinho
Carlos Nelson Coutinho, um dos intelectuais marxistas mais respeitados do Brasil, recebeu a Caros Amigos em seu apartamento no bairro do Cosme Velho, Rio de Janeiro, para uma conversa sobre os caminhos e descaminhos da esquerda brasileira, sua decepção com o governo Lula e as possibilidades de superação do capitalismo.Estudioso de Antonio Gramsci, Coutinho defende a atualidade de Marx e reafirma o que disse em seu polêmico artigo "Democracia como valor universal", publicado há 30 anos: "Sem democracia não há socialismo, e sem socialismo não há democracia"
Hamilton Octávio de Souza- Queremos saber da sua história. Onde nasceu, onde foi criado, como optou por esta carreira ..
Carlos Nelson Coutinho - Nasci na Bahia, em uma cidade do interior chamada Itabuna, mas fui para Salvador muito pequenininho, com uns 3 ou 4 anos. Me formei em Salvador, e as opções que eu fiz, fiz em Salvador. Eu nasci em 1943, glorioso ano da batalha de Stalingrado. Me formei em filosofia na Universidade Federal da Bahia, um péssimo curso, e com meus 18 ou 19 anos sabia mais do que a maioria dos professores. Meus pais eram baianos também. Meu pai era advogado e foi deputado estadual durante três legislaturas da UDN. Publicamente ele não era de esquerda, mas dentro de casa ele tinha uma posição mais aberta. Eu me tomei comunista lendo o Manifesto Comunista que o meu pai tinha na biblioteca. Ele era um homem culto, tinha livros de poesia. Minha irmã, que é mais velha, disse que eu precisava ler o Manifesto Comunista. Foi um deslumbramento. Eu devia ter uns 13 ou 14 anos. Aí fiz faculdade de Direito por dois anos porque era a faculdade onde se fazia política, e eu estava interessado em fazer política. Me dei conta que uma maneira boa de fazer política era me tomando intelectual. Aos 17 anos entrei no Partido Comunista Brasileiro, que naquela época tinha presença. O primeiro ano da faculdade foi até interessante porque tinha teoria geral do Estado, economia política, mas quando entrou o negócio de direito penal, direito civil, ai eu vi que não era a minha e fui fazer filosofia.
Renato Pompeu - Mas quais eram as suas referências intelectuais?
Carlos Nelson Coutinho - Em primeiro lugar, Marx, evidentemente, mas também foram muito fortes na minha formação intelectual o filósofo húngaro George Lukács e Gramsci. Eu tenho a vaidade de ter sido um dos primeiros a citar Gramsci no Brasil, porque aos 18 anos eu publiquei um artigo sobre ele na revista da faculdade de Direito. Aí eu vim para o Rio e fui trabalhar no Tribunal de Contas. Me apresentei ao João Vieira Filho para trabalhar e ele me falou: "meu filho, vá pra casa e o que você precisar de mim me telefone", Eu fiquei dois ou três anos aqui sem trabalhar, mas a situação ficou inviável. Pedi demissão e fui, durante Um bom tempo, tradutor. Eu ganhava a vida como tradutor, traduzi cerca de 80 ou 90 livros. Em 76, eu fui para a Europa. Passei 3 anos fora, não fui preso, mas senti que ia ser, foi pouco depois da morte do Vlado. Então morei na Europa por três anos, onde acho que aprendi muita política. Morei na Itália na época do florescimento do eurocomunismo, que me marcou muito. O primeiro texto que publiquei é exatamente este artigo da "Democracia como valor universal" que causou, sem modéstia, um certo auê na esquerda brasileira na época. Até hoje há citações de que é um texto reformista, revisionista. Enfim, voltei do exílio e entrei na universidade, na UFRJ, onde eu estou há quase 28 anos. Passei por três partidos políticos na vida. Entrei no PCB, como disse antes, aos 17 anos, onde fiquei até 1982, quando me dei conta que era uma forma política que tinha se esgotado. Nesse momento, surge evidentemente uma coisa que o PC não esperava e não queria, que é um partido realmente operário, no sentido de ter uma base operária. O mal-estar do PCB contra o PT no primeiro momento foi enorme. Eu saí do PCB, mas não entrei logo no PT. Só entrei no PT no final da década de 80, entrei junto com o [Milton] Temer e o Leandro Konder. Fizemos uma longa discussão para ver se entrávamos ou não, e ficamos no PT até o governo Lula, quando nos demos conta que o PT não era mais o PT. Saí e fui um dos fundadores do PSOL, que ainda é um partido em formação. Ele surge num momento bem diferente do momento de formação do PT, de ascensão do movimento social articulado com a ascensão do movimento operário. E o PSOL surge exatamente em um momento de refluxo. Nessa medida, ele é ainda um partido pequeno, cheio de correntes. Eu sou independente, não tenho corrente. Podemos dizer o seguinte: eu tinha um casamento monogâmico com o PCB, com o PT já me permitia traições e no PSOL é uma amizade colorida.
