QUE VENHA Á LEI
Célio Junger Vidaurre
As
circunstâncias da morte do cinegrafista Santiago Andrade deixaram toda a
população perplexa depois dos gestos desses baderneiros irresponsáveis, que
terá que ter um fim, pois, não é mais possível tanta violência continuar neste
patamar operado pelos encapuzados “Black
blocs” que a polícia já deveria ter colocado atrás das grades há muito
tempo, a fim de evitar casos como esse que assistimos. O rojão que matou
Santiago não foi aceso agora. A atitude desenvolvida por esses malfeitores das
ruas acabou vitimando um trabalhador que deixou quatro filhos órfãos.
Talvez,
após Santiago ser sacrificado, as autoridades da segurança ficarão mais atentas
quando ocorrer desordens como as que vêm sendo promovidas desde os episódios de
aumentos generalizados a partir de junho de 2013. Todavia, não há, na verdade,
nenhuma legislação específica proibindo o uso de rojões que matam quem estiver
ao seu alcance. Os legisladores, primeiro, terão que perceber que um rojão fica
sempre à espera de fatalidades, para depois, raciocinarem que há necessidade de
um basta urgente.
Ai,
sim, é que começarão a legislar. Principalmente quando um rojão atingir
familiares próximos. Muitas decisões já deveriam ter sido colocadas em prática
com duras leis para evitar bárbaros crimes que atingem a população. Não só os
rojões, mas, também, o pessoal das garupas das motos. Quantas vidas já foram
tiradas por essa gente? Ou seja, encapuzados nas ruas ou nas garupas de motos
deveriam ser presos e levados para a delegacia mais próxima para ser
identificado, sem quaisquer rodeios. No entanto, cadê a lei que permite a autoridade
policial a assim proceder? Ela não existe.
Na
Alemanha, encapuzado não tem como escapar da prisão. Em outros países, quem
andar na garupa do motoqueiro “vai em
cana”, imediatamente. Aqui, na garupa das motos, a bandidagem promove
arruaças e mata desafetos, inocentes, estudantes, empresários e, até,
magistrados. Nem assim, apressam na criação de uma legislação para impedir a
continuação desses absurdos. Só atentam ao problema quando ocorre uma tragédia,
e têm ocorrido muitas delas e nada da lei necessária. Acordem senhores
legisladores, ninguém agüenta mais esperar.
Fábio
Raposo e Caio Silva de Souza, ambos com passagens anteriores pela polícia, já
estão presos como os acusados principais por operarem o rojão que atingiu o
cinegrafista. Se foram impulsionados por outros pouco interessa. Sabiam com a
idade que são detentores que ao acenderem o rojão tudo poderia acontecer. Não
têm nada de inocentes. Não há como justificar suas irresponsabilidades. Por
isso, vão pagar caro por suas atitudes.
É
preciso adotar regras legais e urgentes para as repressões direcionadas aos
encapuzados que andam nas ruas peitando a polícia, destruindo bens públicos e
matando trabalhadores nos exercícios de suas profissões. Cobrir rosto em
qualquer protesto, daqui por diante, deverá ser caso para ser encaminhado à
polícia para a devida identificação. O problema não é só o que eles fazem, é o
que as autoridades policiais não proíbem por falta de uma legislação
específica.
Já não se faz protesto como antigamente, de
cara limpa!
Célio Junger Vidaurre é advogado e cronista
político e-mail: celiovidaurre@yahoo.com.br
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