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quarta-feira, 27 de março de 2013

FELICIANO REAGE CONTRA BADERNEIRO


Homem é preso ao tentar invadir o gabinete do pastor e deputado Marco Feliciano


PorTayguara Ribeiro | Correspondente do The Christian Post


Um homem foi detido, nesta quarta-feira (27) ao tentar invadir o gabinete do pastor e deputado Marco Feliciano (PSC). A Polícia Legislativa levou Allysson Rodrigues Prata para a coordenação de Polícia Judiciária, onde ele prestou depoimento.

  • marco feliciano
    (Foto: Twitter/Assessoria-Marco Feliciano)
    Deputado Pastor Marco Feliciano é o novo Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Quinta-feira, 07 de março de 2013.
Também nesta quarta-feira, o deputado pediu a prisão de um outro manifestante. Durante a realização do encontro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, presidida por Feliciano, o antropólogo Marcelo Régis chamou o parlamentar de racista e foi retirado do plenário.
Para justificar a sua decisão ordenar a prisão do manifestante, Feliciano afirmou que um parlamentar precisa ser respeitado. O pastor é alvo de muitos protestos para deixe a presidência da Comissão de Direitos Humanos. Parlamentares também pressionam para que ele deixe o cargo, mas Feliciano já reforçou diversas vezes que não renunciará.
"Não renuncio de jeito nenhum. O que os líderes podem fazer com a minha vida? Eu fui eleito pelo voto popular e pelo voto do colegiado", disse o deputado em referência a pressão dos líderes de outros partidos que querem sua saída.
Marco Feliciano é acusado de ser racista e homofóbico por conta de algumas frases que falou. O deputado nega que seja preconceituoso e afirma que foi mal interpretado. O partido dele também já demonstrou apoio a permanência de Feliciano.
"O PSC não abre mão da indicação feita pelo partido. Avaliza e repito: não abre mão da indicação feita. O deputado Marco Feliciano foi eleito por maioria dos membros da comissão. Se ele estivesse condenado pelo Supremo, nem indicado seria. Feliciano é um deputado 'ficha limpa', tendo então todas as prerrogativas de estar na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias", diz a nota emitida pelo partido.

terça-feira, 26 de março de 2013

FELICIANO FICA

26/03/2013 - 15h53

Cúpula do PSC decide manter Feliciano na presidência de comissão


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TAI NALON
DE BRASÍLIA

Atualizado às 17h33.

Após sofrer pressão do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a cúpula do PSC se rebelou e decidiu nesta terça-feira (26) manter o pastor Marco Feliciano (SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

"O deputado Feliciano já se desculpou por colocações mal feitas. Qualquer um pode deslizar nas palavras, pode errar. Informamos aos senhores e senhoras que o PSC não abre mão da indicação feita pelo partido", disse o vice-presidente da legenda, pastor Everaldo Pereira, ao ler pronunciamento oficial.

Líder do PSC diz que caso de Feliciano não será decidido na 'pressão'
No Rio, artistas protestam contra permanência de Feliciano em comissão
Anistia Internacional diz que escolha de Feliciano é 'inaceitável'
Feliciano diz que só deixaria comissão da Câmara se morresse

O PSC prometera na semana passada dar uma solução ao impasse no colegiado. Eleito no início do mês para o cargo, Feliciano ainda não conseguiu presidir as sessões do colegiado sem protestos. O prazo dado por Alves vencia hoje, mas, segundo a Folha apurou, o PSC não havia encontrado solução.

Após a manifestação do PSC, Alves convocou para a noite desta terça-feira uma reunião para "discutir democraticamente" a situação do partido à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.



A cúpula do partido, reticente em retirá-lo da presidência, ainda não havia encontrado quem o substituísse. Resolveu mantê-lo sob o pretexto de enfrentar uma ala do PT e de demais partidos da esquerda que questionam sua permanência.

Segundo Everaldo, a sigla quer manter Feliciano na presidência da comissão como uma espécie de moeda de troca pelo apoio eleitoral ao PT nas campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.

"Veio 2010 e o PSC apoiou a candidatura de Dilma Rousseff a presidente. Apoiamos pois ela representava a continuidade das políticas em favor dos pobres, iniciadas pelo presidente Lula. Mesmo diante das declarações de que ela não sabia se acreditava em Deus e que não era contra o aborto, o PSC apoiou a presidente Dilma, sem discriminá-la por pensar diferente de nós", disse.

Everaldo também citou o presidente da Casa, que, na semana passada, havia pedido uma solução "respeitosa" para a crise. "Quero pedir, respeitosamente, que as lideranças dos partidos desta Casa respeitem a indicação do PSC e peçam a seus militantes que protestem de maneira respeitosa."

Mais cedo, ao ser questionado pelo líder do PSOL, Ivan Valente (SP), o líder do PSC, André Moura (PSC-SE), disse que não tomaria qualquer decisão sobre o futuro de Feliciano sob pressão.

"Disse a ele [Alves] não queira fazer disso um cavalo de batalha. Na base da pressão podemos não resolver isso hoje", afirmou Moura.

Questionado se estava realmente disposto a enfrentar mais um embate dentro da Câmara, Feliciano não respondeu. Compareceu à reunião do partido e saiu sem falar.

ULTIMATO

Na semana passada, Alves deu um ultimato ao partido para que convencesse Feliciano a renunciar ao comando da comissão.

"Do jeito que está, a situação da Comissão de Direitos Humanos e Minorias se tornou insustentável, disse Alves na última quinta-feira (21).

Apesar de ter manifestado a colegas insatisfação com a permanência do pastor, o presidente da Câmara tem afirmado que não há margem regimental, como uma intervenção direta, para tirá-lo da presidência. Por isso, apelou à cúpula do partido.

Em entrevista ao programa 'Pânico', da Band, gravada na semana passada, mas levada ao ar apenas no domingo, Feliciano disse que só deixaria o cargo morto.

"Estou aqui por um propósito, fui eleito por um colegiado. É um acordo partidário, acordo partidário não se quebra. Só se eu morrer", disse o pastor.

Desde que assumiu o posto, no começo do mês, Marco Feliciano tem sido pressionado para deixar o cargo.

PRESSÃO

A pressão pela sua saída cresceu após a divulgação de um vídeo, na segunda-feira (18), com críticas aos seus opositores.

O material, publicado pela produtora de um assessor do deputado, e divulgado por Feliciano no Twitter, chama de "rituais macabros" os atos contra sua indicação e questiona a conduta de seus opositores.

