Manifestantes voltam a se reunir para novo protesto no Centro do Rio
- Policiamento foi reforçado com pelo menos 400 policiais militares
- Passeata foi marcada na terça, em plenária no Largo São Francisco
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RIO - Manifestantes reunidos da Candelária para novo protesto no Centro do Rio já ocupam uma faixa de cada sentido da Avenida Presidente Vargas, provocando retenções na via. O grupo começou a se reunir pouco antes das 16h. O ato deve seguir da Candelária rumo à Fetranspor, na Rua da Assembleia. O policiamento foi reforçado na região com pelo menos 400 policiais militares. Somente em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), na Rua Primeiro de Março, há cerca de 200 PMs. Pelo menos outros dois grupos se juntaram aos manifestantes que estão na Candelária: um deles saiu da Avenida Presidente Antônio Carlos, passando pela Rua Primeiro de Março, e o outro, com cerca de 300 pessoas, saiu do Largo de São Francisco, onde fica o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ. Motoristas devem evitar o Centro, especialmente as avenidas Rio Branco e Presidente Vargas. O Elevado da Perimetral e os túneis Rebouças e Santa Bárbara são as melhores opções para fugir de possíveis interdições.
Entre os manifestantes que se concentram na Praça da Candelária está a peruana Sandra Donomimi,de 32 anos. Com muito bom humor, ela distribui bolo a quem responde à pergunta "Você tem fome de quê?". As respostas, escritas em fita adesiva, são coladas no corpo da manifestante.
- É uma forma de interagir com as pessoas e fazer um protesto criativo. A comida é um pretexto para a troca de ideias - diz a peruana, que vive há dois anos no Rio.
Quem também participa do ato é o cabo do Corpo de Bombeiros Benevenuto Daciolo, que chegou a ser preso no ano passado durante uma campanha para o aumento dos salários da corporação e da Polícia Militar. Ele pede aos manifestantes que tenham paciência com os policiais militares.
Na calçada da Igreja da Candelária, policiais pedem aos manifestantes que se afastem de possíveis vândalos. Eles distribuem panfletos onde se lê: "Ajude-nos a proteger você. Afaste-se dos que insistem em vandalizar uma manifestação pacífica".
Na Alerj, PMs de cinco batalhões estão armados com pistolas e armas não letais. O objetivo do reforço na segurança é prevenir novos ataques de vândalos ao prédio. À frente dos policiais, está a tropa de choque do 15º BPM (Duque de Caxias), com escudos, capacetes e cacetetes. Perto dali, na Avenida Presidente Antônio Carlos, um grupo de manifestantes seguiu da Avenida Almirante Barroso para a Candelária, passando pela Rua Primeiro de Março.
Por causa do protesto, a presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargadora Leila Mariano, pediu que todos os juízes deixassem o prédio do TJ, que fica na Avenida Presidente Antônio Carlos.
Do outro lado da rua, no número 10 da Rua da Assembleia, outro grupo de aproximadamente 200 PMs reforça a segurança. No local funciona a sede da Fetranspor, para onde os manifestantes concentrados na Candelária prometem se dirigir.
O grupo que estava concentrado no Largo de São Francisco se dirigiu à Candelária por volta das 17h. Eles carregavam cartazes com frases contra a violência policial, a corrupção, a falta de verba nas universidades e pela melhor qualidade de ensino na universidade pública. Um grupo de moradores do Complexo da Maré levou cartazes pretos com nomes das vítimas da operação que deixou nove mortos na terça-feira.
Organizado pelo Fórum de Lutas Contra o Aumento da Passagem, o ato desta quinta-feira foi marcado após uma plenária que reuniu cerca de mil pessoas no Largo São Francisco, no Centro, no início da semana. Na ocasião foram definidas as datas e itinerários dos próximos protestos no Rio. Na página do evento no Facebook, mais de 9 mil pessoas haviam confirmado presença no protesto desta quinta.
A plenária foi realizada na noite da terça-feira em frente ao Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Membros do Fórum de Lutas Contra o Aumento da Passagem organizaram o encontro, com o objetivo de definir os próximos passos de atuação do grupo. Além de estudantes e participantes apartidários, estiverem presentes membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), militantes do MST, e de partidos como PT e PSTU.
