21/05/2013 - 16h21
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) disse nesta terça-feira (21) que a velocidade com que os boatos sobre o fim do Bolsa Família se espalharam levanta a suspeita de que a ação possa ter sido "orquestrada".
Embora tenha deixado claro que as investigações ainda estão em andamento, Cardozo disse que a investigação "não pode afastar a hipótese de ter havido algum tipo de orquestração" e que os sinais coletados até aqui levam o governo a "cogitar" essa hipótese.
Governo vai enviar informações aos beneficiários do Bolsa Família pelo celular
Boato sobre fim do Bolsa Família é 'criminoso', diz Dilma em Pernambuco
"Evidentemente houve uma ação de muita sintonia em muitos pontos do território nacional, o que pode ensejar a avaliação de que alguém quis fazer isso deliberadamente, planejadamente, articuladamente. Não dá para afirmar isso ainda, mas seguramente as situações nos levam a cogitar essa hipótese. Mas nessa hora acho importante investigar, apurar, com o sigilo que o inquérito policial recomenda", disse o ministro, depois de solenidade no Ministério da Justiça.
Durante o final de semana, uma informação falsa de que o Bolsa Família terminaria levou milhares de pessoas a agências da Caixa Econômica Federal e lotéricas, causando tumultos em ao menos 12 Estados.
Por ordem do ministro, a Polícia Federal investiga o caso. A polícia não comenta oficialmente o andamento das investigações, mas um dos policiais envolvidos diz que já está descartada a hipótese de que o boato tenha se originado a partir de redes sociais.
Perguntado se achava que a disseminação dos boatos escondia uma motivação político-partidária, o ministro buscou ser mais cauteloso que a sua colega de Esplanada, Maria do Rosário (Direitos Humanos), que ontem afirmou pelo Twitter que os boatos estavam ligados à oposição.
"Seria leviano da minha parte, enquanto ministro da Justiça, fazer uma afirmação enquanto a apuração não for concluída. As pessoas podem ter suas teses, suas impressões, mas o ministro da Justiça tem que fazer com que a Polícia Federal conduza, com absoluta imparcialidade e com absoluto republicanismo, a investigação", disse.
José Eduardo Cardozo não definiu um prazo para a conclusão das investigações, que, segundo ele, são difíceis de serem realizadas.
"Não é um delito fácil de ser investigado, por força da situação difusa em todo o território nacional", afirmou. "Nós estamos investigando com muito rigor, e eu espero encontrar, sim, os responsáveis."
MENSAGENS
Hoje, a ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social) afirmou que o governo deve agora estabelecer um serviço constante de envio de mensagens por celular aos beneficiários do Bolsa Família. A declaração foi feita durante o programa "Bom Dia Ministro".
Questionada sobre o tuíte da colega Maria do Rosário, a ministra disse que "é um assunto de policial, o que cada um de nós acha não é importante". "O fundamental é garantir que esse tipo de coisa não aconteça de novo", afirmou.
Ontem, a presidente Dilma Rousseff disse que o responsável por disseminar a falsa informação é "criminoso".
"É absurdamente desumano o autor desse boato. E é criminoso também", disse a presidente, durante a cerimônia de lançamento ao mar do navio petroleiro Zumbi dos Palmares, em Ipojuca, na região metropolitana do Recife.
INVESTIGAÇÕES
A Polícia Federal começará pelas regiões Norte e Nordeste as investigações. A PF vai ouvir as pessoas que realizaram os primeiros saques em agências da Caixa Econômica Federal e casas lotéricas na tarde de sábado.
Por meio de relatórios, o Palácio do Planalto foi informado de que a onda de boatos começou no sábado por volta das 15h20, no "boca a boca", e só tomou conta da web de forma maciça no fim da noite, como reação ao boato que corria nas ruas.
Segundo a Caixa, instituição que opera o Bolsa Família, houve corrida às agências em 13 Estados brasileiros. Em nota, informou que o programa registrou 900 mil saques no valor de R$ 152 milhões durante o fim de semana.
Autoridades flagraram ao menos cinco versões para os boatos: greve de servidores da Caixa; bônus de Dia das Mães; repasse extra de R$ 300; fim do Bolsa Família e a suspensão temporária do benefício em razão da visita do papa Francisco --este circulou sobretudo pela região da Baixada Fluminense.
A Caixa nega que os incidentes tenham sido causados por algum problema técnico em seu sistema, como a liberação indevida ou atraso nos pagamentos. A oposição no Congresso diz que cobrará explicações do governo sobre essa hipótese.
Ministro diz que boatos sobre Bolsa Família podem ter sido orquestrados
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DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
Atualizado às 16h40.