As duas únicas sessões da Comissão de Direitos Humanos realizadas sob o comando de Feliciano foram marcadas por manifestações contra sua permanência.

O pastor é acusado de ter opiniões consideradas homofóbicas e racistas. Feliciano nega as acusações e diz que apenas defende posições comuns aos evangélicos, como ser contra a união civil homossexual.

CRONOLOGIA

Entenda a polêmica sobre a presidência da Comissão de Direitos Humanos na Câmara

27.fev
Partidos dividem cargos nas comissões temáticas da Câmara. Após acordo, o PT abre mão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias e o PSC fica com o direito de indicar o presidente.

4.mar
Cotado para a vaga, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) é alvo de protestos em redes sociais por ter opiniões consideradas homofóbicas e racistas por ativistas dos direitos humanos. O pastor reage e abre um abaixo-assinado em seu site para reunir apoio por sua indicação à comissão.

6.mar
Indicado pelo seu partido para a vaga, a reunião que o elegeria presidente da Comissão de Direitos Humanos é suspensa após manifestações e adiada em um dia.

7.mar
Em reunião fechada, sem os manifestantes, Feliciano é eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos com 11 votos dos 18 possíveis. Após bate-boca, representantes do PT, do PSOL e do PSB deixaram a reunião antes mesmo de a votação ser convocada.

9.mar
Manifestantes contrários à eleição do pastor para a presidência da comissão vão às ruas pedir a sua destituição do cargo. Só em São Paulo, ao menos 600 pessoas participaram do ato, de acordo com a Polícia Militar.

11.mar
O deputado é alvo de novo protesto, desta vez em Ribeirão Preto, cidade que abriga uma das principais filiais de sua igreja evangélica, a "Catedral do Avivamento". Manifestantes foram para a frente do templo pedir sua saída da comissão

13.mar
Folha revela que o deputado emprega no gabinete cinco pastores de sua igreja evangélica que recebem salários da Câmara sem cumprir expediente em Brasília nem em seu escritório político em Orlândia (cidade natal dele, no interior de São Paulo, a 365 km da capital).

13.mar
Na primeira sessão da Comissão de Direitos Humanos, Feliciano enfrenta protestos, bate-bocas e questionamentos. Em quase duas horas de sessão, marcada pela intervenção constante de movimentos sociais, o pastor pediu "humildes desculpas" e um "voto de confiança".

16.mar
Pelo segundo fim de semana seguido, manifestações pelo país pela saída do pastor da presidência da comissão tomas as ruas. Em São Paulo, a passeata começou na avenida Paulista e terminou na praça Roosevelt (centro)

18.mar
Com o acirramento das críticas, Feliciano divulga em sua conta na rede social Twitter um vídeo que chama de "rituais macabros" os atos contra a sua indicação para o cargo

20.mar
Na segunda reunião da comissão sob o comando de Feliciano, a sessão é suspensa após novos protestos de movimentos sociais

21.mar
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pressiona para que Feliciano renuncie à presidência da Comissão e dá prazo até terça-feira (26) para uma solução

FELICIANO FICA

26/03/2013 - 15h53

Cúpula do PSC decide manter Feliciano na presidência de comissão


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TAI NALON
DE BRASÍLIA

Atualizado às 17h33.

Após sofrer pressão do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a cúpula do PSC se rebelou e decidiu nesta terça-feira (26) manter o pastor Marco Feliciano (SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

"O deputado Feliciano já se desculpou por colocações mal feitas. Qualquer um pode deslizar nas palavras, pode errar. Informamos aos senhores e senhoras que o PSC não abre mão da indicação feita pelo partido", disse o vice-presidente da legenda, pastor Everaldo Pereira, ao ler pronunciamento oficial.

Líder do PSC diz que caso de Feliciano não será decidido na 'pressão'
No Rio, artistas protestam contra permanência de Feliciano em comissão
Anistia Internacional diz que escolha de Feliciano é 'inaceitável'
Feliciano diz que só deixaria comissão da Câmara se morresse

O PSC prometera na semana passada dar uma solução ao impasse no colegiado. Eleito no início do mês para o cargo, Feliciano ainda não conseguiu presidir as sessões do colegiado sem protestos. O prazo dado por Alves vencia hoje, mas, segundo a Folha apurou, o PSC não havia encontrado solução.

Após a manifestação do PSC, Alves convocou para a noite desta terça-feira uma reunião para "discutir democraticamente" a situação do partido à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.



A cúpula do partido, reticente em retirá-lo da presidência, ainda não havia encontrado quem o substituísse. Resolveu mantê-lo sob o pretexto de enfrentar uma ala do PT e de demais partidos da esquerda que questionam sua permanência.

Segundo Everaldo, a sigla quer manter Feliciano na presidência da comissão como uma espécie de moeda de troca pelo apoio eleitoral ao PT nas campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.

"Veio 2010 e o PSC apoiou a candidatura de Dilma Rousseff a presidente. Apoiamos pois ela representava a continuidade das políticas em favor dos pobres, iniciadas pelo presidente Lula. Mesmo diante das declarações de que ela não sabia se acreditava em Deus e que não era contra o aborto, o PSC apoiou a presidente Dilma, sem discriminá-la por pensar diferente de nós", disse.

Everaldo também citou o presidente da Casa, que, na semana passada, havia pedido uma solução "respeitosa" para a crise. "Quero pedir, respeitosamente, que as lideranças dos partidos desta Casa respeitem a indicação do PSC e peçam a seus militantes que protestem de maneira respeitosa."

Mais cedo, ao ser questionado pelo líder do PSOL, Ivan Valente (SP), o líder do PSC, André Moura (PSC-SE), disse que não tomaria qualquer decisão sobre o futuro de Feliciano sob pressão.

"Disse a ele [Alves] não queira fazer disso um cavalo de batalha. Na base da pressão podemos não resolver isso hoje", afirmou Moura.

Questionado se estava realmente disposto a enfrentar mais um embate dentro da Câmara, Feliciano não respondeu. Compareceu à reunião do partido e saiu sem falar.

ULTIMATO

Na semana passada, Alves deu um ultimato ao partido para que convencesse Feliciano a renunciar ao comando da comissão.

"Do jeito que está, a situação da Comissão de Direitos Humanos e Minorias se tornou insustentável, disse Alves na última quinta-feira (21).

Apesar de ter manifestado a colegas insatisfação com a permanência do pastor, o presidente da Câmara tem afirmado que não há margem regimental, como uma intervenção direta, para tirá-lo da presidência. Por isso, apelou à cúpula do partido.

