quarta-feira, 8 de agosto de 2012

POESIA FEITA EM BELÉM DO PARÁ

Minha Rosa

Eras para todos como tantas flores
Que brotam em jardim
- simples.
Tua beleza normal não surgia entre várias
Que demonstravam encantos.
Passou o tempo, tuas pétalas abriram-se:
Em rosa te transformaste
E aroma jamais sentido
Tomaram conta do jardim que estavas.
Não carecias de jardineiro
Para exibir a vida do lugar.
Para que olhos a sentir tua presença?
Através do olhar mudo, poderíamos expressar
Que falavas por dentro ao tocar-te.
Daria tudo para ser o ramo espinhoso
Que sustentava tua beleza natural, eras cobiçada..
Talvez eu te ame, agora,
Penso em tudo, resumindo, nada.
Penso que o mundo é meu
Quando na realidade não é,
- Quero a ti, quero outra, quero tudo.
Tudo na vida quero possuir.
Sinto-me triste quando não estou presente
A um acontecimento feliz da vida,
- Vivo pra vida e ela me consome.
Vivo de ilusão, vivo de amor,
Vivo com medo, vivo feliz,
Vivo contigo, vivo só.
Espetáculos fabulosos dos momentos vividos
Transformaste em eternidade.
Depois tudo murchou e por ti fui esquecido
Como tragado pela boca do tempo
Durante a chama de amor que consumia meu corpo.
Momentos felizes me proporcionaste.
Adeus... estou conformado,
Mais uma vez, obrigado - adeus.

Gilberto Pessoa - Belém 1996


Fonte: http://pt.shvoong.com/books/poetry/1758665-poemigra%C3%A7%C3%A3o/#ixzz230NYrD8D

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