domingo, 24 de fevereiro de 2013

LIXÕES NA AMAZÔNIA

Belém sofre com lixões a céu aberto
MEIO AMBIENTE
Hábitos simples, como não jogar lixo na rua, evitariam degradação da cidade

Pode parecer contraditório. Belém é uma das principais cidades da Amazônia brasileira, que é conhecida por ser a região com maior biodiversidade do planeta, no entanto, a cidade ainda sofre com a falta de consciência ambiental de boa parte dos quase dois milhões de habitantes.
Atitudes simples como não jogar lixo nas ruas, não despejar entulhos na beira de canais, colocar os sacos de lixo fora do alcance de animais, não são respeitadas. O resultado se verifica nas ruas da cidade, em feiras, no centro comercial, nas próximidades de canais e em muitos lugares, onde os lixões se propagam exponencialmente.
Com uma vassoura na mão, Reginaldo Favacho da Silva, de 42 anos, varre a frente de sua residência e recolhe o lixo, na avenida Independência, esquina com a passagem Salvador, do lado oposto ao canal São Joaquim. Ele se revolta com os maus hábitos da população e com o descaso do poder público. Próximo ao seu pequeno comércio, há duas montanhas de entulho e lixo, amontoadas há cerca de uma semana, mesmo com a presença de equipes da Secretaria de Saneamento de Belém (Sesan) realizando a limpeza do canal. "A população deixa muito a desejar. Eu mesmo fiz duas faixas para avisar o dia de coleta de lixo, coloquei aqui na entrada da passagem. Mas não adiantou. O caminhão de lixo acabou de passar, as pessoas não têm responsabilidade e jogam os sacos no canal", reclama.
Como solução o comerciante propõe uma multa pesada para quem desrespeitar as leis, principalmente para empresas. "Há os carroceiros que jogam entulho, mas muitas vezes eles não tem instrução. Estão ganhando a vida. Eu já vi caminhões virem jogar entulho de construção civil e restos de alimentos de supermercados. Esse era o pessoal que deveria ser multado. Eles ganham dinheiro para jogar no lugar certo, e para economizar combustível deixam tudo aqui", propõe. Reginaldo explica que as consequências da falta de educação são a proliferação de ratos, baratas e doenças.

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