Em entrevista ao programa 'Pânico', da Band, gravada na semana passada, mas levada ao ar apenas no domingo, Feliciano disse que só deixaria o cargo morto.

"Estou aqui por um propósito, fui eleito por um colegiado. É um acordo partidário, acordo partidário não se quebra. Só se eu morrer", disse o pastor.

Desde que assumiu o posto, no começo do mês, Marco Feliciano tem sido pressionado para deixar o cargo.

PRESSÃO

A pressão pela sua saída cresceu após a divulgação de um vídeo, na segunda-feira (18), com críticas aos seus opositores.

O material, publicado pela produtora de um assessor do deputado, e divulgado por Feliciano no Twitter, chama de "rituais macabros" os atos contra sua indicação e questiona a conduta de seus opositores.

As duas únicas sessões da Comissão de Direitos Humanos realizadas sob o comando de Feliciano foram marcadas por manifestações contra sua permanência.

O pastor é acusado de ter opiniões consideradas homofóbicas e racistas. Feliciano nega as acusações e diz que apenas defende posições comuns aos evangélicos, como ser contra a união civil homossexual.

CRONOLOGIA

Entenda a polêmica sobre a presidência da Comissão de Direitos Humanos na Câmara

27.fev
Partidos dividem cargos nas comissões temáticas da Câmara. Após acordo, o PT abre mão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias e o PSC fica com o direito de indicar o presidente.

4.mar
Cotado para a vaga, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) é alvo de protestos em redes sociais por ter opiniões consideradas homofóbicas e racistas por ativistas dos direitos humanos. O pastor reage e abre um abaixo-assinado em seu site para reunir apoio por sua indicação à comissão.

6.mar
Indicado pelo seu partido para a vaga, a reunião que o elegeria presidente da Comissão de Direitos Humanos é suspensa após manifestações e adiada em um dia.

7.mar
Em reunião fechada, sem os manifestantes, Feliciano é eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos com 11 votos dos 18 possíveis. Após bate-boca, representantes do PT, do PSOL e do PSB deixaram a reunião antes mesmo de a votação ser convocada.

9.mar
Manifestantes contrários à eleição do pastor para a presidência da comissão vão às ruas pedir a sua destituição do cargo. Só em São Paulo, ao menos 600 pessoas participaram do ato, de acordo com a Polícia Militar.

11.mar
O deputado é alvo de novo protesto, desta vez em Ribeirão Preto, cidade que abriga uma das principais filiais de sua igreja evangélica, a "Catedral do Avivamento". Manifestantes foram para a frente do templo pedir sua saída da comissão

13.mar
Folha revela que o deputado emprega no gabinete cinco pastores de sua igreja evangélica que recebem salários da Câmara sem cumprir expediente em Brasília nem em seu escritório político em Orlândia (cidade natal dele, no interior de São Paulo, a 365 km da capital).

13.mar
Na primeira sessão da Comissão de Direitos Humanos, Feliciano enfrenta protestos, bate-bocas e questionamentos. Em quase duas horas de sessão, marcada pela intervenção constante de movimentos sociais, o pastor pediu "humildes desculpas" e um "voto de confiança".

16.mar
Pelo segundo fim de semana seguido, manifestações pelo país pela saída do pastor da presidência da comissão tomas as ruas. Em São Paulo, a passeata começou na avenida Paulista e terminou na praça Roosevelt (centro)

18.mar
Com o acirramento das críticas, Feliciano divulga em sua conta na rede social Twitter um vídeo que chama de "rituais macabros" os atos contra a sua indicação para o cargo

20.mar
Na segunda reunião da comissão sob o comando de Feliciano, a sessão é suspensa após novos protestos de movimentos sociais

21.mar
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pressiona para que Feliciano renuncie à presidência da Comissão e dá prazo até terça-feira (26) para uma solução

BANDIDOS DE TOGA

bandidos de toga


29/11/2012
às 17:57 \ Política & Cia

A ministra Eliana Calmon, que denunciou os “bandidos de toga”, pode entrar para a política após se aposentar

Ministra Eliana Calmon: porta aberta para candidatar-se a deputada pela Bahia (Foto: Agência Brasil)
Por Felipe Recondo, de O Estado de S. Paulo
Com o ativo político de ter sido a xerife do Judiciário nos últimos dois anos, a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, pode, em 2014, dedicar-se à vida política e disputar eleições pela Bahia [sua terra natal]. Ontem, em café na manhã na Câmara dos Deputados, Eliana foi sondada pelo PPS e deixou a porta aberta.
Ao longo de seu mandato no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), quando falou da existência de “bandidos de toga” e abriu uma crise com entidades de classe da magistratura, Eliana Calmon negava a possibilidade de se filiar a um partido político e disputar eleições. Ontem, porém, a ministra admitiu a possibilidade.
O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PPS-PR), perguntou a data da aposentadoria da ministra e afirmou que o partido lhe ofereceria a legenda para, se quiser, disputar as eleições já em 2014. Ela afirmou que avaliará a oferta assim que se aposentar.
Eliana Calmon completa 70 anos em novembro de 2014. E não acredita que o Congresso, até lá, aprovará a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) já chamada PEC da Bengala, que aumentaria para 75 anos a idade limite para a aposentaria compulsória no serviço público. Para eventualmente se candidatar ainda em 2014, ela teria de antecipar sua aposentadoria.
A ministra recebeu o convite para uma conversa com o PPS e aproveitou a reunião para defender a inclusão de uma emenda no Orçamento do próximo ano que destinasse recursos para a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), que ela dirige.
Eliana ainda alertou que o Congresso deve redobrar a cautela na votação das próximas indicações de integrantes do Conselho Nacional de Justiça.
Em junho, quando ainda estava na corregedoria, a ministra afirmou que, por não conseguirem reduzir os poderes do CNJ, entidades corporativas e “elites”, nas palavras dela, começariam a trabalhar pela indicação de conselheiros que pudessem inviabilizar os trabalhos do órgão.
“Antes, os órgãos de controle existiam para não funcionar. A interferência política é muito forte, mas esta realidade está mudando aos poucos. Aquelas elitizinhas que dominavam ainda não desistiram. Elas atacam sutilmente, como cupins, para implodir o CNJ. Por isso, precisamos ser vigilantes”, disse ela, em uma palestra no Seminário Nacional de Probidade Administrativa.

