terça-feira, 10 de abril de 2012

Escola é o retrato do caos na Cabanagem

Falta tudo


Nem dinheiro repassado pela Seduc é suficiente para melhorar situação

Uma escola pública em que não há piso, carteiras nem mesas para professores e alunos. O apagador é improvisado com papéis usados e que são jogados no chão porque as salas de aula não têm lixeira. Quando faz sol, o calor é tão intenso que muitos alunos vão embora, já que não há ventiladores. Ao chover, a sala de aula fica alagada por conta das goteiras e janelas sem vidro. O banheiro está há anos isolado e serve de depósito para carteiras quebradas. Essa é a realidade enfrentada todos os dias pelos alunos da escola estadual de ensino fundamental e médio Cristo Redentor, que fica na esburacada rua dos Comissários, no bairro da Cabanagem, em Belém.
A escola, que conta com cerca de 1,3 mil alunos, ganhou notoriedade ontem ao ser alvo da reportagem do quadro 'Câmara', do Jornal Hoje, da TV Globo, feita pelo jornalista Fabiano Villela, que frequentou a instituição durante uma semana e apresentou a falta absoluta de infraestrutura da instituição para atender as crianças.
A professora Bianca Moura reclama que a principal dificuldade enfrentada por todos é a péssima condição física do local. 'Os funcionários e alunos são ótimos, temos bons materiais didáticos. O que mais nos prejudica são os problemas da periferia e a precariedade na infraestrutura da escola, porque quando chove alaga, tem goteiras. Quando faz sol o calor é horrível, os ventiladores não funcionam, nenhuma das 30 salas de aula tem forro, faltam cadeiras e a gente não consegue apagar o quadro porque o mesmo objeto é usado nos três turnos e está super desgastado. Às vezes, trazemos material de casa para limpar os quadros e conseguir seguir com a aula. Somos heróis, professores e alunos, porque são tantas dificuldades, e ainda conseguimos vir para a escola', disse.

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