terça-feira, 18 de junho de 2013

CARRO DA REDE RECORD É INCENDIADO POR MANIFESTANTES

Manifestantes tentam invadir e apedrejam prefeitura de SP

  • Guardas municipais reagem com spray de pimenta; um veículo da Rede Record e uma base policial foram incendiados
  • Grupo contrário à depredação tentou conter a ação dos mais violentos
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O Globo (Email · Twitter)
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Manifestantes destroem os vidros da prefeitura de São Paulo durante protesto
Foto: Michel Filho / O Globo
Manifestantes destroem os vidros da prefeitura de São Paulo durante protesto Michel Filho / O Globo
SÃO PAULO - Um grupo de manifestantes que protesta contra o reajuste da tarifa do transporte público em São Paulo nesta terça-feira tentou invadir a sede da prefeitura da capital. Houve confronto e guardas municipais reagiram com spray pimenta. Um veículo da Rede Record e uma base da Polícia Militar que ficam em frente à prefeitura foram incendiados. Uma agência bancária depredada. Os atos estão sendo praticados por manifestantes com o rosto coberto e punks.
A confusão começou no início da noite quando alguns manifestantes conseguiram romper o cordão de isolamento do prédio. A fachada foi apedrejada e pichada. Grades que cercavam o local foram atiradas contra a prefeitura e vidraças e holofotes, destruídos.
Os próprios manifestantes tentaram conter a ação do grupo mais violento. Alguns recolocaram as grades de proteção em frente à prefeitura, mas o clima é tenso. Os guardas municipais se recolheram.
Entre os próprios manifestantes houve briga. Um rojão explodiu e um mendigo que estava no meio do grupo desmaiou e foi socorrido por estudantes. Algumas pessoas tentam expulsar do protesto o rapaz que estava com a bomba.
O prefeito Fernando Haddad (PT) não está na prefeitura. Funcionários estão presos dentro do prédio. Alguns olham pela janela. Logo na chegada do grupo à sede do governo municipal, um boneco de pano com o símbolo do PT foi queimado pelos manifestantes no início da noite.
Há, pelo menos, três grupos de manifestantes pela cidade. Um deles caminha pela Avenida Paulista, que está totalmente interditada, e outro está na Avenida Consolação.
No fim da tarde, cerca de 15 mil pessoas se reuniram em frente à Catedral da Sé, no centro da capital paulista, para o sexto protesto contra o reajuste da tarifa do transporte público em São Paulo. O grupo que depredou a prefeitura foi o primeira a deixar a Praça da Sé, sem autorização das lideranças do movimento. Antes de chegar à sede do governo municipal, o grupo parou em frente à Secretaria de Segurança Pública e gritou diversas vezes “sem violência”.
Os manifestantes começaram a chegar à catedral por volta das 16h. Durante a espera cantaram palavras de ordem e empunharam bandeiras e faixas com reivindicações diversas. “SOS Saúde”, “Todos contra a corrupção” e “Filhos da Revolução” são alguns dos dizerem dos cartazes trazidos pelos manifestantes. O local escolhido para a manifestação desta tarde é simbólico na capital nas lutas sociais. Foi na Praça da Sé, onde em 1984 cerca de 1 milhão de pessoas se reuniram pata pedir as Diretas Já.
Pela manhã, integrantes do MPL, da Associação Nacional de Estudantes Livres, do Movimento Juntos e da Central Sindical Conlutas afirmaram que os protestos vão continuar até que o aumento da tarifa, de R$ 3 para R$ 3,20, seja revogado.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/manifestantes-tentam-invadir-apedrejam-prefeitura-de-sp-8732330#ixzz2WcBS1Qhj
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