03/11/2012
às 16:00 \ Política & Cia

DIRETO NO FÍGADO: a condenação dos poderosos envolvidos com o mensalão é bom pretexto para lembrar das frases cortantes da “ministra sem papas na língua”, Eliana Calmon

Ministra Eliana Calmon, com sua língua afiada
Ministra Eliana Calmon, a ministra sem papas na língua: trajetória e frases marcantes em dois anos como corregedora do Conselho Nacional de Justiça (Foto: Dedoc / Editora Abril)
Amigas e amigos do blog, as condenações que o Supremo Tribunal Federal vem impondo à quadrilha que comandou e fez operar o escândalo do mensalão fazem surgir no horizonte a perspectiva de que, enfim, figurões da política e do poder possam pagar por seus crimes.
É uma boa hora, então, para relembrar a recente trajetória da ministra do Superior Triubnal de Justiça Eliana Calmon como corregedora do Conselho Nacional de Justiça, cargo cuja função era fiscalizar e propor punições a juízes e tribunais que saíssem da linha.
Ela deixou o posto em setembro, após dois anos de trabalho, de mais de uma centena de juízes punidos e de uma franqueza que teve dois resultados: provocou críticas e boicotes por parte de colegas magistrados, e um grande aplauso da sociedade à “ministra sem papas na língua”.
Criadora, entre outras expressões, da fortíssima “bandidos de toga” para se referir a juízes corruptos, o blog homenageia a ministra — cuja atuação como que antecipou o que agora ocorre com os mensaleiros no Supremo — relembrando algumas de suas declarações marcantes e corajosas:
MENSALÃO – ”O Supremo está dizendo que a corrupção, que durante dois séculos reinou neste país, a partir de agora tem um freio, e esse freio está no Poder Judiciário. Não haverá mais tolerância com a corrupção. Não tenho dúvida de que isso já está provocando mudanças nos planos de certos bandidos, inclusive os de toga”. — VEJA, em 10 setembro de 2012
BANDIDOS DE TOGA – “Acho que [a atuação disciplinar do Conselho Nacional de Justiça] é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga” — Entrevista à Associação Paulista de Jornais (APJ), em 27 de setembro de 2011
JUIZ NÃO TEM AMIGOS – ”Eu só sou magistrada, não tenho aptidão para a política. Sou uma pessoa que fala as coisas, não faço favores. Os meus amigos dizem ‘Eliana não faz favores, não é amiga dos amigos’. Eu sou amiga, mas dentro da minha atividade profissional eu não tenho amigo, não faço favor porque é uma questão de princípio. No dia em que fizer um favor, eu faço dez”. — Estadão,em 13 de agosto de 2012
MAGISTRATURA SÉRIA X VAGABUNDOS INFILTRADOS – “Precisamos abrir diversos flancos para falar o que está errado dentro da nossa casa. Faço isso em prol da magistratura séria, decente e que não pode ser confundida com meia dúzia de vagabundos que estão infiltrados na magistratura” — Audiência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, em 28 de fevereiro de 2012
[JUIZ] CORRUPTO NÃO DEIXA DOCUMENTO – “É muito difícil [magistrado] corrupto deixar documento. Vou me valendo das provas que estão em inquérito ou que estão no Superior Tribunal de Justiça. Essas investigações patrimoniais são importantes porque através do imposto de renda e também desse compartilhamento de quebra de sigilo eu posso fazer alguma coisa” – Audiência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, em 28 de fevereiro de 2012
TRUQUES QUE AUMENTAM SALÁRIOS – “Estamos encontrando o seguinte: desembargadores ganham o teto, 26 mil reais, mas durante três meses do ano vem um penduricalho onde se dá uma gratificação monstruosa. Se somarmos tudo e dividirmos por 12, eles não ganham 26 (mil), ganham 50, 40 (mil)”. – Audiência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, em 28 de fevereiro de 2012
MARACUTAIAS NOS PRECATÓRIOS – “O precatório [título de dívida dos governos para com pessoas e empresas] está todo desorganizado e, muitas vezes, a desordem é para encobrir o malfeito” – Agência Brasil (entrevista coletiva), em 13 de fevereiro de 2012
CORPORATIVISMO E ELITISMO – “Estamos removendo 400 anos de representação elitista dentro do Judiciário (…) A modernidade vai tomando conta dos espaços públicos e deixando engessados os movimentos corporativistas” – Estadão, em 7 de fevereiro de 2012
A rebelde ministra: "Não faço favores" (Foto: GF fotografias)
A ministra, segundo a qual o Judiciário vive "gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga" (Foto: GF fotografias)
SÍMBOLO – “Acabei simbolizando um movimento de abertura do Judiciário” — Estadão, em 7 de fevereiro de 2012
OS PODERES DO CNJ – “Eu me emocionei a cada voto, contra ou a favor, fiquei muito emocionada. Ao final, quando tudo terminou, falaram ‘O que você vai fazer?’. Eu disse ‘Eu vou dormir, porque não durmo há três meses’” – Agência Brasil (entrevista coletiva), em 3 de fevereiro de 2012 (sobre conflito judicial sobre as competências do CNJ, julgado favoravelmente ao Conselho pelo Supremo Tribunal Federal)
ASSOCIAÇÕES DE MAGISTRADOS MENTIRAM – “Só posso lamentar [a polêmica], fruto de maledicência e irresponsabilidade da AMB [Associação dos Magistrados Brasileiros], Ajufe [Associação dos Juízes Federais do Brasil] e Anamatra [Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho], que mentirosamente desinformam a população ou informam com declarações incendiárias e inverossímeis”, pretendendo fazer um “linchamento moral” – Declarações feitas num debate no auditório da Folha de S.Paulo, em 21 de novembro de 2011 (a ministra rebatia informações de associações de magistrados segundo as quais o Conselho Nacional de Justiça havia quebrado os sigilos bancários e fiscais de juízes e levaria a cabo uma investigação sobre 270 mil pessoas. Segundo ela, havia já quatro anos que a corregedoria do CNJ realizava investigações sobre patrimônio de juízes, com base em suas declarações de imposto de renda, atividade prevista na legislação)
COLARINHO BRANCO – “O senhor conhece algum colarinho branco preso?” – Roda Viva, TV Cultura, em 14 de novembro de 2011
“Eu não posso resolver todos os problemas do Judiciário…, mas eu me posiciono” – Roda Viva, TV Cultura em 14 de novembro de 2011
BANDIDOS INFILTRADOS – “Eu não tenho que me desculpar. Estão dizendo que ofendi a magistratura, que ofendi todos os juízes do país. Eu não fiz isso de maneira nenhuma. Eu quero é proteger a magistratura dos bandidos infiltrados” — Coluna de Mônica Bergamo, Folha de S.Paulo, em 28 de setembro de 2011
"Não terei tolerância" (Foto: Agência Brasil)
"Os bandidos (na Justiça) são minoria, uma coisa mínima, de 1%, mas fazem um estrago absurdo" (Foto: Agência Brasil)
MINORIA QUE FAZ UM GRANDE ESTRAGO — “A quase totalidade dos 16 mil juízes do país é honesta, os bandidos são minoria. Uma coisa mínima, de 1%, mas que fazem um estrago absurdo no Judiciário” – Coluna de Mônica Bergamo, Folha de S.Paulo, em 28 de setembro de 2011
COMPLÔ PARA NÃO PUNIR – “As portas estão se fechando. Parece haver um complô para que não se puna ninguém no Brasil” – Coluna de Mônica Bergamo, Folha de S.Paulo, em 28 de setembro de 2011
A DIFICULDADE DE INSPECIONAR O TJ DE SÃO PAULO – “Sabe que dia eu vou inspecionar São Paulo? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro. É um Tribunal de Justiça fechado, refratário a qualquer ação do CNJ e o presidente do Supremo Tribunal Federal é paulista” — Entrevista à Associação Paulista de Jornais (APJ), em 27 de setembro de 2011
OS PIORES MAGISTRADOS ACABAM CHEGANDO AO TOPO – ‘Hoje é a política que define o preenchimento de vagas nos tribunais superiores, por exemplo. Os piores magistrados terminam sendo os mais louvados. O ignorante, o despreparado, não cria problema com ninguém porque sabe que num embate ele levará a pior. Esse chegará ao topo do Judiciário” — VEJA, em setembro de 2010
NOS TRIBUNAIS SUPERIORES, SÓ CRITÉRIO POLÍTICO – “Para ascender na carreira, o juiz precisa dos políticos. Nos tribunais superiores, o critério é única e exclusivamente político” – VEJA, em setembro de 2010
FRUTO DE UM SISTEMA – “Certa vez me perguntaram se eu tinha padrinhos políticos. Eu disse: ‘Claro, se não tivesse, não estaria aqui’. Eu sou fruto de um sistema. Para entrar num tribunal como o STJ, seu nome tem de primeiro passar pelo crivo dos ministros, depois do presidente da República e ainda do Senado. O ministro escolhido sai devendo a todo mundo”– VEJA, em setembro de 2010
Eliana Calmon, do CNJ (Foto: Valter Campanato / ABr)
"Nós, magistrados, temos a tendência a ficar prepotentes e vaidosos. Isso faz com que o juiz se ache um super-homem (...). Precisamos ter cuidado para ter práticas de humildade dentro do Judiciário" (Foto: Valter Campanato / ABr)
AUTO-DEFINIÇÃO COMO “REBELDE” – “Eu não sou a única rebelde nesse sistema, mas sou uma rebelde que fala”– VEJA, em setembro de 2010
JUIZ NÃO PODE SER PREPOTENTE NEM VAIDOSO – “Nós, magistrados, temos tendência a ficar prepotentes e vaidosos. Isso faz com que o juiz se ache um super-homem decidindo a vida alheia. Nossa roupa tem renda, botão, cinturão, fivela, uma mangona, uma camisa por dentro com gola de ponta virada. Não pode. Essas togas, essas vestes talares, essa prática de entrar em fila indiana, tudo isso faz com que a gente fique cada vez mais inflado. Precisamos ter cuidado para ter práticas de humildade dentro do Judiciário. É preciso acabar com essa doença que é a ‘juizite’”– VEJA, em setembro de 2010
RETRATO DE JUSTIÇA CARA, LENTA E INEFICIENTE – “Pela primeira vez [com a criação do CNJ], foram feitos diagnósticos oficiais do funcionamento da prestação jurisdicional, dos serviços cartorários. Pela primeira vez, veio a conhecimento de todos, até dos próprios protagonistas da função judicante, o resultado de uma justiça cara, confusa, lenta e ineficiente” — Discurso de posse como ministra do CNJ, em 8 de setembro de 2010
OS VILÕES DO PODER – “Não está sendo fácil corrigir os rumos, implantar práticas administrativas modernas, desalojar os vilões do Poder e, principalmente, mudar os usos e costumes de um Judiciário desenvolvido à sombra de uma sociedade elitista, patrimonialista, desigual e individualista”. – Discurso de posse como ministra do CNJ, em 8 de setembro de 2010
AVISO PRÉVIO – “Terei tolerância zero” – Discurso de posse como ministra do CNJ, em 8 de setembro de 2010

