LUÍZA SOUTO
DO RIO
Em greve desde o dia 7 de junho, os profissionais das escolas estaduais decidiram nesta quinta-feira continuar acampados em frente à Secretaria Estadual de Educação, no centro do Rio, onde estão desde a última terça.
A categoria decidirá nesta sexta se volta à rotina após o resultado de audiência com o governo realizada no gabinete do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Paulo Melo, na tarde desta quinta-feira.
Segundo o diretor de imprensa do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro), Tarcísio Carvalho, a única novidade apresentada na reunião foi o projeto de lei para descongelar o plano de carreira dos funcionários administrativos da educação.
"O governo também se comprometeu a estudar um possível reajuste em agosto caso a greve seja suspensa, mas a reunião de hoje foi muito tímida", disse Carvalho à Folha.
Estiveram presentes os secretários estaduais de Educação, Wilson Risolia, de Planejamento, Sérgio Ruy Barbosa, e de Governo, Wilson Carlos, além da comissão de negociação do sindicato e vários deputados.
Mais cedo, Risolia disse, em entrevista à rádio CBN, que as negociações com os professores da rede avançaram desde o início do ano. Ele citou, entre outras coisas, a incorporação do Nova Escola ao salário.
"Em 2007, o salário base do professor era de R$ 540. Em julho ele passará para mais de R$ 800. Não dá para discutir que isso não é variação salarial", disse.
Para Carvalho, o governo está tentando confundir remuneração com incorporação.
"A luta para conquistar a incorporação do Nova Escola vem desde 2007, mas o governo parcelou até 2015 e disse que isso não ia ser visto como reajuste salarial", disse Carvalho. "Ou é reajuste ou é incorporação. O governo está tentando confundir os dois", completou.
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