Pelo menos 1.845 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas após chuvas no estado
RIO — Pelo menos 1.845 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas após as chuvas que atingiram o estado desde a noite de quarta-feira. O município mais afetado foi o de Duque de Caxias, em que mil pessoas ficaram desalojadas e 250 desabrigadas somente no distrito de Xerém. Duas igrejas e uma escola municipal são usadas como abrigos. Uma pessoa morreu no local. As informações foram divulgadas pela Defesa Civil estadual. Em Caxias, houve o transbordamento dos rios Saracuruna, Inhomirim e Capivari, e 45 casas foram destruídas e 200 danificadas. Outras oito pessoas estariam desaparecidas, sendo cinco de uma mesma família, de acordo com a assessoria da prefeitura do município. Ocorrências foram registradas ainda em Angra dos Reis, Mangarativa, Seropédica, Teresópolis e Petrópolis.
Você tem fotos da chuva? Mande para a gente
O governador Sérgio Cabral determinou, na manhã desta quinta-feira, a formação de um Gabinete de Crise no Centro Estadual de Gestão de Desastres (Cestad), na sede do Departamento Geral de Defesa Civil, na Praça da Bandeira. No local, o Secretário de Defesa Civil, Sérgio Simões, vai acompanhar as ocorrências provocadas pelas chuvas no estado e definir um plano de trabalho em conjunto com as secretarias de Estado de Saúde, Obras, Assistência Social, Educação, Meio Ambiente e com o Departamento de Recursos Minerais (DRM). Na manhã de sexta-feira, Cabral se reunirá com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, no Palácio Guanabara, também para discutir a situação provocada pelas chuvas no estado e definir medidas emergenciais.
Três equipes da Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, que vão reforçar a organização dos locais de abrigamento, foram enviadas a Angra dos Reis, Duque de Caxias e Nova Friburgo, que dará cobertura a toda a Região Serrana. Para Duque de Caxias, onde há cerca de 150 pessoas abrigadas em uma igreja, a secretaria enviará cem kits de higiene pessoal.
A pessoa morta em decorrência das chuvas era de Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Trata-se de um idoso, ainda não identificado, que foi encontrado morto na Praça da Mantiqueira. Autoridades acreditam que o homem estava dormindo quando foi arrastado pela correnteza. Ainda na Baixada, Japeri também tem pontos de alagamento nos bairros São Jorge e Nova Belém. Não foram registradas vítimas neste município.
Seis dos oito rios que cortam municípios da Baixada Fluminense estão com risco de transbordamento. Segundo a informações do boletim de alerta de cheias do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a situação é de alerta máximo nos rios Saracuruna, Sarapuí, Botas, Capivari, Iguaçu e Inhomirim, que passam pelos municípios de Nilópolis, Mesquita, Belford Roxo, Nova Iguaçu, e Duque de Caxias. Os rios Pavuna e Acari estão em estado de alerta.
Angra em estado de emergência
A prefeita de Angra dos Reis, Conceição Rahba, decretou estado de emergência devido às fortes chuvas que atingem o município desde a noite de quarta-feira. Ao todo, nove casas desmoronaram, deixando nove famílias desabrigadas. Até a noite desta quinta-feira, havia 172 pessoas desalojadas na cidade. Por conta do risco de desmoronamento de encostas, a Defesa Civil do município desocupou totalmente as casas dos morros do Abel e do Carioca, no Centro de Angra. Os moradores foram levados para abrigos em escolas municipais. Conceição Rabha conversou com o governador Sérgio Cabral e pediu para que o governo estadual conclua as obras de contenção de encostas que foram iniciadas há três anos, mas ainda não foram terminadas.
Os bairros mais afetados pela chuva são Santa Rita do Bracuí, Gamboa do Bracuí e Frade. No primeiro, um barranco se desprendeu do alto de um morro, carregando oito casas, nesta quinta-feira. Três pessoas, entre elas uma criança de 6 anos, ficaram feridas levemente e foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros. Morador do bairro, José Luiz Santiago, de 49 anos, disse que estava dormindo quando ouviu um forte estrondo, seguido de gritos pedindo socorro. Ele e seu filho ajudaram os moradores de uma casa vizinha a sair de baixo dos escombros.