JOAQUIM CONDENA CORRUPÇÃO DE JUIZ

Edição do dia 20/03/2013
20/03/2013 10h47 - Atualizado em 20/03/2013 10h47

Joaquim Barbosa critica relação de advogados com juízes

A crítica foi em um julgamento no CNJ, em uma sessão que analisava a aposentadoria de um juiz do Piauí que teria beneficiado advogados.





O presidente do Supremo Tribunal Federal criticou a relação de juízes com advogados durante um julgamento no Conselho Nacional de Justiça em uma sessão que analisava a aposentadoria de um juiz do Piauí que teria beneficiado advogados.
O diálogo, de forma amistosa, foi quando o ministro Joaquim Barbosa comentou o caso com o relator do processo, o desembargador Tourinho Neto.
Tourinho Neto: Ele é negligente, mas desonesto ele não é. Para aplicar uma pena é preciso que ele seja desonesto, descarado. Se fosse fazer isso, quantos juízes teríamos que colocar para fora? Quantos ministros teriam que colocar para fora?
Joaquim Barbosa: Acho que há muitos.
Tourinho Neto: Não, presidente, a nossa Justiça não é assim. Senão estaríamos perdidos.
Joaquim Barbosa: Mas nós podemos mudar nossa Justiça.
Tourinho Neto: Como?
Joaquim Barbosa: Esse conluio entre juiz e advogado é o que há de mais pernicioso.
Tourinho Neto: Mas não houve conluio.
Joaquim Barbosa: Não estou dizendo que nesse caso tenha havido.
Tourinho Neto: Mas tem sim, eu sei que tem.
Nós sabemos que decisões graciosas, condescendentes, absolutamente fora
Os conselheiros decidiram aposentar o juiz compulsoriamente. O desembargador Tourinho Neto foi o único a votar contra. O juiz João Borges de Souza Filho não foi encontrado para comentar a decisão do conselho.
Em nota conjunta, três entidades de magistrados criticaram as declarações do ministro Joaquim Barbosa e dizem que são a favor de punições a comportamentos ilícitos por parte de juízes desde que provados em processo legal.

