LIDERANÇAS
INEXPRESSIVAS
Célio
Junger Vidaurre
Não
há no Brasil de hoje um líder autêntico em que se possa confiar para entregar
os destinos da Nação. Se repararem bem, nos partidos políticos existentes, não
se vê um nome de proa para concorrer com a Presidente Dilma no próximo pleito
de 2014, mesmo com essa caída nas pesquisas. No próprio PT com a derrocada de
seus baluartes maiores, José Dirceu, Antonio Palocci e José Genoino, nada
sobrou para ser aproveitado nacionalmente. Todavia, nos Estados, ainda há gente
com boas perspectivas, futuras, como o deputado federal Alessandro Molon, o
senador Lindbergh Farias e o prefeito de Niterói Rodrigo Neves.
No
PSDB de José Serra e FHC, o mineiro Aécio Neves apresenta-se como o principal
concorrente de Dilma, mas, ainda não conseguiu dar a largada que é necessária
para o entusiasmo geral da turma da oposição que está acreditando que a Chefe
da Nação com esse ministério de figuras inexpressivas, onde poucos se salvam,
não conseguirá se manter no topo das pesquisas. Do lado dos tucanos há o
governador paulista, Geraldo Alkmim, que se tornou um nome de respeito no
cenário brasileiro, por transmitir credibilidade, mas, precisa dar mais suporte
a Aécio.
Desse
governador de Pernambuco, Eduardo Campos,
pouco se pode esperar até agora, mostrou-se mais interessado em resolver os
problemas de sua família, todo mundo em lugares do alto escalão administrativo
da República. Se for só isso que o PSB apresenta, não chegará a lugar algum.
Até porque, querem ter a candidatura própria, mas, não largam os cargos que têm
no governo petista em face da coligação que mantêm por longos anos.
E
o que esperar de Marina Silva? Ficou do pleito passado até aqui sem nada
acrescentar e articular politicamente e, nem sabe, até hoje, por qual partido
irá concorrer. Já foi longe demais como Senadora da República e Ministra de
Estado. Seu futuro político está parecido com o da ex-senadora Heloisa Helena,
voltar a ser vereadora na sua terra natal, de onde jamais deveria ter saído.
Para governar um País desse porte, há necessidade de estrutura pessoal,
política e muita saúde.
O
PMDB dessas raposas que querem apenas solucionar os seus interesses político-partidários,
nem sequer anuncia se terá nome na disputa. Aliás, isso nem interessa, querem é
ficar com a parte do bolo que seu vice, Michel Temer, reparte no Planalto
Central. Não prepararam substitutos para um Ulisses Guimarães, um Tancredo
Neves, um Teotônio Vilella ou um Amaral Peixoto. Terão que se contentar com um
Eduardo Cunha da vida articulando à sua maneira, pois, nem o governador do Rio
de Janeiro, Sérgio Cabral, consegue trazer segurança e esperança ao eleitorado
depois daquele episódio dos guardanapos de Paris. O partido na esfera nacional
virou sigla de aluguel, igualzinho aos partidos nanicos.
A
grande verdade é o que sempre tem sido publicado desde a ditadura de 1964, que
durou longos 20 anos. Os jovens líderes estudantis da época e os que apareceram
após, foram totalmente amedrontados e expurgados do meio político brasileiro e,
assim, a partir daí, ficamos sem a possibilidade de construção de nomes que
futuramente seriam os nossos líderes para gerir o Brasil. E o resultado final
vem acontecendo no dia a dia do Congresso Nacional, pois, entre os
parlamentares mais expressivos, há os de línguas presas, os palhaços de circo e
os de outros picadeiros. Como votar em 2014?
A
paciência não pode ter limites!
Célio Junger Vidaurre é advogado e
cronista político e-mail: celiovidaurre@yahoo.com.br
0 comentários:
Postar um comentário