DOM ORANI É
NOSSO
Célio Junger Vidaurre
Notícia
auspiciosa essa da nomeação de Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro,
como Cardeal, sinalizando uma nova era no Vaticano liderada pela astúcia
política do Papa Francisco que vem transformando a Igreja de maneira aberta a
todos os segmentos religiosos. Nunca se viu tanta popularidade em um Sumo
Pontífice. Mesmo sendo de origem argentina, mesmo assim, o Papa tem sido nota
10. Estamos até mais simpáticos e tolerantes com os conterrâneos dele. Têm
brasileiros até pensando em hospedá-los durante a Copa. Quem diria!
Além
de reforçar a Igreja idealizada por Francisco, Dom Orani aos 64 anos vem mostrando
que é um religioso de coração grande com atuação em todas as áreas da cidade
maravilhosa. Não faz distinção entre ricos e pobres, entre palacianos e a gente
humilde das favelas. Todo ano realiza uma missa no Cacique de Ramos, é
freqüentador do Pavão e Pavãozinho, senta à mesa com os sambistas e come e
conversa com pessoas de qualquer religião. É um autêntico discípulo do Papa
Francisco, até parece que são ligados há décadas.
Depois
da ousadia e determinação levadas a efeito durante a realização da Jornada
Mundial da Juventude, Dom Orani passou a ser mais olhado, credenciado de forma
efusiva até chegar a essa nomeação que ocorreu por seus méritos, pelo trabalho
de recuperação exercido na Diocese carioca, onde, hoje é crescente o retorno
dos jovens e daqueles que já vinham perdendo sua fé no catolicismo, mas, com a
presença competente e o trabalho incansável do Arcebispo tudo voltou como
deseja a Igreja. Jamais se viu Sacerdote tão agregador e tão destemido.
O
menino humilde de São José do Rio Pardo, interior de São Paulo, desde pequeno
sabia que sua vocação era servir a Deus. Já foi Arcebispo de Belém e a partir
de 2009 chegou ao Rio e não para de encantar os cariocas. É o mais novo de nove
irmãos. História marcante de sua juventude foi quando uma religiosa de São José
procurou dona Maria, mãe de Dom Orani e lhe disse: “seu filho vai ser Bispo e depois, Papa”. Os caminhos estão sendo
percorridos e, o mais importante, com a clarividência que é necessária para
assumir o posto. Agora, realmente, tem brasileiro no páreo, mas, isso só depois
que Francisco passar por seu longo tempo.
Não
só o fato de Dom Orani ter mostrado ao Papa sua determinação organizacional
levou, o Sumo Pontífice a chamar seu anfitrião para participar mais intimamente
deste Pontificado que vem enchendo o mundo de boas perspectivas. A hipótese
mais significativa são as decisões proferidas no decorrer de sua trajetória.
Está sendo uma grande alegria ver Dom Orani receber esse reconhecimento de
Francisco, o Papa da transformação. Se com ele muita coisa já mudou, com a
chegada do brasileiro, essas mudanças intensificarão.
O
lado humanista de Francisco e Orani está levando a Igreja Católica a ganhar
mais adeptos, pois, as figuras ativas de ambos vão colaborar intensamente neste
projeto de transformação da Igreja, onde não haverá divergências entre
quaisquer segmentos religiosos. Repete-se, ricos, pobres, palacianos,
favelados, até argentinos e brasileiros, se mostrarão mais respeitosos quando
pensarem em Francisco e Orani. Essa gente vai mudar o mundo, aliás, já está
mudando.
Brasileiro sangue bom, pode ser o Papa do
futuro!
Célio Junger Vidaurre é advogado e
cronista político e-mail: celiovidaurre@yahoo.com
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