JUIZ CORRUPTO 2

Joaquim Barbosa aponta 'conluio' entre juízes e advogados


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, atacou nesta terça-feira o que chamou de "conluio entre juízes e advogados" e afirmou que essa situação revela o que existe de mais "pernicioso" na Justiça brasileira. Barbosa fez as declarações em uma sessão no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que decidiu aposentar um juiz do Piauí acusado de beneficiar advogados. "Há muitos (juízes) para colocar para fora. Esse conluio entre juízes e advogados é o que há de mais pernicioso. Nós sabemos que há decisões graciosas, condescendentes, absolutamente fora das regras", afirmou. Barbosa disse que é preciso ter transparência nas reuniões. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Único a votar contra a aposentadoria do juiz do Piauí na reunião do CNJ, o conselheiro Tourinho Neto fez o contraponto a Barbosa durante o debate. Desembargador da 1ª Região, Tourinho disse que não é possível inferir que toda relação de juiz e advogado é interesseira. "Juiz não pode ter amizade nenhuma com advogado? Isso é uma excrescência. (...) Fui juiz do interior da Bahia, tomava uísque na casa de um, tomava cerveja na casa de outro, e isso nunca me influenciou", disse. O desembargador respondeu ainda às críticas de Barbosa e disse que ele era "mais duro que o diabo". Tourinho afirmou ainda que os juízes estavam acovardados enquanto Barbosa gozava da notoriedade obtida com a relatoria do processo do mensalão: "Quem sabe não será o próximo presidente da República?"

JUIZ VAI DESONESTO PRA CADEIA

26/03/2013 - 03h00

Justiça manda ex-juiz Nicolau, 84, de volta à prisão em regime fechado


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DE SÃO PAULO

O ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, 84, foi levado na noite de ontem para a carceragem da Polícia Federal em São Paulo após decisão do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, que revogou sua prisão domiciliar.

A decisão de reconduzi-lo ao regime fechado de prisão foi tomada na semana passada, mas só divulgada ontem.

Leia a íntegra da decisão
Procuradoria tenta execução definitiva de pena do ex-juiz Nicolau
STF nega pedido de liberdade do ex-juiz Nicolau
Justiça da Suíça autoriza repatriação de R$ 6,8 mi do ex-juiz Nicolau
STJ mantém condenação de Luiz Estevão no caso do TRT de SP

Lula Marques -4.mai.1999/Folhapress
O ex-juiz Nicolau dos Santos Neto durante depoimento no Senado em 1999
Nicolau dos Santos Neto durante depoimento no Senado

Nicolau chegou a ser encaminhado na última sexta à carceragem da PF na Lapa, zona oeste paulistana, onde ficou durante cinco horas. Ele acabou liberado por determinação de uma juíza federal.

A magistrada considerou que não havia condições adequadas para recebê-lo -devido à falta de médico de plantão e sala especial a que teria direito, por ter curso superior.

O juiz federal Luiz Stefanini revogou a ordem ontem, que resultou na recondução de Nicolau à carceragem. Stefanini decidiu que só um médico pode avaliar se a carceragem da PF é adequada.

O ex-juiz estava preso em sua casa no Morumbi, zona sul de São Paulo, desde 2007.

No ano anterior, ele foi condenado a 26 anos de prisão. A Justiça concluiu que Nicolau foi responsável pelo desvio de R$ 169,5 milhões durante a construção do Fórum Trabalhista de São Paulo.

Entre as razões para revogar a prisão domiciliar, Stefanini afirma que o estado de saúde de Nicolau não é tão grave. Ele menciona um laudo médico de 2012:

"Em relação ao exame psiquiátrico anterior, houve melhora nos aspectos depressivos, expressa na aparência, postura corporal, fluência verbal e psicomotricidade. Portanto, [...] não se justifica a prisão domiciliar."

Stefanini afirma ainda que o fato de Nicolau ter 84 anos não garante automaticamente a prisão domiciliar.

RECURSO

O advogado do ex-juiz, Celmo Assis Pereira, classificou a decisão de absurda e disse que vai entrar com reclamação no próprio TRF e pedido de habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Ele afirmou que seu cliente passou mal no fim de semana e que o laudo citado na decisão faz ressalvas à idade, além de alertar que há risco de a depressão de Nicolau aumentar com "mudanças drásticas".

Ele disse que o ex-juiz tem pressão alta, depressão, dificuldades de locomoção e problemas de raciocínio: "A carceragem da PF não tem como atender alguém com todos esses problemas de saúde".

Numa das vezes em que Nicolau esteve preso na PF, ele sofreu um acidente vascular cerebral e houve demora no atendimento. O advogado diz que, por ele ter mais de 80 anos, a prisão domiciliar é um direito.

Imagens do escândalo do TRT-SP

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Eduardo Knapp - 2.set.02/Folhapress
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Prédio do TRT-SP após retomada de obras em 2002

O CASO

Em 1992, o TRT-SP iniciou licitação para construir o Fórum Trabalhista na Barra Funda (zona oeste da capital). A construtora Incal venceu a licitação e se associou ao empresário Fábio Monteiro de Barros.

Em 98, auditoria do Ministério Público apontou que só 64% da obra do fórum havia sido concluída, mas que 98% dos recursos haviam sido liberados.

A obra do fórum foi abandonada em outubro de 98, um mês após o então juiz Nicolau dos Santos Neto deixar a comissão responsável pela construção.

Uma CPI na Câmara investigou a obra em 99. A quebra dos sigilos mostrou pagamentos vultosos das empresas de Fábio Monteiro de Barros, da Incal, ao Grupo OK, do ex-senador Luiz Estevão.

Durante as investigações, foi descoberto um contrato que transferia 90% das ações da Incal para o Grupo OK.

O ex-senador teve o mandato cassado no ano 2000.

