Em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira, os rodoviários do Rio
decidiram manter a greve por tempo indeterminado. Segundo o presidente da Nova
Central Sindical dos Trabalhadores, Sebastião José da Silva, as revindicações da
categoria não foram atendidas pelos empresários.
A janela de um dos ônibus depredados da empresa Pégaso Foto: Bruno Gonzalez / O Globo
Em nota, a Rio Ônibus informou que, às 11h desta sexta-feira deu entrada na
Justiça para questionar a legalidade da greve dos rodoviários. Ainda de acordo
com o sindicato das empresas, até as 10h os consórcios conseguiram fazer
circular 1.838 ônibus - 20% da frota de 9.147 ônibus do município. Piqueteiros
depredaram 170 ônibus, causando avarias em para-brisas, retrovisores e janelas,
e ferimentos em nove motoristas.
Os cacos de vidro no ônibus da Pégaso Foto: Bruno
Gonzalez / Extra
Segundo a Rio Ônibus, o BRT Transoeste iniciou sua operação às 5h30m com sete
ônibus articulados no serviço expresso. Por volta das 9h, a operação já contava
com 25 ônibus articulados no eixo Alvorada x Santa Cruz, o principal, com
prioridade no atendimento dos trechos Pingo D’água x Alvorada e Pingo D’água x
Recreio, de maior demanda de passageiros.
Outra janela quebrada Foto: Bruno Gonzalez /
Extra Escolas ficaram sem aulas
Setenta e seis escolas municipais do Rio não tiveram aula na manhã desta
sexta-feira. A informação é da assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de
Educação. Por causa da greve dos rodoviários, os alunos não conseguiram chegar
às unidades. Além disso, houve queda de frequência em seis escolas.
Já na rede estadual, apenas duas escolas tiveram frequência baixa por causa
da greve.
Unidades do Detran também teve problemas no atendimento, principalmente nas
unidades da Zona Oeste. O órgão orientou seus clientes que foram prejudicados a
retornem às unidades correspondentes - postos de vistoria, de habilitação e de
identidade - na próxima sexta-feira, dia 8, sem a necessidade de reagendar. Para
que não haja problemas na data, o agendamento para ela será reduzido.
A greve atingiu também o comércio. O movimento na Saara, centro tradicional
de compras populares da cidade, está bem menor que o habitual nesta manhã. De
acordo com o presidente da associação, Ênio Bittencourt, em um dia comum de
vendas, passam pelas ruas da Saara pelo menos 70 mil pessoas. Hoje, devido à
paralisação, o público caiu quase pela metade.
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