Tatiana Merlino - Em uma entrevista recente o senhor falou sobre o avanço e o triunfo da pequena política sobre a grande política dentro do governo lula. Você pode falar um pouco sobre isso?
Carlos Nelson Coutinho - Gramsci faz uma distinção entre o que chama de grande política e pequena política. A grande política toma em questão as estruturas sociais, ou para modificá-las, ou para conservá-las. A pequena política, para ele, Gramsci, é a política da intriga, do corredor, a intriga parlamentar, não coloca em discussão as grandes questões. Durante algum tempo, o Brasil passou por uma fase de grande política. Se a gente lembrar, por exemplo, a campanha presidencial de 89, sobretudo o segundo turno, tinha duas alternativas claras de sociedade. Não sei se, caso o PT ganhasse, ia cumpri-la, mas, do ponto de vista do discurso, tinha uma alternativa democrático-popular e uma alternativa claramente neoliberal. Até certo momento, no Brasil, nós tivemos uma disputa que Gramsci chamaria de grande política. A partir, porém, sobretudo, da vitória eleitoral de Lula, eu acho que a redução da arena política acaba na pequena política, ou seja, que no fundo não põe em discussão nada estrutural. Eu diria que é a política tipo americana. Obviamente o Obama não é o Bush, mas ninguém tem ilusão de que o Obama vai mudar as estruturas capitalistas dos Estados Unidos, ou propor uma alternativa global de sociedade. Então, o que está acontecendo no Brasil é um pouco isso, dando Dilma ou dando Serra não vai mudar muita coisa não. Até às vezes desconfio que o Serra pode fazer uma política menos conservadora, mas depois vão me acusar de ter aderido a ele. Eu até faço uma brincadeira, dizendo que a política brasileira "americanalhou", virou essa coisa ... Então, neste sentido eu entrei no PSOL até com essa ideia de criar uma proposta realmente alternativa. Infelizmente o PSOL não tem força suficiente para fazer essa proposta chegar ao grande público, mas é uma tentativa modesta de ir contra a pequena política.
Renato Pompeu - Você não acha que esse americanalhamento aconteceu na própria pátria do Gramsci?
Carlos Nelson Coutinho - Ah, sem dúvida. A predominância da pequena política é uma tendência mundial. Me lembro que logo depois da abertura eu escrevi uns dois ou três artigos em que dizia que o Brasil se tornou uma sociedade complexa. O Gramsci a chamaria de ocidental, que é uma sociedade civil desenvolvida, forte e tal. Mas há dois modelos de sociedade ocidental. Há um modelo que eu chamava de americano, que é este onde há sindicalismo, mas o sindicalismo não se opõe às estruturas, há um bipartidarismo, mas os partidos são muito parecidos, e o que eu chamava de modelo europeu, onde há disputa de hegemonia. Ou seja, se alguém votava no partido comunista na Itália, sabia que estava votando em uma proposta de outra ordem social. Se alguém votava no Labour Party na Inglaterra, durante um bom tempo, pelo menos o programa deles era socialista, de socialização dos meios de produção. E quem votava no partido conservador queria conservar a ordem. O Brasil tinha como alternativa escolher um ou outro modelo. Por exemplo, havia partidos que são do tipo americano, como o PMDB, mas havia partidos que são do tipo europeu, como o PT. Havia um sindicalismo de resultado e um sindicalismo combativo (CUT, por exemplo), mas tudo isso era naquela época. Depois a hegemonia neoliberal, em grande parte, americanalhou a política mundial. A Europa hoje é exatamente isso, são partidos que diferem muito pouco entre si. Há um "americanalhamento". É um fenômeno universal e é uma prova da hegemonia forte do neoliberalismo.