Tumulto em Nova Iguaçu
Moradores do bairro Prados Verdes, em Nova Iguaçu, estão realizando uma manifestação e bloqueando, parcialmente, as pistas da Rodovia BR-465 (antiga Rio-São Paulo). Segundo um dos manifestantes, Rodrigo Alves, de 36 anos, os moradores estão reivindicando melhor saneamento básico na região.
- Nossa maior indignação é com o atual prefeito, Nelson Bornier. Ele já esteve no poder e não fez nada pelo nosso bairro. Nossa manifestação é contra o descaso da prefeitura com o nosso bairro. O que mais tem aqui é rua com buraco, com esgoto, vazamento de canos e muita lama - ressalta o morador.
A manifestação está marcada para às 16h, porém cerca de 300 moradores estão fechando parcialmente uma das vias desde das 11h. De acordo com Rodrigo, mais moradores irão comparecer ao local. A Polícia Rodoviária Federal já está atuando na área. Alguns agentes estão no local acompanhando o protesto. Segundo o policial Nunes, que está no local, o trânsito está fluindo parcialmente.
Na quarta-feira, cerca de 500 manifestantes ocuparam duas faixas da Avenida Rio Branco, numa passeata pacífica que seguiu até a Cinelândia. O trânsito ficou intenso na região. O grupo, que carregava bandeiras do movimento gay, estava reunido no Largo da Carioca desde a tarde.
A manifestação da quarta-feira foi contra o Estatuto do Nascituro — cujo ponto mais polêmico ficou conhecido como “bolsa estupro” — e o projeto de “cura gay”, defendido pelo pastor e deputado Marcos Feliciano (PSC-SP). Feliciano e o governo Dilma foram alvo de críticas ao longo do ato.
Acampados no Leblon são recebidos por Cabral
Nesta quinta-feira, representantes do movimento "Ocupa a Delfim", que desde a semana passada acampa próximo à casa do governador, se reuniram, a portas fechadas, com Sérgio Cabral. Depois de mais de duas horas de conversa, o grupo deixou a reunião afirmando que não faria qualquer declaração, mas que, a partir de agora, seria a ponte entre o governo do estado e as pessoas que quiserem se manifestar. Segundo um dos líderes do movimento, que se identificou como Eduardo Oliveira, quem quiser pode mandar suas manifestações para a funpage “Nós somos o Brasil” ou no site: nossomosobrasil.com. No entanto, o site ainda não está pronto.
O encontro aconteceu no Palácio Guanabara. Participaram da reunião os secretários de Saúde, Sérgio Côrtes; da Educação, Wilson Risolia; e de Governo, Wilson Carlos; além do subsecretário de gestão de Ensino, Antonio Neto. A reunião ocorreu seis dias depois que cerca de 20 manifestantes ocuparam com barracas um trecho da Rua Aristides Espínola, na esquina com a Praia do Leblon.
Entre os manifestantes que se concentram na Praça da Candelária está a peruana Sandra Donomimi,de 32 anos. Com muito bom humor, ela distribui bolo a quem responde à pergunta "Você tem fome de quê?". As respostas, escritas em fita adesiva, são coladas no corpo da manifestante.
- É uma forma de interagir com as pessoas e fazer um protesto criativo. A comida é um pretexto para a troca de ideias - diz a peruana, que vive há dois anos no Rio.
Quem também participa do ato é o cabo do Corpo de Bombeiros Benevenuto Daciolo, que chegou a ser preso no ano passado durante uma campanha para o aumento dos salários da corporação e da Polícia Militar. Ele pede aos manifestantes que tenham paciência com os policiais militares.
Na calçada da Igreja da Candelária, policiais pedem aos manifestantes que se afastem de possíveis vândalos. Eles distribuem panfletos onde se lê: "Ajude-nos a proteger você. Afaste-se dos que insistem em vandalizar uma manifestação pacífica".
Na Alerj, PMs de cinco batalhões estão armados com pistolas e armas não letais. O objetivo do reforço na segurança é prevenir novos ataques de vândalos ao prédio. À frente dos policiais, está a tropa de choque do 15º BPM (Duque de Caxias), com escudos, capacetes e cacetetes. Perto dali, na Avenida Presidente Antônio Carlos, um grupo de manifestantes seguiu da Avenida Almirante Barroso para a Candelária, passando pela Rua Primeiro de Março.