Em setembro do ano passado, a Justiça da Suíça autorizou a repatriação de US$ 6,8 milhões que estavam bloqueados, desde 1999, na conta do juiz aposentado. (MARIO CESAR CARVALHO)

MINHA CASA MINHA VIDA. CASA INUNDADA

Minha Casa, Minha Vida: moradores beneficiados por programa sofrem com rachaduras e inundações

  • Fragilidade de parte dessas construções ficou evidente semana passada, com os problemas nos prédios que receberiam desabrigados da tragédia do Morro do Bumba
Rafael Galdo (Email · Facebook · Twitter)
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Casa nova. Moradora mostra rachadura no condomínio Santa Lúcia, em Santa Cruz da Serra, Duque de Caxias, construído dentro do programa habitacional Minha Casa Minha Vida
Foto: Eduardo Naddar / O Globo
Casa nova. Moradora mostra rachadura no condomínio Santa Lúcia, em Santa Cruz da Serra, Duque de Caxias, construído dentro do programa habitacional Minha Casa Minha VidaEduardo Naddar / O Globo
RIO — Para quem vivia em áreas de risco, muitas vezes em barracos precários, ganhar apartamentos em conjuntos habitacionais com espaços de lazer e saneamento adequado poderia parecer solução, não fossem alguns desses condomínios verdadeiros castelos de areia, como relatam moradores de unidades do programa Minha Casa Minha Vida. A fragilidade de parte dessas construções ficou evidente semana passada, com os problemas nos prédios que receberiam desabrigados da tragédia do Morro do Bumba, em Niterói.
Nos condomínios Santa Helena e Santa Lúcia, no Parque Paulista, em Duque de Caxias, as 389 casas foram inundadas semana passada, fazendo com que muitos moradores perdessem tudo. Na segunda-feira, oito dias depois das chuvas, as pessoas continuavam limpando os estragos. Em frente aos conjuntos, havia montes de móveis que tiveram de ser jogados no lixo.
— Passei minha vida pedindo a Deus uma casa. Quando finalmente recebi, comprei todos os móveis novos. Mas veio a água e destruiu tudo — conta, chorando, a dona de casa Francisca Rabelo Gonzaga, de 52 anos. — Pior que, já tendo morado em vários bairros, alguns lugares de risco, nunca tinha passado por isso — acrescentou Francisca, que paga pela casa R$ 54 mensais à Caixa Econômica Federal, que financiou o projeto.
Os problemas, no entanto, não começaram com o temporal da semana passada. Muitas casas têm rachaduras e infiltrações, como a da doméstica Ana de Souza Silva, de 49 anos.
— Já construí uma barreira com tijolo e cimento nas minhas portas. Mas não adianta. A água passa por cima. Não sei mais o que fazer. A casa está toda rachada e mofada — diz Sidneia Fonseca da Silva.
Já em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, só em maio completa um ano que os moradores, reassentados de comunidades como Pedreira e Cidade de Deus, começaram a ocupar as 2.718 unidades em oito condomínios da Estrada dos Palmares. Conjuntos tão novos, contudo, já repletos de problemas estruturais. No Almada, uma fileira de postes tortos, inclinados no pátio onde as crianças brincam, assusta. E são muitos outros riscos. Valéria de Jesus Santos, ex-moradora de Costa Barros, mostra que estruturas de metal, como corrimãos, já estão enferrujadas e se soltando. Muitos apartamentos também enfrentam problemas de infiltração.
— Morava num barraco de madeira e não chovia tanto dentro de casa quanto aqui — afirma Valéria.
Condomínio cheio de remendos
Em Realengo, nos condomínios Ipê Branco e Amarelo, que receberam reassentados de obras em Madureira e Turiaçu, o solo irregular já denuncia que há algo de errado no terreno. Síndico do Ipê Branco (com 299 unidades), José Rodrigues Carneiro conta que os conjuntos foram entregues há quase três anos. Desde então, já apareceram rachaduras e fissuras em todos os blocos, dentro e fora dos apartamentos. Segundo moradores, são incontáveis os remendos que a construtora Patrimar realizou para tentar contornar as fissuras. Mas elas continuam aparecendo.
— Temos muito medo, porque não sabemos se estamos numa moradia segura. Entre os blocos, a drenagem é falha. Quando chove, a água empoça, entra nas casas e desce o terreno, carreando muito barro. Por causa da erosão, há tubulações de gás aparentes — diz José.
Rachaduras, além de alagamentos, também são o drama com qual convivem moradores do Bairro Carioca, em Triagem, Zona Norte do Rio, projeto da prefeitura executado com recursos do Minha Casa Minha Vida. Nas chuvas do início deste mês, a água chegou à altura dos joelhos em apartamentos do térreo, muitos deles de cadeirantes. No total, ali serão 2.240 apartamentos, 640 deles entregues até janeiro passado.
Para especialistas, problemas na qualidade das obras em programas habitacionais se repetem em todo o país. Sobre o Minha Casa Minha Vida, Adauto Lucio Cardoso, do Observatório das Metrópoles do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (Ippur/UFRJ), cita uma série de fatores que contribuem para a má qualidade construtiva, principalmente nos empreendimentos destinados à população de baixa renda. Segundo ele, não existe uma estrutura clara de fiscalização das obras, já que a Caixa Econômica Federal, responsável pelo financiamento do programa, ocupa-se mais de acompanhar os cronogramas físico-financeiros das construções, enquanto as prefeituras não estariam preparadas para identificar os problemas. Ainda de acordo com ele, o controle de qualidade fica a cargo da própria construtora.
Além disso, diz ele, com o encarecimento do preço dos terrenos no Rio, desde 2005, as empresas muitas vezes têm buscado economizar em outros itens, para conseguir manter a margem de lucro. E mesmo quando as construtoras conseguem áreas mais baratas, em vários casos não realizam as intervenções que os terrenos exigiriam.
— Ao longo da Avenida Brasil, por exemplo, são vários condomínios abaixo do nível da via. Esses terrenos precisariam de estruturas de drenagem maiores. Mas elas acabam não sendo feitas. As áreas inundam, o que pode vir a prejudicar as fundações e comprometer o solo — afirma Adauto, que conduz uma pesquisa sobre o programa do governo federal.
Na cidade do Rio, a Secretaria municipal de Habitação afirma que mantém equipes de fiscalização e manutenção, além de plantão de assistentes sociais, nos empreendimentos do Minha Casa Minha Vida. E diz que, sempre que identifica problemas ou é acionada pelos moradores, verifica as causas e, caso constate “vício construtivo”, notifica a Caixa e as construtoras, para que tomem as providências necessárias.
Já a Caixa Econômica garantiu que os empreendimentos Bairro Carioca, Santa Helena e Santa Lúcia foram construídos fora da faixa de alagamento, atendendo a todas as normas de segurança. No caso de Triagem, a instituição afirma que a prefeitura já iniciou obras de drenagem, canalização e desassoreamento do Canal do Cunha, próximo ao terreno. Em Caxias, a área de engenharia da Caixa, junto com o município, iniciou trabalhos técnicos na região para identificar as causas do alagamento e evitar futuras inundações.
Além disso, foram tomadas outras medidas, como a instalação de uma agência móvel do banco próximo aos condomínios, a suspensão do pagamento das prestações do financiamento imobiliário até que sejam restabelecidas as condições de moradia e contratação de uma empresa para realizar os serviços de recuperação dos imóveis. Quanto aos prédios do Fonseca, em Niterói, que vão abrigar vítimas da tragédia do Morro do Bumba, a entidade informou que já contratou perícia técnica a fim de identificar os fatores que determinaram os problemas. O resultado deve sair em até 15 dias. Dois blocos estão sendo demolidos, e foram tomadas providências para impedir o acesso de pessoas ao local.
A instituição informou ainda que tem equipes técnicas que acompanham regularmente as obras. Com relação aos empreendimentos de Santa Cruz e Realengo, a Caixa disse que enviará equipes ao local para fazer vistorias.
Só na cidade do Rio, segundo dados da Secretaria municipal de Habitação, já foram entregues 30.199 unidades pelo Minha Casa Minha Vida até o fim de 2012. Em todo o estado, informou o Ministério das Cidades, já foram entregues 41.622 unidades do programa.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/minha-casa-minha-vida-moradores-beneficiados-por-programa-sofrem-com-rachaduras-inundacoes-7944598#ixzz2OebD8XNd
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ALUNO BATE NA PROFESSORA E SAI RINDO