Tatiana Merlino - Então o avanço da pequena sobre a grande política está sendo mundial?
Carlos Nelson Coutinho - É um fenômeno mundial, não é um fenômeno brasileiro. Mas, veja só, começam a surgir na América Latina formas que tentam romper com este modelo da pequena política. Estou falando claramente de Chávez, Evo Morales e Rafael Correa, ainda que eu não seja um chavista, até porque eu acho que o modelo que o Chávez tenta aplicar na Venezuela não é válido para o Brasil, que é uma sociedade mais complexa, mais articulada. Mas certamente é uma proposta que rompe com a pequena política. Quando o Chávez fala em socialismo, ele recoloca na ordem do dia, na agenda política, uma questão de estrutura.
Tatiana Merlino - Então é um socialismo novo, do século 21. Que socialismo é esse?
Carlos Nelson Coutinho - Eu não sei, aí tem que perguntar para o Chávez. Olha, eu não gosto dessa expressão "socialismo do século 21", eu diria "socialismo no século 21".
Renato Pompeu - E como seria o socialismo no século 21?
Carlos Nelson Coutinho - Socialismo não é um ideal ético ao qual tendemos para melhorar a ordem vigente. O socialismo é uma proposta de um novo modo de produção, de uma nova forma de sociabilidade, e nesse sentido eu acho que o socialismo é, mesmo no século 21, uma proposta de superar o capitalismo. Novidades surgiram, por exemplo: quem leu o Manifesto Comunista, como eu, vê que Marx e Engels acertaram em cheio na caracterização do capitalismo. A ideia da globalização capitalista está lá no Manifesto Comunista, o capitalismo cria um mercado mundial, se expande e vive através de crises. Essa ideia de que a crise é constitutiva do capitalismo está lá em Marx. Mas há um ponto que nós precisamos rever em Marx, e rever certas afirmações, que é o seguinte: Quem é o sujeito revolucionário? Nós imaginamos construir uma nova ordem social. Naturalmente, para ser construída, tem que ter um sujeito. Para Marx, era a classe operária industrial fabril, e ele supunha, inclusive, que ela se tomaria maioria da sociedade. Acho que isso não aconteceu. O assalariamento se generalizou, hoje praticamente todas as profissões são submetidas à lei do assalariamento, mas não se configurou a criação de uma classe operária majoritária. Pelo contrário, a classe operária tem até diminuído. Então, eu diria que este é um grande desafio dos socialistas hoje. Hoje em dia tem aquele sujeito que trabalha no seu gabinete em casa gerando mais-valia para alguma empresa, tem o operário que continua na linha de montagem .. Será que esse cara que trabalha no computador em casa se sente solidário com o operário que trabalha na linha de montagem? Você vê que é um grande desafio. Como congregar todos esses segmentos do mundo do trabalho permitindo que eles construam uma consciência mais ou menos unificada de classe e, portanto, se ponham como uma alternativa real à ordem do capital?
Renato Pompeu - Aí tem o problema dos excluídos ...
