Papa Bento XVI renuncia ao cargo
BRASILEIRO PODE SER O SUCESSOR
- Pontífice deixará o liderança da Igreja Católica no dia 28 de fevereiro
O Globo
Com agências internacionais
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RIO - Em uma decisão que não era esperada por grande parte da comumidade católica, o Papa Bento XVI, Joseph Ratzinger, anunciou nesta segunda-feira que vai deixar a liderança da Igreja, abandonando o cargo no dia 28 de fevereiro. Em comunicado, o porta-voz do religioso disse que sua força não é mais adequada para continuar no posto devido a sua idade avançada e que tomou a decisão pelo bem da Igreja. O Vaticano não quis comentar o caso até o momento e ainda não divulgou qual será o processo para a substituição do líder.
“Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando”, disse o religioso.
A CNBB recebeu a informação com surpresa. Segundo a assessoria de imprensa da entidade católica, ainda não há uma orientação de como será tratada a renúncia. No entanto, a conferência promete divulgar ainda na manhã desta segunda-feira uma nota oficial sobre a decisão do Pontífice.
A liderança de Bento XVI começou no dia 19 de abril de 2005. Ratzinger, de 85 anos, nasceu em Marktl am Inn, diocese de Passau (Alemanha), no dia 16 de Abril de 1927, e foi baptizado no mesmo dia. O seu pai, comissário da polícia, provinha duma antiga família de agricultores da Baixa Baviera, de modestas condições económicas. A sua mãe era filha de artesãos de Rimsting, no lago de Chiem, e antes de casar trabalhara como cozinheira em vários hotéis.
Passou a sua infância e adolescência em Traunstein, uma pequena localidade perto da fronteira com a Áustria, a trinta quilómetros de Salisburgo. Foi neste ambiente, por ele próprio definido, que recebeu a sua formação cristã, humana e cultural.
Ele é o quarto Papa a renunciar ao cargo. Antes dele, o Papa Ponticiano deixou a liderança da Igreja Católica no ano de 235. Depois vieram Celestino V, em 1294; Gregório XII, em 1415. Com a renúncia de Gregório XII foi possível acabar com o chamado Cisma do Ocidente, quando a Igreja chegou a ter um papa legítimo (Gregório XII) e dois antipapas, um em Avignon na França e outro em Pisa.
“Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando”, disse o religioso.
A CNBB recebeu a informação com surpresa. Segundo a assessoria de imprensa da entidade católica, ainda não há uma orientação de como será tratada a renúncia. No entanto, a conferência promete divulgar ainda na manhã desta segunda-feira uma nota oficial sobre a decisão do Pontífice.
A liderança de Bento XVI começou no dia 19 de abril de 2005. Ratzinger, de 85 anos, nasceu em Marktl am Inn, diocese de Passau (Alemanha), no dia 16 de Abril de 1927, e foi baptizado no mesmo dia. O seu pai, comissário da polícia, provinha duma antiga família de agricultores da Baixa Baviera, de modestas condições económicas. A sua mãe era filha de artesãos de Rimsting, no lago de Chiem, e antes de casar trabalhara como cozinheira em vários hotéis.
Passou a sua infância e adolescência em Traunstein, uma pequena localidade perto da fronteira com a Áustria, a trinta quilómetros de Salisburgo. Foi neste ambiente, por ele próprio definido, que recebeu a sua formação cristã, humana e cultural.
Ele é o quarto Papa a renunciar ao cargo. Antes dele, o Papa Ponticiano deixou a liderança da Igreja Católica no ano de 235. Depois vieram Celestino V, em 1294; Gregório XII, em 1415. Com a renúncia de Gregório XII foi possível acabar com o chamado Cisma do Ocidente, quando a Igreja chegou a ter um papa legítimo (Gregório XII) e dois antipapas, um em Avignon na França e outro em Pisa.
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