quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

PIB DE MUNICÍPIOS AUMENTA

Concentração regional do PIB entre municípios volta a avançar

  • Apenas seis cidades respondem por 25% do PIB nacional
  • Lucianne Carneiro (Email)
    Publicado:
    Atualizado:
    RIO - A concentração regional entre os municípios brasileiros voltou a avançar em 2010, após recuo por três anos seguidos. Os dados fazem parte da pesquisa do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios, divulgados nesta
  • A concentração também sobe nas outras bases de comparação. Quando se olha os 10% mais ricos contra 50% mais pobres, a relação era de 121,1 vezes em 2006, caiu para 115,3 vezes em 2009 e voltou a subir a 117,4 vezes em 2009. Na comparação da média dos municípios 10% mais ricos contra 30% mais pobres seguiu a mesma trajetória: 177,2 vezes em 2006, 168,2 vezes em 2009 e 172,1 vezes em 2010.
    E é na Região Sudeste que essa concentração é mais forte. Apesar da ligeira queda, a distância entre a renda gerada dos 10% mais ricos com os 60% mais pobres é de 147,2 vezes. No Nordeste, por sua vez, a média dos 10% dos municípios com maior PIB geraram 52,2 vezes mais renda do que a média dos 60% das cidades com menor PIB, tanto em 2010 como em 2006.
    Poucas alterações no ranking dos dez municípios mais ricos
    A concentração da geração de renda é clara quando se observa que um quarto do PIB nacional (25%) está concentrado em apenas seis cidades brasileiras (São Paulo, Rio, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus). Em 2009, eram cinco. Na lista entrou Manaus, com a Zona Franca de Manaus.
    Ao mesmo tempo, a participação das capitais na composição do PIB nacional foi de 34%, a menor desde o início da série, em 1999, quando foi de 38,7%. Se consideradas apenas as capitais do Sudeste, essa fatia era de 18,8% em 2010.
    A pesquisa do IBGE trouxe poucas alterações no ranking dos dez municípios mais ricos do país. São Paulo se mantém inalterada como o maior PIB municipal brasileiro, seguida por Rio, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Manaus e Porto Alegre. Guarulhos, por sua vez, subiu da 9ª posição para a 8ª, na passagem entre 2009 e 2010, enquanto Fortaleza avançou do 10º lugar para o 9º. Salvador, que tinha o 8º maior PIB municipal em 2009, caiu para a 10ª posição.
    A alta de preços de commodities metálicas influenciou, ainda, o aumento de renda de alguns municípuos. As cidades de Catas Altas (MG), Itamarati de Minas (MG), Paranã (TO), Iaras (SP) e Clementina (SP) tiveram os maiores ganhos de participação no PIB nacional.
    A valorização do minério de ferro beneficiou Catas Altas. Já o crescimento do mercado interno, com alta de 7,5% do PIB em 2010, fez a cidade de Itamarati de Minas voltar a explorar bauxita, principal matéria-prima para produção de alumínio. Em Tocantins, a cidade de Paranã ganhou com a usina de geração de energia Peixe Angical. Em São Paulo, com produção de frutas em Iaras e do comércio em Clementina foram as cidades que ganharam participação.
    Rio perde participação
    A queda de participação do Rio de Janeiro ocorreu principalmente em função da indústria de transformação, no segmento fabricação de máquinas e equipamentos utilizados na extração mineral e na construção. O município do Rio de Janeiro também perdeu participação devido ao ganho da atividade extrativa mineral, atividade que não é típica da capital carioca.
    A perda de participação de Duque de Caxias, no Rio, ocorreu devido, principalmente, à queda do segmento comércio atacadista especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo.
    Em São Paulo, os segmentos indústria de transformação e comércio e serviços de manutenção e reparação foram os principais responsáveis pela perda de participação. Barueri, em São Paulo, também perdeu participação em 2010 principalmente em função dos segmentos comércio e serviços de manutenção e reparação e indústria de transformação.
    Por outro lado, em Vitória, no Espírito Santo, a variação positiva na participação foi puxada pelo aumento na atividade extrativa mineral. Em 2010, segundo o IBGE, ocorreu forte recuperação da produção de pelotas de minério de ferro, fato que influenciou, também, no aumento de participação do segmento energia.
    Já em São Bernardo do Campo, em São Paulo, a cadeia ligada à indústria automotiva, a indústria de artigos de perfumaria e cosmético registram avanço e fizeram o município aumentar sua participação.


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