— Conseguimos tirar a menina de 6 anos e a mãe dela pelo vão do corredor. Elas estavam embaixo da parede. Trinta segundos depois, a casa desmoronou totalmente. Foi horrível. Parecia que estávamos vivendo um pesadelo — contou Santiago.
Já em Gamboa do Bracuí, a dona de casa Maria de Fátima Couto Tavares disse que passou a manhã retirando a lama de sua casa. Foi nessa região que desmoronou o nono imóvel na cidade. O hospital da Praia Brava, onde moram os trabalhadores da usina de Angra, ficou sem energia o dia todo. Trabalhando desde a madrugada, a prefeita Conceição Rabha disse que os efeitos das chuvas são consequência de uma política que não impediu a ocupação desordenada das encostas. Ela acrescentou que a partir de agora a tolerância com as ocupações será zero. A prefeita informou ainda que vai usar o monitoramento de câmeras para impedir novas ocupações. Há 57 câmeras já instaladas nos morros da cidade.
— Nós estaremos informados no momento em que alguém tentar fazer novas construções nas encostas — disse a prefeita.
Em Mambucaba, na mesma região, houve cem desalojados e três feridos. No município de Mangaratiba, houve rolamento de pedras na Rio-Santos. No bairro de Constância, o desabamento de um muro destruiu uma casa, mas não houve feridos. Em Conceição de Jacareí, bombeiros tiveram que retirar moradores. As chuvas também desalojaram 172 moradores de 50 moradores em Teresópolis, e 40 em Petrópolis.
Em Paraty, cinco bairros foram atendidos pela Defesa Civil: Pantanal, Princesa Isabel, Condado, Caborê e algumas ruas do Centro. Havia muitos galhos de árvores caídos na pista, no trecho entre Angra dos Reis e Paraty.
Moradores passaram parte da noite sem energia. O fornecimento foi interrompido das 18h até as 2h. A Ampla informou que o forte temporal provocou a interrupção do fornecimento de energia em alguns bairros de Paraty e Mangaratiba. Em Angra dos Reis, os bairros mais atingidos são Bracuhy, Piraquara, Frade, Mambucaba e Perequê. Ainda segundo a Ampla, devido aos fortes ventos, chuva e raios, algumas regiões foram alagadas, e a distribuidora tem encontrado dificuldades para acessar alguns locais por causa da queda de árvores nas ruas. A distribuidora reforçou as equipes de emergência, e os técnicos trabalham desde quarta-feira para normalizar o fornecimento.
Devido ao temporal, desde a noite desta quarta-feira, Angra também está em estado de alerta. De acordo com a Defesa Civil do município, houve registros de alagamento e deslizamentos. De acordo com o secretário de Defesa Civil e Trânsito de Angra, Marco Oliveira, a situação é preocupante:
— Temos alguns deslizamentos e quedas de árvores. A orientação a quem estiver vindo de carro para Angra é parar e esperar passar o grosso da chuva. A situação preocupa, há pontos de alagamento, e nossas equipes estão nas ruas.
Segundo o superintendente de operações da Defesa Civil do município, Ronaldo Fonseca Bastos, de madrugada uma casa desabou parcialmente no Morro da Constância, no Frade, mas ainda não há informações sobre feridos. Em Santa Rita do Bracuí, outras quatro casa desabaram durante a chuva. Duas pessoas ficaram levemente feridas, uma delas grávida. Também há alagamentos em Bracuí e Praia Brava. Perequê, o bairro mais afetado, está sem luz e há enchentes em diversos pontos por causa da cheia de dois rios que cortam a região. A região Oeste do município, na faixa entre o Parque Mambucaba e a Bracuí. Pelo menos sete árvores caíram na Rio-Santos e estão sendo retiradas pelos bombeiros. Algumas chegaram a interditar o trânsito.
— A situação deve melhorar porque a baixa-mar será às 23h e água deve escoar — disse Bastos.
No réveillon de 2010, dois deslizamentos deixaram 53 mortos na região. Um deles ocorreu no Morro da Carioca, em Angra, e o outro na Praia do Bananal, na Ilha Grande. Também choveu bastante na Ilha Grande, que também está com falta de luz em alguns pontos.