Carlos Nelson Coutinho - Eu tenho sempre dito que as condições objetivas do socialismo nunca estiveram tão presentes. Prestem atenção, o Marx, no livro 3 do "Capital", diz o seguinte: O comunismo implica na ampliação do reino da liberdade e o reino da liberdade é aquele que se situa para além da esfera do trabalho, é o reino do trabalho necessário, é o reino onde os homens explicitarão suas potencialidades, é o reino da práxis criadora. Até meio romanticamente ele chega a dizer no livro "A Ideologia Alemã" que o socialismo é o lugar onde o homem de manhã caça, de tarde pesca e de noite faz critica literária, está liberto da escravidão da divisão do trabalho. E ele diz que isso só pode ser obtido com a redução da jornada de trabalho. O capitalismo desenvolveu suas forças produtivas a tal ponto que isso se tornou uma possibilidade, a redução da jornada de trabalho, o que eliminaria o problema do desemprego. O cara trabalharia 4 horas por dia, teria emprego pata todos os outros. E por que isso não acontece? Porque as relações sociais de produção capitalista não estão interessadas nisso, não estão interessadas em manter o trabalhador com o mesmo salário e uma jornada de trabalho muito menor. Então, eu acho que as condições para que a jornada de trabalho se reduza e, portanto, se crie espaços de liberdade para a ação, para a práxis criadora dos homens, são um fenômeno objetivo real hoje no capitalismo. Mas as condições subjetivas são muito desfavoráveis. A morfologia do mundo do trabalho se modificou muito .. Muita gente vive do trabalho com condições muito diferenciadas, o que dificulta a percepção de que eles são membros de uma mesma classe social. Então, esse é um desafio que o socialismo no século 21 deve enfrentar. Um desafio também fundamental é repensar a questão da democracia no socialismo. Eu diria que, em grande parte, o mal chamado "socialismo real" fracassou porque não deu uma resposta adequada à questão da democracia. Eu acho que socialismo não é só socialização dos meios de produção - nos países do socialismo real, na verdade, foi estatização - mas é também socialização do poder político. E nós sabemos que o que aconteceu ali foi uma monopolização do poder político, uma burocratização partidária que levou a um ressecamento da democracia. A meu ver, aquilo foi uma transição bloqueada. Eu acho que os países socialistas não realizaram o comunismo, não realizaram sequer o socialismo e temos que repensar também a relação entre socialismo e democracia. Meu texto, "Democracia como valor universal", não é um abandono do socialismo. Era apenas uma maneira de repensar o vinculo entre socialismo e democracia. Era um artigo ao mesmo tempo contra a ditadura que ainda existia e contra uma visão "marxista-leninista", o pseudônimo do stalinismo, que o partido ainda tinha da democracia. Acho que este foi o limite central da renovação do partido.
Marcelo Salles - E nesse "Democracia como valor universal", você disse recentemente que defende uma coisa que não foi muito bem entendida: socialismo como condição da plena realização da democracia ...
Carlos Nelson Coutinho - Uma alteração que eu faria no velho artigo era colocar não democracia como valor universal, mas democratização como valor universal. Para mim a democracia é um processo, ela não se identifica com as formas institucionais que ela assume em determinados contextos históricos. A democratização é o processo de crescente socialização da política com maior participação na política, e, sobretudo, a socialização do poder político. Então, eu acredito que a plena socialização do poder político, ou seja, da democracia, só pode ocorrer no socialismo, porque numa sociedade capitalista sempre há déficit de cidadania. Em uma sociedade de classes, por mais que sejam universalizados os direitos, o exercício deles é limitado pela condição classista das pessoas. Neste sentido, para a plena realização da democracia, o autogoverno da sociedade só pode ser realizado no socialismo. Então, eu diria que sem democracia não há socialismo, e sem socialismo não há democracia. Acho que as duas coisas devem ser sublinhadas com igual ênfase.
Hamilton Octávio de Souza - Nós saímos de um período de 21 anos de ditadura militar, essa chamada democracia que nós vivemos, qual é o limite? O que impende o avanço mesmo que não se construa uma nova sociedade?
