A disposição política dos prefeitos no
início de governo no Brasil
Em São Paulo, Fernando Haddad anunciou em seu
primeiro dia de governo um pacote de medidas: prevenção contra enchentes e
levantamento de terrenos para construção de três hospitais e 172 creches.
Eduardo Paes, no Rio de Janeiro, liberou 2 milhões para educação e prometeu
dias melhores. Em Recife, o prefeito Geraldo Júlio, dedicou o seu primeiro dia
em revisar contratos com terceirizados. Também cortou 633 cargos comissionados
e demonstrou preocupação com o baixo nível de investimento da prefeitura. Em
seguida conduziu todo o seu secretariado ao bairro Curado para visitar áreas
onde será implantado o Hospital da Mulher, uma das principais promessas de
campanha.
Em fortaleza, o prefeito Roberto Claudio convocou
todos os vereadores para votar criação de oito novas secretarias em sessão extraordinária.
Logo após a declaração o prefeito empossou o seu secretariado e disse que
visitará todos os 92 postos de saúde da capital.
O prefeito de Palmas, Carlos Amastha, ameaçou
cancelar o contrato com a Delta, empresa responsável pela limpeza urbana. O
prefeito quer que a empresa apresente uma defesa sobre irregularidades
apontadas pelo Ministério Público de Tocantins. Entre as denúncias, a de que a
Delta Construções teria forjado documentos e, com a colaboração de funcionários
públicos, vencido a licitação em 2009, mesmo apresentando documentação vencida
de capital social.. A Delta serviu o governo de Raul Filho, do PT, nos últimos
oito anos.
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, logo após
assumir o cargo, convocou um mutirão de limpeza e reduziu o número de
servidores e secretários. O novo prefeito trocou o paletó pelo uniforme de gari
e disse para mais de 500 funcionários de limpeza pública, que queria um
mutirão.
Em Salvador, ACM Neto, radicalizou. Em pacote de 39
decretos congelou 305 milhões de reais destinados a quitar dívidas herdadas da
administração do ex-prefeito João Henrique Carneiro (PP). Neto também antecipou
que a prefeitura vai contingenciar o orçamento de 2013, que classificou de
irreal.
- Constatamos que as despesas estão subestimadas e
as receitas superestimadas. Este orçamento não é real.
A atitude dos políticos que não foram eleitos ou
reeleitos nas eleições do último dia 7 de outubro virou cultura macabra
ninistra. Casos semelhantes de irresponsabilidade e desrespeito para com a
população aconteceram, também, no Estado do Rio de Janeiro, precisamente nos
municípios da Região Metropolitana e Baixada Fluminense: Belford Roxo, São João
de Meriti, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Nilópolis e Mesquita.
Para completar a lista macabra de políticos
irregulares, o ex-presidente do PT, José Genoíno, assume a vaga de colega na
Câmara Federal. O espantoso é que o novo deputado acaba de ser condenado pelo
STF – Supremo Tribunal Federal -, por corrupção ativa e formação de quadrilha
no julgamento do mensalão.
- Como pode, o novo deputado condenado, agora,
editar leis, se ele próprio foi condenado por não cumprir a lei?. Pergunta o
filósofo Roberto Romano.
Jornalista Gilberto Pessoa
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