RIO - A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participaram nesta segunda-feira da inauguração da Ponte Rio Negro, obra que custou mais de R$ 1 bilhão e vai ligar Manaus à cidade vizinha de Iranduba. Esta foi a primeira vez, desde que Dilma assumiu o governo federal, que os dois dividem o palanque em uma inauguração.
Num rápido discurso, Lula justificou o motivo pelo qual participou do evento, que acontece no aniversário de 342 anos da capital do Amazonas:
- Quando a Dilma tomou posse como presidente da República, eu disse para ela que tinha uma obra que eu gostaria de participar da inauguração. E era essa obra.
Entre frases de apoio ao papel das mulheres na sociedade, o ex-presidente disse ainda ter plena convicção de que os amazonenses vão descobrir, no fim do mandato da presidente, que valeu a pena o voto de confiança dado por eles a Dilma na eleição de 2010.
Em seguida, Dilma discursou e chegou a chamar Lula de presidente, quando lembrou as palavras do antecessor, que pediu à multidão minutos antes para que não houvesse empurra-empurra.
Antes do discurso, Dilma colocou um cocar na cabeça, a pedido de uma pessoa que estava no público. Na cerimônia, a presidente também garantiu a prorrogação da Zona Franca de Manaus (ZFM) por mais 50 anos, além da ampliação dos incentivos fiscais para os municípios que compõem a Região Metropolitana de Manaus (RMM): Iranduba, Novo Airão, Careiro da Várzea, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Presidente Figueiredo e Manacapuru. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e o Projeto de Lei, respectivamente, foram assinados durante a inauguração da ponte.
A presidente discursou para um público de mais de 50 mil pessoas. O discurso foi interrompido duas vezes por conta da aglomeração da multidão. Alguns grupos aproveitaram a oportunidade do evento para manifestar, entre eles o Greenpeace que protestou contra o Código Florestal. O movimento SOS Encontro das Águas, também fez protesto no evento contra a construção do Porto das Lajes no encontro das águas no Rio Negro. O grupo pedia da presidente a homologação do tombamento definitivo do Encontro das Águas como patrimônio da humanidade.
Ponte inaugurada será a maior da AmazôniaA ponte Rio Negro, que fica sobre o rio de mesmo nome, ligará Manaus à cidade vizinha de Iranduba. É a maior ponte da Amazônia, com 3.595 metros de extensão. A data da inauguração coincide com o aniversário da cidade, que completa 342 anos.
A obra teve custo total de R$ 1,099 bilhão, incluindo gastos complementares, como a construção de 7,4 quilômetros de acessos viários do lado de Manaus e Iranduba (5,5 quilômetros. Tamanho custo foi alvo de críticas de usuários no Twitter, que colocaram a hashtag #pontedobilhão nos trending topics do Brasil.
"#pontedobilhão liga Manaus a uma cidade de 85 mil habitantes... seria mais barato desapropriar todos e botar pra morar no outro lado do rio!", escreveu Arthur Barbosa no Twitter.
A primeira ponte de grandes dimensões construída sobre um rio em solo amazônico é também a maior ponte estaiada (com 400 metros de trecho suspensos por cabos) do Brasil em águas fluviais e a segunda no mundo, atrás apenas da ponte sobre o rio Orinoco, na Venezuela
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