Por causa do protesto, a presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargadora Leila Mariano, pediu que todos os juízes deixassem o prédio do TJ, que fica na Avenida Presidente Antônio Carlos.
Do outro lado da rua, no número 10 da Rua da Assembleia, outro grupo de aproximadamente 200 PMs reforça a segurança. No local funciona a sede da Fetranspor, para onde os manifestantes concentrados na Candelária prometem se dirigir.
O grupo que estava concentrado no Largo de São Francisco se dirigiu à Candelária por volta das 17h. Eles carregavam cartazes com frases contra a violência policial, a corrupção, a falta de verba nas universidades e pela melhor qualidade de ensino na universidade pública. Um grupo de moradores do Complexo da Maré levou cartazes pretos com nomes das vítimas da operação que deixou nove mortos na terça-feira.
Organizado pelo Fórum de Lutas Contra o Aumento da Passagem, o ato desta quinta-feira foi marcado após uma plenária que reuniu cerca de mil pessoas no Largo São Francisco, no Centro, no início da semana. Na ocasião foram definidas as datas e itinerários dos próximos protestos no Rio. Na página do evento no Facebook, mais de 9 mil pessoas haviam confirmado presença no protesto desta quinta.
A plenária foi realizada na noite da terça-feira em frente ao Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Membros do Fórum de Lutas Contra o Aumento da Passagem organizaram o encontro, com o objetivo de definir os próximos passos de atuação do grupo. Além de estudantes e participantes apartidários, estiverem presentes membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), militantes do MST, e de partidos como PT e PSTU.
Tumulto em Nova Iguaçu
Moradores do bairro Prados Verdes, em Nova Iguaçu, estão realizando uma manifestação e bloqueando, parcialmente, as pistas da Rodovia BR-465 (antiga Rio-São Paulo). Segundo um dos manifestantes, Rodrigo Alves, de 36 anos, os moradores estão reivindicando melhor saneamento básico na região.
- Nossa maior indignação é com o atual prefeito, Nelson Bornier. Ele já esteve no poder e não fez nada pelo nosso bairro. Nossa manifestação é contra o descaso da prefeitura com o nosso bairro. O que mais tem aqui é rua com buraco, com esgoto, vazamento de canos e muita lama - ressalta o morador.
A manifestação está marcada para às 16h, porém cerca de 300 moradores estão fechando parcialmente uma das vias desde das 11h. De acordo com Rodrigo, mais moradores irão comparecer ao local. A Polícia Rodoviária Federal já está atuando na área. Alguns agentes estão no local acompanhando o protesto. Segundo o policial Nunes, que está no local, o trânsito está fluindo parcialmente.
Na quarta-feira, cerca de 500 manifestantes ocuparam duas faixas da Avenida Rio Branco, numa passeata pacífica que seguiu até a Cinelândia. O trânsito ficou intenso na região. O grupo, que carregava bandeiras do movimento gay, estava reunido no Largo da Carioca desde a tarde.
A manifestação da quarta-feira foi contra o Estatuto do Nascituro — cujo ponto mais polêmico ficou conhecido como “bolsa estupro” — e o projeto de “cura gay”, defendido pelo pastor e deputado Marcos Feliciano (PSC-SP). Feliciano e o governo Dilma foram alvo de críticas ao longo do ato.
Acampados no Leblon são recebidos por Cabral
Nesta quinta-feira, representantes do movimento "Ocupa a Delfim", que desde a semana passada acampa próximo à casa do governador, se reuniram, a portas fechadas, com Sérgio Cabral. Depois de mais de duas horas de conversa, o grupo deixou a reunião afirmando que não faria qualquer declaração, mas que, a partir de agora, seria a ponte entre o governo do estado e as pessoas que quiserem se manifestar. Segundo um dos líderes do movimento, que se identificou como Eduardo Oliveira, quem quiser pode mandar suas manifestações para a funpage “Nós somos o Brasil” ou no site: nossomosobrasil.com. No entanto, o site ainda não está pronto.
O encontro aconteceu no Palácio Guanabara. Participaram da reunião os secretários de Saúde, Sérgio Côrtes; da Educação, Wilson Risolia; e de Governo, Wilson Carlos; além do subsecretário de gestão de Ensino, Antonio Neto. A reunião ocorreu seis dias depois que cerca de 20 manifestantes ocuparam com barracas um trecho da Rua Aristides Espínola, na esquina com a Praia do Leblon.
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