Diretora agredida por aluno desabafa em rede social

  • “O agressor sai de cabeça erguida, olhando para trás e rindo. Não só do agredido, mas de cada um de nós”
  • Estudantes acabam brigando em manifestação em favor da profissional
Maria Elisa Alves (Email · Facebook · Twitter)
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Estudantes protestam contra violência em escola de Piedade onde diretora foi agredida
Foto: Maria Elisa Alves / O Globo
Estudantes protestam contra violência em escola de Piedade onde diretora foi agredidaMaria Elisa Alves / O Globo
RIO — O encontro entre um adolescente rebelde, aluno de um projeto para alunos com defasagem idade-série, e uma profissional tida como durona terminou em agressão, na última quinta-feira, na Escola Municipal João Kopke, em Piedade, na Zona Norte. A diretora Leila Soares foi empurrada e recebeu um soco no rosto após repreender um estudante de 15 anos que brincava de brigar no pátio. Leila publicou um desabafo sobre a agressão sofrida em sua página no Facebook.
“O agressor sai de cabeça erguida, olhando para trás e rindo. Não só do agredido, mas de cada um de nós”, diz trecho do depoimento da diretora.
Na segunda-feira, a violência foi do lado de fora da escola: alunos que faziam uma manifestação a favor da diretora tiveram seus cartazes rasgados por amigos do agressor. Na confusão que se armou, um deficiente físico levou dois socos no rosto.
— Aqui do lado de fora sempre tem briga, mas agressão ao diretor foi a primeira vez — disse Miguel Maciel, de 12 anos, aluno do 7º ano, mesma série do agressor.
Segundo os alunos, Leila flagrou o aluno brigando de lutar com um amigo. Ela mandou que eles parassem e teria sido empurrada pelo aluno. Leila avisou que iria ligar para a mãe do jovem e para a Ronda Escolar, da Guarda Municipal. Diante da ameaça, o rapaz teria dado um soco no rosto da diretora.
A diretora e o aluno foram para a 24ª DP (Piedade), onde Leila contou que o estudante, após tê-la socado, saiu rindo pelo corredor. Como estava com muita dor no ouvido, ela foi encaminhada ao Hospital Salgado Filho. Depois ela foi ao Instituto Médico-Legal fazer exame de corpo delito, que não apontou lesão externa. Mas, como ela continuou sentido dores, será feito um exame complementar.
Segundo a delegada Cristiane Carvalho, Leila não apresentava hematomas, mas estava muito abalada. O estudante, morador do Morro do Adeus, foi autuado por fato análogo a lesão corporal. A mãe do adolescente se comprometeu por escrito a levá-lo à Vara da Infância e da Juventude, onde ele deverá ser punido com uma medida socioeducativa, que pode ir da advertência verbal à internação compulsória.
— A mãe estava irritada e disse que não iria mais procurar colégio para ele, dando a entender que ele já tinha tido problemas antes. Ele admitiu na delegacia ter dado um soco na diretora e não demonstrou arrependimento — disse a delegada.
Desde 2003, 53 agressões
Em nota, a Secretaria municipal de Educação disse que o aluno foi transferido para outra escola e que aplicou o Regimento Escolar Básico do Ensino Fundamental. E disse ainda que a diretora, que está na escola desde 2009, ficará em licença por dez dias. A secretária de Educação, Claudia Costin, classificou o fato de “triste e lamentável”. Segundo dados da secretaria, desde 2003, foram registradas 53 agressões — verbais e físicas — de alunos a professores que resultaram em sindicâncias.
Wiria Alcântara, diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino, observa que agressões dentro de escola têm sido cada vez mais rotineiras:
— As crianças estão muito violentas, refletindo o que acontece na sociedade. E as escolas não estão preparadas.
Depoimento da diretora
“Quantas vezes nos indignamos quando sabemos de casos de agressões a colegas, profissionais como nós. Mas não nos indignamos o suficiente por acharmos que ainda está muito distante...
De repente, chega a nós.
O corpo dói. Mas a dor vai passando com gelo, analgésico, remédios...
O coração, este fica tão apertado que parece que sobra espaço em torno dele de tão pequeno. Este espaço é preenchido com dor. Que não tem remédio.
(...) Sofremos nós, nossos parentes, nossos amigos, nossos companheiros.
Sofre uma sociedade inteira que vive temerosa porque não temos quem nos proteja.
O agressor sai de cabeça erguida, olhando para trás e rindo. Não só do agredido, mas de cada um de nós. Ri do erro...
Ri da sociedade que fica refém enquanto ele continuará empurrando, xingando, ameaçando, chutando, socando...
(...) Quem somos nós, Educadores? Somos aqueles de quem ri o que sai impune, olhando para trás e rindo.
Serei só mais uma? Ou a última?”


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/diretora-agredida-por-aluno-desabafa-em-rede-social-7944930#ixzz2Oeap28Zj
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