sexta-feira, 5 de outubro de 2012

JORNALISTA ASSASSINADO EM PONTA PORÃ

05/10/2012-15h40

Dono de jornal é morto com tiros de fuzil em Ponta Porã (MS)

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CAROLINA DE ANDRADE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Atualizado às 19h15.
O dono de um jornal de Ponta Porã (MS), na fronteira do Brasil com o Paraguai, foi morto a tiros de fuzil em uma das principais avenidas da cidade na tarde desta quinta-feira (4).
Luiz Henrique Georges, o Tulu, havia assumido o "Jornal da Praça" após o assassinato do antigo dono, Paulo Roberto Cardoso Rodrigues -conhecido como Paulo Rocaro-, em fevereiro deste ano.
A polícia disse que não tem suspeitos e não sabe dizer se o crime pode ter relação com o trabalho de Georges.
Por volta das 16h40, ele estava em um carro com mais dois homens quando uma Blazer preta se aproximou e um de seus ocupantes disparou cerca de 30 tiros contra ele.
Georges e um dos ocupantes do carro, Nery Vera, morreram no local.
O terceiro passageiro do carro, um paraguaio, também foi atingido. Ele foi levado a um hospital da região e depois transferido para outro, no Paraguai.
Pessoas que passavam pelo local viram a ação, mas não conseguiram identificar o autor dos disparos.
Segundo o delegado do 1º Distrito Policial de Ponta Porã, Clemir Vieira Junior, não há registro oficial de que Georges estivesse sofrendo ameaças e por enquanto não há suspeitos do crime.
O "Jornal da Praça" foi fundado há 33 anos e circulava diariamente com uma tiragem de aproximadamente 1.500 exemplares. Por causa da morte de Georges, o jornal deixa de circular por tempo indeterminado.
CRIMES
Este é o sexto assassinato de um profissional ligado ao jornalismo desde o início do ano. Em janeiro, o radialista Laércio de Souza foi morto em Simões Filho (BA). Em fevereiro foram duas mortes: a de Mário Randolfo Marques Lopes, em Barra do Piraí (RJ), e a de Paulo Rocaro, em Ponta Porã (MS). Em julho, Valério Luiz de Oliveira foi morto em frente à rádio onde trabalhava em Goiânia (GO).
O caso de maior repercussão foi o do maranhense Décio Sá, morto a tiros em um bar de São Luís. Em setembro, o Ministério Público do Maranhão denunciou 12 pessoas acusadas de participação no crime.
Exceto pelo caso de Laécio de Souza, todas as vítimas receberam ameaças antes de serem mortas e a principal suspeita é de que os crimes estejam relacionados à sua atuação profissional.

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