Na Região Serrana, rios transbordaram e houve quedas de barreiras
Em Petrópolis, os rios Bingen e Piabanha transbordaram. Houve deslizamentos em bairros como Independência, Siméria e São Cristóvão, onde as sirenes foram acionadas.
Em Teresópolis, o Rio Paquequer transbordou e 50 pessoas estão desalojadas nas comunidade de Vale da Revolta, Perpétuo, Rosário, Caxangá e Pimentel. Lá, as sirenes também foram acionadas. Os equipamentos voltaram a tocar por volta das 17h desta quinta-feira na estação Comary, por conta de novo transbordamento do Rio Paquequer. Os moradores foram orientados a deixarem suas casas e se alojarem em pontos de apoio estabelecidos pela prefeitura. A Defesa Civil de Teresópolis permanece em estágio de atenção devido à previsão de chuva moderada a forte para a tarde e a noite desta quinta-feira.
A Secretaria de Desenvolvimento Social está mobilizada no atendimento às famílias que tiveram suas casas alagadas, inclusive com a entrega de camas, colchões e cestas básicas aos moradores atingidos nesta localidade.
Cerca de 40 pessoas ficaram desalojadas. Os bairros mais atingidos foram o Siméria, na região da Castelânea, e o Independência, na Zona Sul da cidade. Nos dois bairros, o índice pluviométrico foi de 158,8 milímetros em 24 horas. No mesmo período, a Defesa Civil do município registrou 22 ocorrências.
No Siméria, cinco casas foram atingidas por deslizamentos de terra. Duas delas ficaram totalmente destruídas e três foram parcialmente atingidas. Em uma das casas, havia três pessoas no momento do deslizamento. Um rapaz de 26 anos chegou a ficar soterrado por cinco minutos. Ele foi socorrido pela mãe e pelo irmão, que conseguiram sair minutos antes de as paredes caírem. Oito pessoas que estavam em uma casa vizinha, que também desabou, se salvaram porque saíram para ajudar a socorrer o vizinho. Assim como outras sete famílias do bairro, os moradores buscaram abrigo na casa de parentes. Outra região bastante atingida, foi o bairro Alto Independência, onde moradores ficaram ilhados por causa de alagamentos. Sirenes foram acionadas no bairro e uma família saiu de casa e está desalojada. Os rios Piabanha e Quitandinha trasbordaram e parte do Centro Histórico ficou alagada, causando transtornos e prejuízos para comerciantes, que tiveram as lojas inundadas e perderam mercadorias.
O temporal que caiu na madrugada causou quedas de barreira em cinco pontos da BR-040. Equipes da concessionária Concer foram acionadas para atuar nos kms 92, 93 e 95 da pista de subida da Serra de Petrópolis (sentido Juiz de Fora) e nos kms 85 e 89 da descida da Serra (no sentido Rio). Não houve vítimas. Os trechos estão em meia pista. Em Teresópolis, sirenes foram acionadas em cinco comunidades, e há 50 desalojados, segundo a Defesa Civil. Os dois municípios estão em estado de alerta. Na Rio-Teresópolis, o tráfego chegou a ser totalmente interrompido por duas horas durante a madrugada por medida de precaução devido ao grande volume de chuvas.
Em Teresópolis, na madrugada desta quinta-feira, a Defesa Civil do município registrou um volume de chuva entre 40 e 45 milímetros por hora nas comunidades do Rosário, Perpétuo, Pimentel, Vale da Revolta e Ilha do Caxangá. Segundo a prefeitura de Teresópolis, como são áreas de risco, as sirenes do Sistema de Alerta e Alarme instaladas nestas cinco comunidades foram acionadas para que os moradores deixassem suas casas e se dirigissem aos pontos de apoio.
A Defesa Civil permanece em estágio de atenção devido à previsão de mais chuva. Agentes da Defesa Civil estão percorrendo a cidade para fazer um levantamento. Na localidade da Ilha do Caxangá, no bairro Caxangá, o Rio Paquequer transbordou. Doze famílias tiveram suas casas alagadas.
De acordo com a prefeitura, também foi registrada uma queda de barreira na comunidade da Coreia, no bairro Meudon, sem atingir nenhuma residência. Houve acúmulo de água em via pública no bairro de São Pedro e em trechos do centro da cidade. Equipes da Secretaria de Obras e Serviços Públicos atuam na limpeza das áreas onde houve acúmulo de água.
