quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

"lINDBERG FOI COVARDE"

Presidente do PMDB do Rio: ‘PT foi calhorda e Lindbergh, covarde’

Jorge Picciani, presidente do PMDB do Rio
Jorge Picciani, presidente do PMDB do Rio Foto: Luis Alvarenga / Agência O Globo

Guilherme Amado
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Uma sonora gargalhada é o que Jorge Picciani oferece a quem lhe pergunta se o ataque ao PT se deve à mágoa pela derrota ao Senado em 2010. Presidente estadual do PMDB de Sérgio Cabral e Eduardo Paes, ele garante que não tem rancor pela derrota ao Senado. Mas, em entrevista exclusiva ao EXTRA, Picciani demonstra que, diante dos últimos movimentos de Lindbergh Farias, não é exatamente nobre o sentimento que nutre por ele e pelo PT do Rio. O senador petista sonha com a cadeira do governador Sérgio Cabral e o PMDB já anunciou que seu candidato é Luiz Fernando Pezão. Os peemedebistas ameaçam não apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff se Lindbergh for mesmo candidato.
Petistas o acusam de chantagem. Como o senhor vê isso?
Não é chantagem. Não precisa ser um grande pensador para entender isso. Nem espero que esses petistas sejam grandes pensadores. Sempre fizemos um esforço para a aliança, mas com altivez. Quem faz chantagem é o PT. Lindbergh foi covarde e o PT, calhorda, ao tentar dividir o estado do Rio entre pobres e ricos, quando diz no programa que a Barra tem metrô e o subúrbio não tem trem de qualidade. O Lindbergh destruiu Nova Iguaçu. A ruptura partiu deles. Terão troco à altura.
O senhor tem mágoa pela derrota em 2010 para o Lindbergh, na disputa ao Senado?
(Risos) Pelo contrário. A grande virtude que eu tenho é não hospedar mágoa. Gostaria de ter sido senador, mas Deus é quem decide. Tive mais de três milhões de votos. Apoiei o Lula em 2002, abrindo uma dissidência, pois o Cabral e o Moreira Franco (hoje ministro dos Assuntos Estratégicos) não queriam. O PT não me apoiou. O Lula e a presidente Dilma pediram votos para o Crivella (senador licenciado e ministro da Pesca). Eu, derrotado, com uma cirurgia de câncer marcada, sangrando, desmarquei a operação e fui fazer carreata com a Dilma em Caxias. É difícil ver esse rapaz, de forma açodada, querer dividir o Rio.
O que o governador e o prefeito acham do assunto?
Você acha que alguém que preside um partido do tamanho do PMDB toma essa posição se não fosse a mesma do governador, do prefeito, dos deputados? O PT já destruiu o Rio nos dez meses da Benedita (da Silva, ex-governadora). E Nova Iguaçu. Se quiserem partir para o pau, vamos. É difícil alguém ganhar quando nós temos o governador e o prefeito da capital.
Se o PMDB não estiver no palanque de Dilma, vai estar no de outra candidatura?
A candidata é a presidente Dilma. O esforço é ficar no palanque dela. Caso não consigamos, não sei onde estaremos. Talvez em outra candidatura. Mas o PT nacional é responsável.
Vai se candidatar ao Senado?
Meu candidato é Francisco Dornelles (senador pelo PP). Se ele não for, vai ser para dar solução dentro do grupo político. Mas essa decisão é dele. Outra opção para a vaga do Senado, nesse caso, é o governador Cabral, se ele quiser. Eu só decido em 2014 o que fazer.
O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, será o candidato a vice de Pezão?
É só ele assinar a ficha de filiação. Quem trata disso com ele é o governador. Como vice, ele vai coordenar a segurança com a mesma autonomia. Se quiser que as áreas de segurança e social fiquem juntas, ele terá isso.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/presidente-do-pmdb-do-rio-pt-foi-calhorda-lindbergh-covarde-7695567.html#ixzz2MCT4i0xt

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