Carlos Nelson Coutinho - Eu acho que temos uma tendência, que me parece equivocada, de tratar os 21 anos da ditadura como se não houvesse diferenças de etapas. Eu acho, e quem viveu lembra, que, de 64 ao AI-5, era ditadura, era indiscutível, mas ainda havia uma série de possibilidades de luta. Do AI-5 até o final do governo Geisel, foi um período abertamente ditatorial. No governo Figueiredo, há um processo de abertura, um processo de democratização que vai muito além do projeto de abertura da ditadura. Tem um momento que os intelectuais mais orgânicos da ditadura, como o Golbery, por exemplo, percebem que "ou abre ou pipoca". O projeto de abertura foi então atravessado pelo que eu chamo de processo de abertura da sociedade real. Eu não concordo com o Florestan Fernandes quando ele chama a transição de conservadora. Eu acho que ocorreu ali a interferência de dois processos: um pelo alto, porque é tradicional na história brasileira as transformações serem feitas pelo alto, o que resultou na eleição de Tancredo. Mas também houve a pressão de baixo. A luta pelas "Diretas" foi uma coisa fundamental, também condicionou o que veio depois. Esta contradição se expressa muito claramente na Constituição de 88, que tem partes extremamente avançadas. Todo o capítulo social é extremamente avançado, embora a ordem econômica tenha sido mais ou menos mantida. Mas a Constituição é tanto uma contradição que o que nós vimos foi a ação dos políticos neoliberais, dos governos neoliberais de tentar mudá-la, de extirpar dela aquelas conquistas que nós podemos chamar de democráticas. Eu acho que o Brasil hoje é uma sociedade liberal-democrática no sentido de que tem instituições, voto, partidos e tal. Mas, evidentemente, é uma democracia limitada, sobretudo no sentido substantivo. A desigualdade permanece.
Hamilton Octávio de Souza - Mas hoje o que está mais estrangulado para o avanço na democracia ainda no marco de uma sociedade capitalista?
Carlos Nelson Coutinho - Eu acho que a ditadura reprimiu a esquerda, nos torturou, assassinou muitos de nós, nos obrigou ao exílio, mas não nos desmoralizou. Eu acho que a chegada do Lula ao governo foi muito nociva para a esquerda. Ninguém esperava que o governo Lula fosse empreender por decreto o socialismo, mas pelo menos um reformismo forte, né? Eu acho que a decepção que isso provocou, mais toda a história do mensalão e tal, é um dos fatores que limitam o processo de aprofundamento da democracia no Brasil. Entre outras coisas porque o governo Lula, que é um governo de centro, cooptou os movimentos sociais. Temos a honrosa exceção do MST que não é assim tão exceção porque eles são obrigados ... tem cesta básica nos assentamentos e tal, eles são obrigados também a fazer algumas concessões, mas a CUT ... Qual a diferença da CUT e da Força Sindical? Eu acho que essa transformação da política brasileira em pequena política, que se materializou com o governo Lula, que não é diferente do governo Fernando Henrique, foi o fator que bloqueou o avanço democrático. Até 2002, havia um acúmulo de forças da sociedade brasileira que apontava para o aprofundamento da democratização, e O sujeito deste processo era o PT, o movimento social. Na medida em que isso se frustrou, eu acho que houve um bloqueio no avanço democrático na época. O neoliberalismo enraizou-se muito mais fortemente na Argentina do que no Brasil porque aqui havia uma resistência do PT e dos movimentos sociais. Com a chegada ao governo, essa resistência desapareceu. Então, de certo modo, é mais fácil a classe dominante hoje fazer passar sua política em um governo petista do que em um governo onde o PT era oposição.
Tatiana Merlino - Então a conjuntura seria um pouco menos adversa se estivesse o José Serra no poder e o PT como oposição?
Carlos Nelson Coutinho - Eu não gostaria de dizer isso, mas eu acho que sim. Mas isso coloca uma questão: e se demorasse mais quatro anos para o PT chegar ao governo, ia modificar estruturalmente o que aconteceu com o PT? Até um certo momento, é clara no partido uma concepção socialista da política. A partir de um certo momento, porém, antes de Lula ir ao governo, o PT abandonou posturas mais combativas. Ele fez isso para chegar ao governo. Mas se demorasse mais quatro anos, ou oito anos, não aconteceria o mesmo? Não sei. Não quero ser pessimista também, não era fatal o que aconteceu com o PT.