O município do Rio entrou em estágio de atenção, à 1h05m desta quinta-feira. A presença de uma frente fria no município do Rio provocou chuva moderada em toda a cidade ao longo desta quinta-feira, com pontos isolados de chuva forte, segundo o Alerta Rio.
Você tem fotos da chuva? Mande para a gente
O governador Sérgio Cabral determinou, na manhã desta quinta-feira, a formação de um Gabinete de Crise no Centro Estadual de Gestão de Desastres (Cestad), na sede do Departamento Geral de Defesa Civil, na Praça da Bandeira. No local, o Secretário de Defesa Civil, Sérgio Simões, vai acompanhar as ocorrências provocadas pelas chuvas no estado e definir um plano de trabalho em conjunto com as secretarias de Estado de Saúde, Obras, Assistência Social, Educação, Meio Ambiente e com o Departamento de Recursos Minerais (DRM). Na manhã de sexta-feira, Cabral se reunirá com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, no Palácio Guanabara, também para discutir a situação provocada pelas chuvas no estado e definir medidas emergenciais.
Três equipes da Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, que vão reforçar a organização dos locais de abrigamento, foram enviadas a Angra dos Reis, Duque de Caxias e Nova Friburgo, que dará cobertura a toda a Região Serrana. Para Duque de Caxias, onde há cerca de 150 pessoas abrigadas em uma igreja, a secretaria enviará cem kits de higiene pessoal.
A pessoa morta em decorrência das chuvas era de Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Trata-se de um idoso, ainda não identificado, que foi encontrado morto na Praça da Mantiqueira. Autoridades acreditam que o homem estava dormindo quando foi arrastado pela correnteza. Ainda na Baixada, Japeri também tem pontos de alagamento nos bairros São Jorge e Nova Belém. Não foram registradas vítimas neste município.
Seis dos oito rios que cortam municípios da Baixada Fluminense estão com risco de transbordamento. Segundo a informações do boletim de alerta de cheias do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a situação é de alerta máximo nos rios Saracuruna, Sarapuí, Botas, Capivari, Iguaçu e Inhomirim, que passam pelos municípios de Nilópolis, Mesquita, Belford Roxo, Nova Iguaçu, e Duque de Caxias. Os rios Pavuna e Acari estão em estado de alerta.
Angra em estado de emergência
A prefeita de Angra dos Reis, Conceição Rahba, decretou estado de emergência devido às fortes chuvas que atingem o município desde a noite de quarta-feira. Ao todo, nove casas desmoronaram, deixando nove famílias desabrigadas. Até a noite desta quinta-feira, havia 172 pessoas desalojadas na cidade. Por conta do risco de desmoronamento de encostas, a Defesa Civil do município desocupou totalmente as casas dos morros do Abel e do Carioca, no Centro de Angra. Os moradores foram levados para abrigos em escolas municipais. Conceição Rabha conversou com o governador Sérgio Cabral e pediu para que o governo estadual conclua as obras de contenção de encostas que foram iniciadas há três anos, mas ainda não foram terminadas.
Os bairros mais afetados pela chuva são Santa Rita do Bracuí, Gamboa do Bracuí e Frade. No primeiro, um barranco se desprendeu do alto de um morro, carregando oito casas, nesta quinta-feira. Três pessoas, entre elas uma criança de 6 anos, ficaram feridas levemente e foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros. Morador do bairro, José Luiz Santiago, de 49 anos, disse que estava dormindo quando ouviu um forte estrondo, seguido de gritos pedindo socorro. Ele e seu filho ajudaram os moradores de uma casa vizinha a sair de baixo dos escombros.
— Conseguimos tirar a menina de 6 anos e a mãe dela pelo vão do corredor. Elas estavam embaixo da parede. Trinta segundos depois, a casa desmoronou totalmente. Foi horrível. Parecia que estávamos vivendo um pesadelo — contou Santiago.