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) disse nesta terça-feira (21) que a velocidade com que os boatos sobre o fim do Bolsa Família se espalharam levanta a suspeita de que a ação possa ter sido "orquestrada".
Embora tenha deixado claro que as investigações ainda estão em andamento, Cardozo disse que a investigação "não pode afastar a hipótese de ter havido algum tipo de orquestração" e que os sinais coletados até aqui levam o governo a "cogitar" essa hipótese.
Governo vai enviar informações aos beneficiários do Bolsa Família pelo celular
Boato sobre fim do Bolsa Família é 'criminoso', diz Dilma em Pernambuco
"Evidentemente houve uma ação de muita sintonia em muitos pontos do território nacional, o que pode ensejar a avaliação de que alguém quis fazer isso deliberadamente, planejadamente, articuladamente. Não dá para afirmar isso ainda, mas seguramente as situações nos levam a cogitar essa hipótese. Mas nessa hora acho importante investigar, apurar, com o sigilo que o inquérito policial recomenda", disse o ministro, depois de solenidade no Ministério da Justiça.
Durante o final de semana, uma informação falsa de que o Bolsa Família terminaria levou milhares de pessoas a agências da Caixa Econômica Federal e lotéricas, causando tumultos em ao menos 12 Estados.
Por ordem do ministro, a Polícia Federal investiga o caso. A polícia não comenta oficialmente o andamento das investigações, mas um dos policiais envolvidos diz que já está descartada a hipótese de que o boato tenha se originado a partir de redes sociais.
Perguntado se achava que a disseminação dos boatos escondia uma motivação político-partidária, o ministro buscou ser mais cauteloso que a sua colega de Esplanada, Maria do Rosário (Direitos Humanos), que ontem afirmou pelo Twitter que os boatos estavam ligados à oposição.
"Seria leviano da minha parte, enquanto ministro da Justiça, fazer uma afirmação enquanto a apuração não for concluída. As pessoas podem ter suas teses, suas impressões, mas o ministro da Justiça tem que fazer com que a Polícia Federal conduza, com absoluta imparcialidade e com absoluto republicanismo, a investigação", disse.
José Eduardo Cardozo não definiu um prazo para a conclusão das investigações, que, segundo ele, são difíceis de serem realizadas.
"Não é um delito fácil de ser investigado, por força da situação difusa em todo o território nacional", afirmou. "Nós estamos investigando com muito rigor, e eu espero encontrar, sim, os responsáveis."
MENSAGENS
Hoje, a ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social) afirmou que o governo deve agora estabelecer um serviço constante de envio de mensagens por celular aos beneficiários do Bolsa Família. A declaração foi feita durante o programa "Bom Dia Ministro".
Questionada sobre o tuíte da colega Maria do Rosário, a ministra disse que "é um assunto de policial, o que cada um de nós acha não é importante". "O fundamental é garantir que esse tipo de coisa não aconteça de novo", afirmou.
Ontem, a presidente Dilma Rousseff disse que o responsável por disseminar a falsa informação é "criminoso".
"É absurdamente desumano o autor desse boato. E é criminoso também", disse a presidente, durante a cerimônia de lançamento ao mar do navio petroleiro Zumbi dos Palmares, em Ipojuca, na região metropolitana do Recife.
INVESTIGAÇÕES
A Polícia Federal começará pelas regiões Norte e Nordeste as investigações. A PF vai ouvir as pessoas que realizaram os primeiros saques em agências da Caixa Econômica Federal e casas lotéricas na tarde de sábado.
Por meio de relatórios, o Palácio do Planalto foi informado de que a onda de boatos começou no sábado por volta das 15h20, no "boca a boca", e só tomou conta da web de forma maciça no fim da noite, como reação ao boato que corria nas ruas.
Segundo a Caixa, instituição que opera o Bolsa Família, houve corrida às agências em 13 Estados brasileiros. Em nota, informou que o programa registrou 900 mil saques no valor de R$ 152 milhões durante o fim de semana.
Autoridades flagraram ao menos cinco versões para os boatos: greve de servidores da Caixa; bônus de Dia das Mães; repasse extra de R$ 300; fim do Bolsa Família e a suspensão temporária do benefício em razão da visita do papa Francisco --este circulou sobretudo pela região da Baixada Fluminense.
A Caixa nega que os incidentes tenham sido causados por algum problema técnico em seu sistema, como a liberação indevida ou atraso nos pagamentos. A oposição no Congresso diz que cobrará explicações do governo sobre essa hipótese.
Diana Brito/Folhapress | ||
Tumulto em frente a agência da Caixa Econômica em Queimados, na Baixada Fluminense |
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M.Mig (1826)(17h49) há 2 horas