Renato Pompeu - Você é professor de qual disciplina?
Carlos Nelson Coutinho - De teoria política.
Renato Pompeu - Você é um cientista político ou um filósofo da política?
Carlos Nelson Coutinho - Não, não. Filósofo tudo bem, mas cientista político não. Porque ciência política para mim; aquela coisa que os americanos fazem, ou seja, pesquisa dc opinião, sistema partidário, a ciência política é a teoria da pequena política. Eu sou professor da Escola de Serviço Social.
Hamilton Octávio de Souza - Que projeto que você identifica hoje no panorama brasileiro: a burguesia nacional tem um projeto? As correntes de esquerda têm um projeto? Existe um projeto de nação hoje?
Carlos Nelson Coutinho - Isso é um conceito interessante, porque este é um conceito criado em grande parte pela Internacional Comunista e pelo PCB, de que haveria uma burguesia nacional oposta ao imperialismo. Eu me lembro quando eu entrei no partido, eu era meio esquerdista e vivia perguntando ao secretário-geral do partido na Bahia: Quem são os membros da burguesia nacional? E um dia ele me respondeu: "José Ermírio de Moraes e Fernando Gasparian". Olha, duas pessoas não fazem uma classe. Do ponto de vista nosso, da esquerda, uma das razões da crise do socialismo, das dificuldades que vive o socialismo hoje, é a falta de um projeto. A social-democracia já abandonou o socialismo há muito tempo, e nos partidos de esquerda antagonistas ao capitalismo há uma dificuldade de formulação de um projeto exequível de socialismo. Na maioria dos casos, esses partidos defendem a permanência do Estado do bem-estar social que está sendo desconstruído pelo liberalismo. É uma estratégia defensivista. Essa é outra condição subjetiva que falta, a formulação clara de um projeto socialista. Do ponto de vista das classes dominantes, eu acho que eles têm um projeto que estava claro até o momento da crise do neoliberalismo. Foi o que marcou o governo Collor e o governo Fernando Henrique e o que está marcando também o governo Lula, com variações. Evidentemente, há diferenças, embora a meu ver, não estruturais. Esse é o projeto da burguesia. Com a crise, eu acho que algumas coisas foram alteradas, então, uma certa dose de keynesianismo se tomou inevitável, mas sempre em favor do capital e nunca em favor da classe trabalhadora. Tenho um amigo que diz. "Estado mínimo para os trabalhadores e máximo para o capital". No fundo, é essa a proposta do neoliberalismo: desconstrução de direitos, concessão total de todas as relações sociais ao mercado, subordinação do público ao privado, ao capital internacional. Não há burguesia anti-imperialista no Brasil, definitivamente. Pode haver um burguês que briga com o seu concorrente e o seu concorrente é um estrangeiro, mas nem assim ele vai ser anti-imperialista.
Hamilton Octávio de Souza - Você vê alguma alteração a curto prazo?
Carlos Nelson Coutinho - O que poderia mudar isso seria um fortalecimento dos movimentos sociais, da sociedade civil organizada sob a hegemonia da esquerda. E pressionar para que reformas fossem feitas e se retomasse uma política econômica mais voltada para as classes populares, Tem um mote de Gramsci que eu acho muito válido, que é: "pessimismo da inteligência e otimismo da vontade". A esquerda não pode ser otimista numa análise do que está acontecendo no mundo porque a esquerda tem perdido sucessivas batalhas. Então ser otimista frente a um quadro desses é difícil. Quanto mais nós somos pessimistas, mais otimismo da vontade temos de ter, mais a gente deve ter clareza que só atuando, só dedicando todo o nosso empenho à mudança disso é que essa coisa pode ser mudada. Então, a esperança de mudança seguramente há, há potencialidades escondidas na atual sociedade que permitem ver e pensar a superação do capitalismo. O capital não pode perdurar. A alternativa ao socialismo, como dizia a Rosa Luxemburgo, é a barbárie. Se o capitalismo continuar, teremos cada vez mais uma barbarização da sociedade que nós já estamos assistindo,
Hamilton Octávio de Souza - Por conta do neoliberalismo, tivemos um aumento do desemprego estrutural, a informalidade do trabalho, o desrespeito à legislação trabalhista, estamos numa condição de perdas de conquistas, direitos. Como é que se explica a fraqueza do movimento social diante disso?