Já em Gamboa do Bracuí, a dona de casa Maria de Fátima Couto Tavares disse que passou a manhã retirando a lama de sua casa. Foi nessa região que desmoronou o nono imóvel na cidade. O hospital da Praia Brava, onde moram os trabalhadores da usina de Angra, ficou sem energia o dia todo. Trabalhando desde a madrugada, a prefeita Conceição Rabha disse que os efeitos das chuvas são consequência de uma política que não impediu a ocupação desordenada das encostas. Ela acrescentou que a partir de agora a tolerância com as ocupações será zero. A prefeita informou ainda que vai usar o monitoramento de câmeras para impedir novas ocupações. Há 57 câmeras já instaladas nos morros da cidade.
— Nós estaremos informados no momento em que alguém tentar fazer novas construções nas encostas — disse a prefeita.
Em Mambucaba, na mesma região, houve cem desalojados e três feridos. No município de Mangaratiba, houve rolamento de pedras na Rio-Santos. No bairro de Constância, o desabamento de um muro destruiu uma casa, mas não houve feridos. Em Conceição de Jacareí, bombeiros tiveram que retirar moradores. As chuvas também desalojaram 172 moradores de 50 moradores em Teresópolis, e 40 em Petrópolis.
Em Paraty, cinco bairros foram atendidos pela Defesa Civil: Pantanal, Princesa Isabel, Condado, Caborê e algumas ruas do Centro. Havia muitos galhos de árvores caídos na pista, no trecho entre Angra dos Reis e Paraty.
Moradores passaram parte da noite sem energia. O fornecimento foi interrompido das 18h até as 2h. A Ampla informou que o forte temporal provocou a interrupção do fornecimento de energia em alguns bairros de Paraty e Mangaratiba. Em Angra dos Reis, os bairros mais atingidos são Bracuhy, Piraquara, Frade, Mambucaba e Perequê. Ainda segundo a Ampla, devido aos fortes ventos, chuva e raios, algumas regiões foram alagadas, e a distribuidora tem encontrado dificuldades para acessar alguns locais por causa da queda de árvores nas ruas. A distribuidora reforçou as equipes de emergência, e os técnicos trabalham desde quarta-feira para normalizar o fornecimento.
Devido ao temporal, desde a noite desta quarta-feira, Angra também está em estado de alerta. De acordo com a Defesa Civil do município, houve registros de alagamento e deslizamentos. De acordo com o secretário de Defesa Civil e Trânsito de Angra, Marco Oliveira, a situação é preocupante:
— Temos alguns deslizamentos e quedas de árvores. A orientação a quem estiver vindo de carro para Angra é parar e esperar passar o grosso da chuva. A situação preocupa, há pontos de alagamento, e nossas equipes estão nas ruas.
Segundo o superintendente de operações da Defesa Civil do município, Ronaldo Fonseca Bastos, de madrugada uma casa desabou parcialmente no Morro da Constância, no Frade, mas ainda não há informações sobre feridos. Em Santa Rita do Bracuí, outras quatro casa desabaram durante a chuva. Duas pessoas ficaram levemente feridas, uma delas grávida. Também há alagamentos em Bracuí e Praia Brava. Perequê, o bairro mais afetado, está sem luz e há enchentes em diversos pontos por causa da cheia de dois rios que cortam a região. A região Oeste do município, na faixa entre o Parque Mambucaba e a Bracuí. Pelo menos sete árvores caíram na Rio-Santos e estão sendo retiradas pelos bombeiros. Algumas chegaram a interditar o trânsito.
— A situação deve melhorar porque a baixa-mar será às 23h e água deve escoar — disse Bastos.
No réveillon de 2010, dois deslizamentos deixaram 53 mortos na região. Um deles ocorreu no Morro da Carioca, em Angra, e o outro na Praia do Bananal, na Ilha Grande. Também choveu bastante na Ilha Grande, que também está com falta de luz em alguns pontos.
Na Região Serrana, rios transbordaram e houve quedas de barreiras
Em Petrópolis, os rios Bingen e Piabanha transbordaram. Houve deslizamentos em bairros como Independência, Siméria e São Cristóvão, onde as sirenes foram acionadas.
Em Teresópolis, o Rio Paquequer transbordou e 50 pessoas estão desalojadas nas comunidade de Vale da Revolta, Perpétuo, Rosário, Caxangá e Pimentel. Lá, as sirenes também foram acionadas. Os equipamentos voltaram a tocar por volta das 17h desta quinta-feira na estação Comary, por conta de novo transbordamento do Rio Paquequer. Os moradores foram orientados a deixarem suas casas e se alojarem em pontos de apoio estabelecidos pela prefeitura. A Defesa Civil de Teresópolis permanece em estágio de atenção devido à previsão de chuva moderada a forte para a tarde e a noite desta quinta-feira.
