terça-feira, 23 de agosto de 2011

CASO DA JUÍZA

Comandante da PM diz que policiais
participaram do assassinato de juíza


Segundo o jornal "O Dia", as balas usadas no crime pertencem a um lote da corporação
Do R7 | 23/08/2011 às 06h51
O comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Mário Sérgio Duarte, não tem mais dúvidas da participação de PMs no assassinato da juíza Patrícia Acioli. Ele afirmou na última segunda-feira (22) que, se eles não atuaram diretamente no crime, pelo menos participaram do plano de matar a magistrada. 


- Esta notícia que nos chega, de que munições utilizadas no crime pertencem a um lote da Polícia Militar, nos dá a certeza de que houve a participação dos policiais militares, ainda que não na execução da juíza, mas no mínimo da preparação do crime ou alguma de suas fases. 

Segundo o jornal "O Dia" desta segunda, as balas usadas na morte da juíza pertencem a um lote de 10 mil projéteis vendido pela CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos) à PM e teriam sido distribuídas para três unidades da PM, entre elas, o Batalhão de São Gonçalo (7º BPM).

50 autos de resistência Dos 1.305 processos que constam na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, 50 casos envolvem autos de resistência (quando o policial mata alegando legítima defesa), segundo o juiz Fábio Uchoa, que substituiu a juíza Patrícia Acioli. Ainda de acordo com Uchoa, até o fim do ano serão julgados dois crimes envolvendo policiais e ex-policiais.
Conhecida por sua atuação rigorosa, a magistrada assassinada tinha um histórico de condenações contra policiais. Patrícia estava organizando uma força-tarefa para investigar crimes cometidos por policiais militares envolvidos com milícias em conjunto com a Corregedoria da PM e promotores do Ministério Público.
O presidente do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro), Manoel Alberto Rebêlo, pediu a transferência dos policiais militares que são réus em processos da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. Na quinta-feira (18), Rebêlo disse que já tem a lista com os nomes dos PMs do Batalhão do 7º BPM que serão transferidos para outros batalhões no Estado.
Rebelo não informou quantos PMs serão remanejados e nem quando entregará a lista à Secretaria Estadual de Segurança Pública.
Juíza tinha inimigos até na Polícia Civil
Documentos obtidos pela Rede Record mostram ainda que a juíza tinha inimigos até mesmo dentro da Polícia Civil. De acordo com os documentos, Patrícia desmontou um esquema de corrupção que funcionava dentro de uma carceragem da Polinter de Neves, em São Gonçalo, e por isso estava sendo ameaçada. Uma cópia do documento foi enviada para a DH (Divisão de Homicídios).

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