Carlos Nelson Coutinho - À certeza que nós temos de que o capitalismo não vai resolver os problemas nem do mundo nem do Brasil nos faz acreditar que, primeiro, a história não acabou, e, portanto, ela está se movendo no sentido de contestar a independência barbarizante do capital. Onde eu vejo focos, no Brasil de hoje, é no MST. Uma coisa que funciona muito bem no MST é a preocupação deles com a formação dos quadros. Eu fui de um partido, o PCB, que tinha curso, mas as pessoas iam para Moscou, faziam a escola do partido. O PT nunca se preocupou com formação de quadros, não; tinham escolas, e o MST tem. Eu acho que o MST tem uma ambiguidade de fundo que é complicada. Ele é um movimento social e, como todo movimento social, ele é particularista, defende o interesse dos trabalhadores que querem terra. Essa não pode ser uma demanda generalizada da sociedade. Eu não quero um pequeno pedaço de terra, nem você. O partido político é quem universaliza as demandas, formula uma proposta de sociedade que engloba as demandas dos camponeses, proletários, das mulheres ... O MST tem uma ambiguidade porque ele é um movimento que frequentemente atua como partido. Eu acho que isso às vezes limita a ação do MST.
Marcelo Salles -
termo "Ditadura do Proletariado" que vez ou outra algum liberal usa...
Carlos Nelson Coutinho - Na época de Marx, ditadura não tinha o sentido de despotismo que passou a ter depois. Ditadura é um instituto do direito romano clássico que estabelecia que, quando havia uma crise social, o Senado nomeava um ditador, que era um sujeito que tinha poderes ilimitados durante um curto período de tempo. Resolvida a crise social, voltava a forma não ditatorial de governo. Então, quando o Marx fala isso, ele insiste muito que é um período transitório: a ditadura vai levar ao comunismo, que para ele é uma sociedade sem Estado. Ele se refere a um regime que tem parlamento, que o parlamento é periodicamente reeleito, e que há a revogabilidade de mandato. Então, essa expressão foi muito utilizada impropriamente tanto por marxistas quanto por antimarxistas. Apesar de que em Lênin eu acho que a ditadura do proletariado assume alguns traços meio preocupantes. Em uma polêmica com o Kautsky, ele diz: ditadura é o regime acima de qualquer lei. Lênin não era Stálin, mas uma afirmação desta abriu caminho para que Stálin exercesse o poder autocrático, fora de qualquer regra do jogo, acima da lei. Tinha lei, tinha uma Constituição que era extremamente democrática, só que não valia nada.
Marcelo Salles - Estão sempre dizendo que não teria liberdade de expressão no socialismo, porque o Estado seria muito forte, e teria o partido único ...
Carlos Nelson Coutinho - Em primeiro lugar, não é necessário que no socialismo haja partido único, e não é desejável, até porque, poucas pessoas sabem, mas no início da revolução bolchevique o primeiro governo era bipartidário. Era o partido bolchevique e o partido social-revolucionário de esquerda. Depois, eles brigaram e ficou um partido só. Mas não é necessário que haja monopartidarismo. Segundo, Rosa Luxemburgo, marxista, comunista, que apoiou a revolução bolchevique, dizia o seguinte: liberdade de pensamento é a liberdade de quem pensa diferente de nós. Então, não há na tradição marxista a ideia de que não haja liberdade de expressão, mas uma coisa é liberdade de expressão e outra coisa é o monopólio da expressão. Liberdade de expressão sim, contanto que não seja uma falsa liberdade de expressão. Eu acho que o socialismo é condição de uma assertiva liberdade de expressão.
Fonte: Caros Amigos de dezembro de 2009

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