A Secretaria de Desenvolvimento Social está mobilizada no atendimento às famílias que tiveram suas casas alagadas, inclusive com a entrega de camas, colchões e cestas básicas aos moradores atingidos nesta localidade.
Cerca de 40 pessoas ficaram desalojadas. Os bairros mais atingidos foram o Siméria, na região da Castelânea, e o Independência, na Zona Sul da cidade. Nos dois bairros, o índice pluviométrico foi de 158,8 milímetros em 24 horas. No mesmo período, a Defesa Civil do município registrou 22 ocorrências.
No Siméria, cinco casas foram atingidas por deslizamentos de terra. Duas delas ficaram totalmente destruídas e três foram parcialmente atingidas. Em uma das casas, havia três pessoas no momento do deslizamento. Um rapaz de 26 anos chegou a ficar soterrado por cinco minutos. Ele foi socorrido pela mãe e pelo irmão, que conseguiram sair minutos antes de as paredes caírem. Oito pessoas que estavam em uma casa vizinha, que também desabou, se salvaram porque saíram para ajudar a socorrer o vizinho. Assim como outras sete famílias do bairro, os moradores buscaram abrigo na casa de parentes. Outra região bastante atingida, foi o bairro Alto Independência, onde moradores ficaram ilhados por causa de alagamentos. Sirenes foram acionadas no bairro e uma família saiu de casa e está desalojada. Os rios Piabanha e Quitandinha trasbordaram e parte do Centro Histórico ficou alagada, causando transtornos e prejuízos para comerciantes, que tiveram as lojas inundadas e perderam mercadorias.
O temporal que caiu na madrugada causou quedas de barreira em cinco pontos da BR-040. Equipes da concessionária Concer foram acionadas para atuar nos kms 92, 93 e 95 da pista de subida da Serra de Petrópolis (sentido Juiz de Fora) e nos kms 85 e 89 da descida da Serra (no sentido Rio). Não houve vítimas. Os trechos estão em meia pista. Em Teresópolis, sirenes foram acionadas em cinco comunidades, e há 50 desalojados, segundo a Defesa Civil. Os dois municípios estão em estado de alerta. Na Rio-Teresópolis, o tráfego chegou a ser totalmente interrompido por duas horas durante a madrugada por medida de precaução devido ao grande volume de chuvas.
Em Teresópolis, na madrugada desta quinta-feira, a Defesa Civil do município registrou um volume de chuva entre 40 e 45 milímetros por hora nas comunidades do Rosário, Perpétuo, Pimentel, Vale da Revolta e Ilha do Caxangá. Segundo a prefeitura de Teresópolis, como são áreas de risco, as sirenes do Sistema de Alerta e Alarme instaladas nestas cinco comunidades foram acionadas para que os moradores deixassem suas casas e se dirigissem aos pontos de apoio.
A Defesa Civil permanece em estágio de atenção devido à previsão de mais chuva. Agentes da Defesa Civil estão percorrendo a cidade para fazer um levantamento. Na localidade da Ilha do Caxangá, no bairro Caxangá, o Rio Paquequer transbordou. Doze famílias tiveram suas casas alagadas.
De acordo com a prefeitura, também foi registrada uma queda de barreira na comunidade da Coreia, no bairro Meudon, sem atingir nenhuma residência. Houve acúmulo de água em via pública no bairro de São Pedro e em trechos do centro da cidade. Equipes da Secretaria de Obras e Serviços Públicos atuam na limpeza das áreas onde houve acúmulo de água.
O município do Rio entrou em estágio de atenção, à 1h05m desta quinta-feira. A presença de uma frente fria no município do Rio provocou chuva moderada em toda a cidade ao longo desta quinta-feira, com pontos isolados de chuva forte, segundo o Alerta Rio.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/pelo-menos-1845-pessoas-estao-desabrigadas-ou-desalojadas-apos-chuvas-no-estado-7183739#ixzz2Gxh36Anz
© 1996 - 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
0 comentários:
Postar um comentário